sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

CREIO…MAS NÃO ACREDITO

O Credo Apostólico e algumas de suas desconstruções e distorções na igreja pós-moderna.

Creio em Deus Pai Todo-Poderoso criador do céu e da terra…
Mas não acredito no deus coadjuvante da teologia da prosperidade, o deus desesperado procurando agradar para ser aceito, como alguém com problema de auto-estima. Também não creio no deus totalmente submisso de algumas teologias em voga, um deus refém do nosso livre-arbítrio. Ou ainda, um deus que não é soberano para quem o futuro é tão incerto quanto para qualquer um de nós, por isso nos chama para uma parceria nessa construção do futuro.

Creio em Jesus Cristo, Filho unigênito…
E em seu ministério terreno: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo e nos confiou a palavra da reconciliação” 2Co.5.18.
Mas não acredito, e me recuso a fazer parte da confraria dos pregadores sem dono. Esses mesmos que saem por aí com uma Bíblia, uma toalhinha, uma roupa chamativa e um monte de frasesinhas feitas (digo ocas) na cabeça (idem). Cheio de motivações torpes, dentre as quais se destaca o avivamento “caça-níquel-com-prazo-de-validade”. A Bíblia, mero detalhe… A toalhinha faz parte da performance, no fim das contas a mensagem é só para garantir o retorno nas próximas festas, e a oferta, bom deixa pra lá…

Creio no Espírito Santo…
E na continuidade de seus dons e na distribuição conforme lhe apraz. Mas não acredito nas “profetadas”, coisa mais patética! Às vezes infestam nossos cultos “sem poder” (digo o culto) da forma mais monótona. Antigamente havia pelo menos certo “clima”, não importa se era forjado (digo o clima), hoje não tem nem clima vai à seco mesmo, é só começar um “zum-zum-zum” e lá está o tal profeta “eis que digo: tenho me agradado…” do que ? Perguntar não ofende…

Creio na Santa Igreja universal…
Mas não acredito na igreja que rompeu de vez com o sagrado, cujo culto está mais para programa de auditório, às vezes até daqueles bizarros, adorando o grande “deus entretenimento”, como bem disse A.W.Tozer. Também não acredito na igreja imperial que vive somente para se manter ou manter a cúpula, no fim é a mesma coisa. Não creio na igreja que perdeu o propósito de ser “coluna e esteio da verdade” para ser mais uma divulgadora dos best-sellers de auto-ajuda, ao invés de buscar ajuda do alto. Não acredito nas igrejas de nomes imponentes, que só expressam a megalomania dos seus lideres, puro marketing!

Creio na comunhão dos santos…Sim, creio na comum unidade da Igreja, mas não acredito na comunidade das picuinhas intermináveis, sempre pelos motivos mais banais, claro, gente rasa não briga por coisas profundas. Os conteúdos estão fora de qualquer questão, o que incomoda mesmo são as aparências, os rótulos e os formatos. Como bem cantou João Alexandre “ali ninguém conhece a essência, tão somente a aparência de viver em comunhão”.

Àquele que não nos confunde seja a Glória para Sempre!

BOM PARA REFLETIR

Tentações de um pregador pós-moderno - 08/11/2007
Ednilson Correia de Abreu

Nestes tempos de massificação evangélica, de febre pelo crescimento acelerado, da identificação de sucesso eclesial e ministerial via crescimento numérico criando uma identificação perigosa de vitória espiritual com números sempre crescentes, da busca de platéias cheias e empolgadas, da busca intensa pelo sentir em detrimento do pensar, refletir e agir. O pregador destes tempos pós-modernos, quase ultra-modernos, está exposto há algumas tentações que não diria serem novas, mas afirmo estarem mais exacerbadas hoje.


O mundo evangélico atual é muito competitivo, no sentido negativo do termo, a linguagem “marketeira” e psicológica invadiu a igreja e assim ele acaba absorvendo também muitos valores seculares do mundo bussiness e “terapêutico’”.


Nesta atmosfera o pregador acaba sendo tentado em algumas direções perigosas que quero destacar nesta reflexão para fins de análise.

A tentação de produzir o miraculoso - Sabemos que qualquer efeito considerado além do normal produz um impacto quase instantâneo nas massas, o pregador pós-moderno se vê tentado a produzir ele mesmo evidências do miraculoso em sua ministração, através de uma atmosfera estrategicamente preparada: luzes, sons, palavras chaves, gestualismos excêntricos, e ênfases proclamadas aos gritos, além de intensas expressões emocionais podem gerar uma aparência de miraculoso altamente atraente àqueles que desejam autenticar sua pregação com “sinais” miraculosos. Levando o pregador muitas vezes a buscar a qualquer custo derrubar uma meia dúzia e atirar “revelações” a esmo, para de todas as formas “ganhar alguns”.
Produzindo assim a imagem de um homem acima dos outros homens.

A tentação do sensacional – muito próximo a anterior, com a diferença de que neste caso o pregador parece mais um "showman", com performances teatrais às vezes extremas, onde pelo seu carisma pessoal ele consegue manter a adrenalina do povo em alta, mantendo um intenso controle das ações com atos espetaculosos como saltos, gritos e uma oratória peculiar, levando a platéia do delírio ao silêncio total sob o seu comando. Gerando expectativas de que há qualquer momento o céu pode se abrir e o arrebatamento pode ocorrer somente naquele lugar.
O sensacionalismo atrai multidões e o pregador se apresenta como detentor do controle total capaz de conduzir as massas em qualquer direção.

A tentação do poder inusitado – é a busca de se estar sempre trazendo algo novo pela necessidade de se manter o povo interessado na última novidade capaz de levá-los aos limites das “bênçãos” celestiais. Um novo tipo de unção, um novo tipo de campanha, um novo tipo de pregador e pregação e etc. A apresentação de uma conexão direta com os seres angelicais e de um conhecimento das hierarquias nem biblicamente reveladas. Um esoterismo "gospel" ganha espaço, apresentando o pregador como uma figura inusitada capaz de trazer algo nunca antes conhecido, nem mesmo pelos apóstolos bíblicos. O inusitado muitas vezes beira o grotesco, mas se firma por se apresentar como novo, pois no inconsciente da comunidade se algo é visto como velho vê-se como fraco, ultrapassado e ineficaz.

O pregador é visto como o responsável por sempre criar um novo efeito e trazer algo inusitado a qualquer custo, pois na paróquia ao lado algo “novo” pode estar acontecendo.

A tentação dos atalhos imediatistas – é a busca de soluções rápidas para grandes questões na vida, crescimento espiritual instantâneo, santidade plena em um só encontro de fim de semana, autoridade máxima em uma campanha de poder, ordenação pastoral em 24 lições. Em fim não há tempo a perder, vivemos na era do fast-food, e a igreja precisa correr contra o tempo, atalhos são buscados e a confusão está feita.
Ignora-se que Deus trabalha através de processos na nossa vida, e que o próprio processo faz parte do seu sábio agir.
A clonagem já existe no meio evangelho há muito tempo, basta olhar como são produzidos em série alguns pregadores hoje, onde os trejeitos, gestos e até defeitos físicos são imitados dos seus líderes maiores, como se isso fosse parte do segredo e da busca do sucesso ministerial.
Os pregadores buscam segurar as pessoas através de processos rápidos de assimilação eclesiástica, pois o “mercado” é feroz. Gerando atalhos imediatistas perigosos e igrejas cheias de superficialismo.

A tentação do relativismo teológico – um relativismo inconseqüente cresce a cada dia. Tendo em vista a liberdade e a fragilidade para a formação de perspectivas de temas como a pessoa de Deus, a igreja, a vida cristã e outros temas chaves da fé. Não há muito ensino, Há muita emoção, o nível de emoções sentidas acaba se transformando no padrão de qualidade da fé. O conteúdo da fé muitas vezes acaba ignorado. O mais importante passa a ser os sentidos não os pensamentos. Acaba tudo ficando no mundo relativo daquilo que cada crente acha, a partir de seu sentir, levando o pregador a referendar o seu sucesso pelo poder que ele tem de arrancar expressões bastante emocionais do povo a ele exposto e não pelo nível de transformação de vida que a experiência de vivencia compreensiva da fé pode produzir. Verdade e erro se misturam, produzindo gerações de crentes confusos e até supersticiosos.

A tentação do status vocabular – as palavras têm peso, elas são ferramentas ou símbolos que usados estrategicamente produzirão resultados bem específicos. Um adjetivo ou verbo colocado dentro de determinados contextos trazem em si uma carga de significados capaz de gerar reações e respostas bastantes características dentro do momento e ambiente em que são utilizadas. Daí a proliferação de expressões como:
“Eu profetizo...” Pois isso causa mais impacto do que dizer: “eu desejo que...”; “eu determino...”, pois é mais forte do que: “eu oro para que...”.
A popularização de títulos eclesiásticos como apóstolos, (já ouvi falar até em apóstolo arcanjo), soam mais fortes do que simplesmente pastor.
Estas expressões produzem status, um status vocabular por se estabelecerem através do uso dos símbolos/palavra em um contexto sensível a receber o impacto que a palavra/símbolo tem como ferramenta de comunicação.
Neste contexto o pregador se vê usando jargões que ele mesmo não entende suas implicações, mas o faz pelo modismo que se estabeleceu e pela autoridade que lhe parece auferir.

Faço estas observações com o fim de nos levar a pensar no empobrecimento e perigo que corremos quando nos afastamos da simplicidade do evangelho e nos deixamos enredar pelos apelos tentadores e estranhos que o mundo nos faz.
Estas tentações e outras estão por ai todos os dias, a nos convidar, como pregadores, a que nos desviemos da rota de levar pessoas ao conhecimento de Cristo e a crescerem à sua semelhança no contexto de igrejas sadias que cresçam de verdade em todos os aspectos e direções o crescimento que vem de Deus e não por ações artificialmente engendradas, alimentadas por tentações como as acima citadas.
Sejamos pregadores bíblicos que anunciam o evangelho ao mundo em todas as suas épocas, não sejamos pregadores de épocas que anunciam ao mundo uma mensagem truncada, travestida de evangelho.

Entre tantos conselhos preciosos, Paulo nos lembra que a prevenção para não cairmos nestas tentações listadas acima, passa pelo cuidado com a nossa própria vida com Deus e pelo zelo daquilo que ensinamos (doutrina), conforme Paulo fala a Timóteo dizendo:
“Atente bem para a sua própria vida e para a doutrina, perseverando nesses deveres, pois, agindo assim, você salvará tanto a si mesmo quanto aos que o ouvem.” (1 Tm 4.16 NVI) E pela dependência do poder que deve permear todo o nosso ministério, conforme testemunha o mesmo Apóstolo afirmando:
“Minha mensagem e minha pregação não consistiram de palavras persuasivas de sabedoria, mas consistiram de demonstração do poder do Espírito, para que a fé que vocês têm não se baseasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus.”(1 Co. 2.4-5).

Precisamos ser pregadores corretos e poderosos, que edificam igrejas poderosas e equilibradas, marcadas pela presença e pelo agir soberano de Deus.

Que o Senhor tenha misericórdia de nós e nos abençoe.

Ednilson Correia de Abreu é Pastor da Primeira Igreja Batista em Ecoporanga-ES.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O Calvinismo Leva ao Universalismo

Roger E. Olson

Está bem, talvez o Calvinismo não leva ao Universalismo inexoravelmente – como se todo calvinista devesse tornar-se um universalista. Entretanto, muitos teólogos universalistas proeminentes são/eram reformados e criam que seus conceitos calvinistas da soberania de Deus os compeliam finalmente a abraçar o Universalismo.

Dois notáveis exemplos vêm à mente: Friedrich Schleiermacher e Karl Barth. Sim, eu sei que alguns reformados rejeitarão um ou ambos – como não verdadeiramente reformado. Entretanto, alguém não consegue ler The Christian Faith de Schleiermacher e não perceber seus vigorosos princípios calvinistas. Para Schleiermacher Deus é a realidade toda-determinante e é por isso que ele rejeita a oração petitória – porque ela implica que Deus já não sabe o que é melhor. Para Schleiermacher, qualquer coisa que esteja acontecendo, incluindo o pecado e o mal, foi preordenado e tornado certo por Deus.

Schleiermacher abraçou o Universalismo porque ele não conseguia reconciliar o Deus de Jesus Cristo todo-determinante com o inferno. Se Deus é amor e todo-determinante, devemos concluir que há um propósito amoroso para tudo que acontece. Se Deus é o autor do pecado e do mal, então a punição eterna de pecadores no inferno é injusta. Schleiermacher o calvinista percebia a questão claramente e tirou a única conclusão lógica de sua elevada visão do amor e soberania de Deus.

Apesar de todas as suas diferenças de Schleiermacher, Karl Barth seguiu o mesmo caminho básico do Calvinismo ao Universalismo. Eu sei que alguns estudiosos de Barth não creem que ele foi universalista e que ele não adotou esse rótulo. Mas eu creio que o Universalismo está implícito em sua doutrina da eleição na qual se diz que Jesus é o único homem reprovado. Barth notoriamente declarou que nosso “não” a Deus não pode resistir ao “sim” de Deus a nós em Jesus Cristo. Para Barth, Deus é “Aquele que ama em liberdade”. Deus é também todo-determinante em sua soberania. Barth chamava sua soteriologia de “supralapsarianismo purificado” – purificado do inferno, mas todavia supralapsário! Barth percebia corretamente que a lógica interna do Calvinismo deve levar ao Universalismo SE ele levar a sério o amor como natureza de Deus.

A única maneira de um calvinista evitar o Universalismo é transformar Deus em um monstro moral que para sua própria glória condena ao inferno pessoas que ele poderia salvar. Uma vez que você entende, entretanto, que o inferno é totalmente desnecessário porque a cruz foi uma revelação suficiente da justiça de Deus, o inferno torna-se não apenas supérfluo, mas completamente injusto.

Digo algumas vezes que SE eu pudesse ser universalista, eu poderia ser calvinista. Bem, eu ainda teria o problema da responsabilidade humana. Mas meu ponto é que eu não me importo com o livre-arbítrio exceto na medida em que ele é necessário para explicar por que um Deus de amor permite que algumas pessoas pereçam eternamente. Se eu pudesse crer que Deus salva a todos incondicionalmente, que é o que eu penso que Barth cria, eu poderia ser calvinista. Uma razão de não poder ser calvinista é porque ser calvinista exigiria de mim que eu lançasse fora todos os textos bíblicos sobre o inferno porque eu não teria interesse em até mesmo ser cristão se o Deus do Cristianismo fosse um monstro moral.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

sábado, 13 de novembro de 2010

"A igreja deve atrair pela diferença e não pela igualdade".

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

- A velha Cruz, e a Nova...

Sorrateira, e geralmente desapercebida, surgiu nos meios evangélicos populares uma nova cruz. Se parece com a antiga cruz, mas é diferente: as semelhanças são superficiais, mas as diferenças fundamentais.
Desta nova cruz surgiu uma nova filosofia de vida Cristã, e desta nova filosofia brotou uma nova técnica evangelística, um novo estilo de adoração, uma nova espécie de pregação. Este novo evangelismo emprega a mesma linguagem do antigo, mas seu conteúdo não é mais o mesmo, e a sua ênfase foi também mudada.
A antiga cruz não tinha trato com o mundo. Para a carne orgulhosa de Adão ela significava o fim da caminhada, pois ela executava a sentença da Lei do Sinai. A nova cruz não se opõe à raça humana; antes, ela é uma companheira amistosa que, se bem operada, se torna fonte de imensa e pura alegria e de inocentes prazeres. Ela permite que Adão siga sua jornada sem qualquer interferência. A motivação de sua vida permanece inalterada: ele ainda vive para seu próprio prazer, só que agora se diverte cantando canções religiosas em lugar de cantigas mundanas, e assiste a vídeos religiosos em lugar de beber cachaça. A base de tudo ainda é a auto-gratificação e o prazer, apenas os meios de alcançá-los são mais “elevados” quanto ao seu aspecto moral, quando não intelectual.
A nova cruz favorece uma abordagem evangelística nova e totalmente diferente. O evangelista não exige a entrega da vida velha antes que uma nova vida possa ser recebida. Ele não prega contrastes, mas semelhanças. Ele procura despertar o interesse dos ouvintes, mostrando que o Cristianismo não faz exigências desagradáveis; pelo contrário, oferece a mesma coisa que o mundo oferece, só que num plano mais elevado. Tudo o que se supõe ser o desejo do homem mundano é espertamente declarado ser exatamente aquilo que o Evangelho oferece, apenas o produto religioso é de melhor qualidade!
A nova cruz não mata o pecador, somente o redireciona. Ela o traz para uma forma de viver mais divertida e mais limpa, poupando sempre seu amor-próprio. Para o convencido ela diz “Venha e argumente você mesmo com Cristo”; para o egoísta ela diz “Venha, Cristo se orgulha de você”; e para o aventureiro ela diz “Venha e descubra os desafios do companheirismo cristão”. A mensagem cristã é inclinada na direção da “onda” que está em moda, para torná-la apetitosa ao público.
A filosofia que se esconde atrás desta abordagem pode ser sincera, mas a sinceridade não impede que seja falsa. Ela é falsa porque é cega. Ela não conhece, sequer, o significado da cruz.
A velha cruz é um instrumento de morte. Ela garante dar cabo do ser humano de forma rápida e violenta. Nos dias do império romano, quando um homem se punha a carregar uma cruz e descia rua abaixo, é porque já se tinha despedido de seus amigos. Não havia para ele caminho de volta. Ele ia em direção à cova. A cruz não admitia negociação, não modificava sentença, não poupava a ninguém; ela feria o homem, completamente e para sempre. Nunca procurava manter relações amistosas com sua vítima. Agia com dureza e crueldade e quando terminava a sua tarefa, o homem não existia mais.
A raça de Adão está sob sentença de morte. Não existe anistia nem possibilidade de fuga. Deus não aprova qualquer dos frutos do pecado, por mais inocentes que pareçam, ou por mais bonitos que sejam aos olhos do homem. Deus salva o indivíduo destruindo-o e depois erguendo-o da morte para novidade de vida.

sábado, 9 de outubro de 2010

ABORTO.

08/10/2010
Posição quanto à descriminalização do aborto não é meramente uma questão religiosa (e, por isso, é primacial para a escolha do candidato)
- Acredita-se que a maioria do povo evangélico e boa parte dos católicos praticantes não tenham votado em Dilma Rousseff, no primeiro turno. Por quê?
- O pastor Silas Malafaia, numa decisão polêmica, resolveu não apoiar a evangélica Marina Silva. Por quê?
- O PT estuda retirar a descriminalização do aborto de seu programa de governo. Por quê?
- Os petistas — mesmo sem provas contundentes — querem convencer os eleitores de que José Serra, assim como Dilma, é abortista. Por quê?

A resposta a todas as perguntas acima é a seguinte: para um eleitor cristão, o posicionamento a respeito do aborto não é uma questão secundária; é preponderante para que ele decida quanto à escolha do seu candidato à presidência do Brasil. Por quê? Não há outras questões mais prioritárias? Por que os evangélicos falam tanto em aborto? Isso não é uma forma de perseguição ao petismo e à sua candidata à presidência?

Para um eleitor cristão (cristão de verdade!), a posição de um candidato quanto ao aborto revela o seu caráter e as reais intenções do seu coração (cf. Mt 15.19,20). E, para esse tipo de eleitor, que é conhecedor da Palavra de Deus e discerne bem tudo (1 Co 2.15), os mandamentos e princípios bíblicos são inegociáveis; estão acima dos programas do petismo, do pevismo, do peemedebismo, do peessedebismo, etc.

Curiosamente, há cristãos (cristãos?) ligados a partidos políticos opondo-se a pastores em razão de eles se posicionarem contra o movimento pró-aborto? Não é isso uma contradição? Ora, o cristão que estuda a Bíblia, frequenta a Escola Dominical e comparece às reuniões de ensino já deve ter apreendido que o aborto voluntário — feito de maneira “lícita” (de acordo com a lei vigente em um país) ou clandestina — é um homicídio qualificado. Em Êxodo 23.7, está escrito: “não matarás o inocente”. Ou seja, abortar voluntariamente é o mesmo que assassinar uma pessoa inocente (cf. Êx 20.13; 21.22,23; Jó 3.16; Ec 6.3). E, se esse tipo de homicida não se arrepender, terá como morada, na eternidade, o Inferno (Ap 21.8).

O cristão que prioriza a Palavra de Deus, considerando a gravidade do pecado de matar uma pessoa inocente, passa a ver a questão em apreço com maior cuidado. Não é apenas questão religiosa; envolve ética. E ele reflete: “Se um candidato não consegue ter misericórdia de uma pobre criança indefesa, que é morta cruelmente ainda no ventre materno, como agirá ao tratar de outras questões que exigirão dele compaixão?” Afinal, qual é a diferença entre a criança nascida e a que está no ventre materno, à luz da Bíblia e da Ciência? Ambas são vidas humanas, pessoas.

Há evangélicos mal-informados alegando que um candidato defensor da descriminalização do aborto está a favor da vida em razão de ele priorizar a saúde da mulher. No entanto, esse argumento é falacioso, posto que uma criança de ventre não é apenas um pedaço da carne que pode ser removido, descartado. Para o cristão atuante (e não apenas nominal), o aborto é um crime hediondo. Por meio dele, uma pessoa, uma vida humana — que depende da mãe, é verdade, mas não pertence a ela — é morta de maneira cruel e sem direito à defesa.

Por que, então, o cristão que se preza opõe-se a um candidato declaradamente favorável à descriminalização do aborto? Porque ele sabe que Deus não nos dá o direito de tirar a vida de pessoas, mesmo as que ainda não tenham nascido (Dt 32.39). Ele sabe que, segundo a Bíblia e a biologia, a vida humana começa no momento da concepção, e não no nascimento. Ele sabe também que o Senhor conhece o ser humano quando ainda é apenas um plasma, uma substância informe (Jó 31.15; Sl 139.13-16; Is 44.2,24; 49.5; Jr 1.5; Lc 1.39-44).

Ainda que os militantes de partidos pró-aborto estejam extremamente irritados com os pastores, pregadores, articulistas e editores de blog que verberam contra o abortismo, essa postura dos evangélicos é legítima. Por isso, para os cristãos que amam a Palavra de Deus e adoram o Deus da Palavra, o posicionamento quanto à descriminalização do aborto é preponderante, primacial e decisiva na escolha do próximo presidente do Brasil.

Em Cristo,

Ciro Sanches Zibordi

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Se eu fosse profeta...




Se eu fosse profeta, eu diria que a disputa pela presidência do país, agora no 2º turno, será de extrema hipocrisia.


Eu diria que candidatos que sempre foram favoráveis ao aborto, agora se declararão contrários.


Eu diria que candidatos ateus se proclamarão cristãos e simpatizantes do povo evangélico.


Eu diria que pastores e padres aparecerão na propaganda política eleitoral defendendo a fé do seu candidato.


Eu diria que candidatos se assessorarão de pastores e tornarão isto público para tentarem obter o voto dos fiéis.


Eu diria que candidatos visitarão as principais denominações evangélicas do país, como se religiosos fossem.


Eu diria que o Presidente da República aparecerá no horário político eleitoral falando de Deus e dizendo que confia Nele.


Eu diria que um candidato prometerá a criação de um ministério religioso formado por representantes de diversas igrejas.


Eu diria que favores começarão a ser oferecidos a líderes religiosos em troca de apoio político.


Eu diria que líderes religiosos venderão sua honra e respeito em troca de fama e prestígio.




“... já não há homens piedosos; desaparecem os fiéis entre os filhos dos homens. Falam com falsidade uns aos outros, falam com lábios bajuladores e coração fingido. Corte o SENHOR todos os lábios bajuladores, a língua que fala soberbamente, pois dizem: Com a língua prevaleceremos, os lábios são nossos; quem é senhor sobre nós?” Salmo 12.1-4

“... porque todos eles são adúlteros, são um bando de traidores; curvam a língua, como se fosse o seu arco, para a mentira; fortalecem-se na terra, mas não para a verdade, porque avançam de malícia em malícia e não me conhecem (...) Cada um zomba do seu próximo, e não falam a verdade; ensinam a sua língua a proferir mentiras; cansam-se de praticar a iniqüidade. Vivem no meio da falsidade; pela falsidade recusam conhecer-me, diz o SENHOR.” Jeremias 9.1-9

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O Caráter do Político Astuto: Um Estudo sobre a Vida de Absalão

2 Samuel, capítulos 13 a 18
Introdução
A história de Absalão não é uma história bonita. Filho do Rei Davi, ele teve uma existência marcada por inúmeros pecados. Era uma pessoa atraente, simpática, e famosa, que realmente chamava a atenção. Poucas pessoas no mundo poderiam receber o tipo de descrição que dele é feita em 2 Sm 14.25: “Não havia, porém, em todo o Israel homem tão celebrado por sua beleza como Absalão; da planta do pé ao alto da cabeça, não havia nele defeito algum”. Quando lemos a sua história, registrada nos capítulos 13 a 18 de 2 Samuel, vemos que ele era um daqueles “líderes natos”, com personalidade marcante e carismática. Era impulsivo em algumas ações, mas igualmente maquinador e conspirador para preencher suas ambições de poder. Por trás de um passado que abrigava até um assassinato de seu irmão, ele não hesitou em utilizar e manipular pessoas e voltar-se contra seu próprio pai, para vir a governar Israel. Uma vez no poder, demonstrou mais impiedade, crueldade e imoralidade. No seu devido tempo, foi castigado por Deus, sofrendo uma morte inglória, sendo Davi reconduzido ao poder.

O caráter de Absalão não é diferente de muitos personagens contemporâneos de nossa política. Na realidade, ele reflete bem como a ambição pelo poder, conjugada com outros pecados, transtorna o comportamento de políticos “espertos” e “astutos”, levando-os a uma vida de engano e egoísmo desenfreado, na maioria das vezes com o aproveitamento pessoal do bem público. Nessa época de eleições e mesmo após elas, necessitamos de sabedoria e discernimento, para penetrarmos a couraça de fingimento que é mostrada à sociedade. Necessitamos de uma conscientização de nossas responsabilidades, como cidadãos, para que estejamos cobrando, com o devido respeito, as responsabilidades de nossos governantes, conforme estipuladas nas Escrituras em Romanos 13.

Nosso propósito, neste post, é estudar as ações de Absalão registradas no capítulo 15 de 2 Samuel, versos 1 a 12, identificando algumas peculiaridades de sua pessoa e caráter para que sirva de alerta à nossa percepção do mundo político e da busca pelo poder. Acreditamos que essas características são reflexos da natureza humana submersa em pecado. Devemos aprender, portanto, que devemos resguardar nosso apoio irrestrito, a tais pessoas de intensa ambição. Devemos também agir responsavelmente como cidadãos cristãos, na medida do possível, para que as instituições que tais pessoas pretendem governar sejam também resguardadas.


As Características de Absalão

Vejamos, 10 características do político astuto e matreiro que foi Absalão, conforme o relato que temos no capítulo 15 do Segundo livro de Samuel:

1. Ostentação e demonstração de poder. No verso 1, lemos: “Depois disto, Absalão fez aparelhar para si um carro e cavalos e cinqüenta homens que corressem adiante dele”. No capítulos 13 e 14 lemos como Absalão ficou foragido, após assassinar seu irmão. Aparentemente, Davi tinha grande amor por Absalão e, após três anos dos acontecimentos que culminaram no assassinato e fuga, Davi o recebe de volta. Absalão era famoso. Em 2 Sm 14.25 lemos que ele era “celebrado” por suas qualidades físicas invejáveis e impecáveis. Possivelmente tudo isso havia “subido à cabeça”. Em vez de assumir uma postura de humildade e contrição, em seu retorno, o texto nos diz que ele trafegava em uma carruagem com cavalos. Semelhantemente a tantos políticos contemporâneos ele se deleitava na ostentação e na demonstração de poder. Nesse sentido, formou um extraordinário séquito de “batedores” – cinqüenta homens que corriam “adiante dele”. Certamente tudo isso contribuía para chamar ainda mais atenção, para a sua pessoa, e ia se encaixando nos planos que possuía, para a tomada do poder. Vamos ter cuidado com aqueles que buscam a ostentação e a demonstração do poder que já possuem, pois irão aspirar sempre mais e mais, às custas de nossa liberdade.

2. Comunicação convincente. O verso 2, diz: “Levantando-se Absalão pela manhã, parava à entrada da porta; e a todo homem que tinha alguma demanda para vir ao rei a juízo, o chamava Absalão a si e lhe dizia: De que cidade és tu? Ele respondia: De tal tribo de Israel é teu servo...”. Parece que Absalão não era preguiçoso. Levantava-se cedo e já estava na entrada da cidade, falando com as pessoas. Possivelmente tinha facilidade de comunicação, de “puxar conversa”. Identificava aqueles que tinham necessidades, aqueles que procuravam acertar alguma disputa e logo entrava em conversação com eles. Certamente essa é uma das características que nunca falta aos que aspiram o poder. Devemos olhar além da forma – devemos atentar para o conteúdo e a substância, procurando discernir os motivos do comunicador.

3. Mentira. O verso 3 mostra que Absalão era mentiroso. Era isso que Absalão comunicava àqueles com os quais ele conversava, com os que tinham demandas judiciais a serem resolvidas: “Então, Absalão lhe dizia: Olha, a tua causa é boa e reta, porém não tens quem te ouça da parte do rei”. Descaradamente ele minava a atuação, autoridade e função do rei Davi, seu pai. Com a “cara mais limpa”, como muitos políticos com os quais convivemos, passava uma falsidade como se fosse verdade. Certamente existia quem ouvisse as pessoas, em suas demandas. Certamente, nem toda causa era “boa e reta”, mas Absalão não estava preocupado com isso, nem com a verdade. Ele tinha os seus olhos postos em situação mais remota. Ele queria o poder a qualquer preço. Para isso não importava se ele tinha que atropelar até mesmo o seu pai. Não sejamos crédulos às afirmações inconseqüentes, às generalizações mentirosas de tantos que aspiram o poder.

4. Ambição e engano. O verso 4, confirma a linha de ação adotada por Absalão, na trilha da decepção: “Dizia mais Absalão: Ah! Quem me dera ser juiz na terra, para que viesse a mim todo homem que tivesse demanda ou questão, para que lhe fizesse justiça!” Será que realmente acreditamos que o malévolo Absalão estava mesmo preocupado com o julgamento reto das questões? Será que ele tinha verdadeira “sede e fome de justiça”? A afirmação demonstra, em primeiro lugar que a sua ambição era bem real – ele queria ser “juiz na terra” – posição maior que era ocupada pelo rei seu pai. Quanto à questão de “fazer justiça” – será que realmente podemos acreditar? Certamente com a demonstração de impiedade e injustiça que retratou posteriormente, quando ocupou o poder, mostra que isso era ledo engano aos incautos. Quantas pessoas terão sido iludidas por ele! Quantas o apoiaram porque acharam que ali estava a resposta a todas as suas preces e anseios – “finalmente, alguém para fazer justiça”! Como é fácil sermos iludidos e enganados em nossas necessidades! Não sejamos ingênuos para com promessas que não poderão ser cumpridas.

5. Bajulação. No verso 5, vemos como Absalão era mestre em adular aos que lhe interessavam: “Também, quando alguém se chegava para inclinar-se diante dele, ele estendia a mão, pegava-o e o beijava”. Que político charmoso! Estava prestes a receber um cumprimento, mas ele se antecipava! Com uma modéstia que era realmente falsa, como veríamos depois, ele fazia as honras para com o que chegava. Realmente era uma pessoa que sabia fazer com que os que o visitavam se sentissem importantes. Sempre gostamos de receber um elogio, de sermos bem tratados. Tenhamos a percepção de verificar quando existem interesses ocultos ou motivos noturnos por trás da cortesia aparente.

6. Furto de corações – O despertar de seguidores ferrenhos! O verso 6 fala literalmente dessa característica. Não, Absalão não violava sepulturas, nem estava interessado em transplantes de órgãos. Mas no sentido bem coloquial ele “roubava corações”: “Desta maneira fazia Absalão a todo o Israel que vinha ao rei para juízo e, assim, ele furtava o coração dos homens de Israel”. Com as ações descritas nos versos precedentes, Absalão angariava seguidores apaixonados por seu jeito de ser. Sua bandeira de justiça livre e abundante para todos, capturava o interesse, atenção e lealdade dos cidadãos de Israel. Não importava se havia um rei, legitimamente ungido pelo profeta de Deus. Aqui estava um pretendente ao poder que prometia coisas muito necessárias. Que era formoso de parecer. Que falava bem. O que mais poderiam as pessoas esperar de um governante? Será que alguém se preocupou em averiguar a sinceridade das palavras e das proposições? Será que alguém tentou aferir se as promessas proferidas eram possíveis de ser cumpridas? O alerta é para cada um de nós, também.

7. Falsa religiosidade – Os versos 7 a 9 registram: “Ao cabo de quatro anos, disse Absalão ao rei: Deixa-me ir a Hebrom cumprir o voto que fiz ao SENHOR, Porque, morando em Gesur, na Síria, fez o teu servo um voto, dizendo: Se o SENHOR me fizer tornar a Jerusalém, prestarei culto ao SENHOR”. É incrível como muitos políticos, mesmo desrespeitando os mais elementares princípios éticos, pretendem, em ocasiões oportunas, demonstrar religiosidade e devoção. No transcorrer do texto, vemos que tudo não passava de casuísmo, da parte de Absalão. Ele procurava costurar alianças. Procurava trafegar pela terra realizando os seus contatos, mas a fachada era a sua devoção religiosa. Pelo amor ao poder, antigos ateus declarados, se apresentaram como religiosos devotos. No campo evangélico deve haver uma grande conscientização de que existe uma significativa força eleitoral e política. Na busca pelo voto evangélico, muitos se declaram adoradores do Deus único e verdadeiro. Não nos prendamos às palavras, mas examinemos a vida e as obras de cada um, à luz das idéias que defendem. Vejamos também se as propostas apresentadas se abrigam ou contradizem os princípios da Palavra de Deus.

8. Conspiração – O verso 10, mostra que, finalmente, Absalão partiu para a conspiração aberta: “Enviou Absalão emissários secretos por todas as tribos de Israel, dizendo: Quando ouvirdes o som das trombetas, direis: Absalão é rei em Hebrom”. Insurgiu-se de vez contra o rei que havia sido ungido por Deus, para governar Israel. Não – ele não era um democrata que queria instalar uma república naquela terra. Valia-se de sua personalidade magnética, do seu poder de comunicação e das ações comentadas e registradas nos versos anteriores, para instalar um governo que seria não somente despótico, como opressor e abertamente imoral (2 Sm 16.22). Que Deus nos guarde dos políticos conspiradores, que desrespeitam as leis e autoridades e que são egoístas em sua essência.

9. Utilização de inocentes úteis – Leiamos o verso 11: “De Jerusalém foram com Absalão duzentos homens convidados, porém iam na sua simplicidade, porque nada sabiam daquele negócio”. Certamente essas duzentas pessoas, selecionadas a dedo, eram pessoas importantes e influentes. Certamente transmitiram a impressão que havia um apoio intenso e uniforme às pretensões de Absalão. Vemos que não é de hoje que as pessoas participam de uma causa sem a mínima noção de todas as implicações que se abrigam sob o apoio prestado. Devemos procurar pesquisar e estarmos informados sobre as causas públicas e sobre as questões que afetam a nossa vida e a da nossa nação. Nunca devemos permitir que sejamos utilizados como “inocente úteis” em qualquer causa, como foram aqueles “convidados” de Absalão.

10. Populismo – O verso 12 registra: “Também Absalão mandou vir Aitofel, o gilonita, do conselho de Davi, da sua cidade de Gilo; enquanto ele oferecia os seus sacrifícios, tornou-se poderosa a conspirata, e crescia em número o povo que tomava o partido de Absalão”. Vemos que, saindo do estágio secreto, a campanha ganhou as ruas e ganhou intensa popularidade, ao ponto em que um mensageiro chegou a dizer a David (v. 13) “o coração de todo Israel segue a Absalão”. Um dos ditos populares mais falsos é: “a voz do povo é a voz de Deus”. Não nos enganemos – muitas questões são intensamente populares, mas totalmente contrárias aos princípios da Palavra. Assim é também com as pessoas – a popularidade não é um selo de aprovação quanto ao comportamento ético e justo. Democracia (a regência pela maioria do povo) não é uma forma de se estabelecer o que é certo e o que é errado, mas uma maneira administrativa de se reger o governo sob princípios absolutos que não devem ser manipulados pela maioria, ou por minorias que se insurgem contra esses preceitos de justiça. Como cristãos, devemos ter uma visão muito clara dos princípios eternos de justiça, ética e propriedade revelados por Deus em Sua Palavra.


Conclusão

A história de Absalão que se iniciou no capítulo 13, continua até o capítulo 18. Absalão sempre gravitou próximo ao poder, mas aspirava o poder absoluto. Para isso, fez campanha, conspirou e lutou contra o seu próprio pai. Aparentemente esse político astuto foi bem sucedido. Foi alçado ao poder e lá se consolidou perseguindo e aniquilando os seus inimigos, entre os quais classificou o seu pai Davi, a quem tentou, igualmente, matar. Ocorre que os planos de Deus eram outros. Seu conturbado reinado foi de curta duração. Causou muita tristeza, operou muita injustiça e terminou seus dias enganchado pelos cabelos em uma árvore, enquanto fugia, e foi morto a flechadas.

Parece que vivemos permanentemente em campanha eleitoral, em nossa terra. A política, naturalmente, desperta fortes paixões, interesses e defesas. Muitos políticos, em sua busca pelo poder, passam a demonstrar muitas características demonstradas na vida de Absalão. É natural que alguém que almeja um cargo de liderança qualquer, possua um comprometimento intenso às suas idéias e objetivos. Os partidários, também submergem nesse mesmo espírito de luta. O problema vem quando a paixão, quer pelo líder, quer pelo poder, leva à cegueira moral, como na vida de Absalão. Nesse caso, desaparece a ética e princípios são atropelados. Os partidários, às vezes até sem perceberem, são sugados e manipulados. Em muitas ocasiões verificam que se encontram em uma posição de defender até o que não acreditam.

O cristão tem que se esforçar para ter uma consciência e vida tranqüila e serena perante Deus e perante os homens. Ele tem que se conscientizar que a sua lealdade é primordialmente para com Deus, para com a Sua Palavra objetiva, para com a causa do evangelho. Participação política consciente não significa lealdade inconseqüente. Na maioria das vezes o cristão verificará que se apoia esse ou aquele candidato, assim o faz não porque ele é o ideal e defensável em qualquer situação, mas porque representa o menor dos males, entre as escolhas que lhes são apresentadas. Sobretudo ele não pode se deixar manipular, como no caso dos seguidores de Absalão. Devemos, sempre, com respeito, apontar o desrespeito aos princípios encontrados nas Escrituras, por aqueles sobre os quais Deus colocou a responsabilidade de liderar o governo e as instituições de nosso país, lembrando 1 Tm 2.1-8, intercedendo sempre por eles em oração

domingo, 22 de agosto de 2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

UMA GRANDE COLHEITA


A manhã de domingo, 25 de julho de 2010 foi de festa para Igreja Evangélica Assembleia de Deus em São Paulo, Ministério do Belém. Com cerca de 2,2 mil congregações, organizadas em 53 setores, o ministério realizou mais um grande batismo em águas, ocasião em que 1.290 novos crentes fizeram crescer o número de membros deste, que é o maior ministério da AD no Brasil.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

quinta-feira, 29 de julho de 2010

A banalização da cruz de Cristo e a forma superficial de tratar este tema

Embora o cristianismo genuíno esteja perdendo espaço para a crescente apostasia na igreja cristã e para as religiões pagãs, a cruz de Jesus Cristo triunfará no final! O livro do profeta Daniel e o Apocalipse nos asseguram isso.

Nossa sociedade parece dilacerada por uma misteriosa relação de amor e ódio pela cruz. A mídia a ridiculariza. Os burocratas e políticos liberais a temem. Os administradores das bibliotecas públicas a rejeitam. Inúmeros professores progressistas a censuram. No entanto, os cristãos continuam usando o símbolo da cruz.

Banalizar a cruz, redefinir as palavras, afastar os símbolos cristãos de seus significados bíblicos... Todas essas táticas aceleram a atual mudança cultural e encaixam-se na visão de um novo tipo de mundo - um mundo "livre" da fidelidade à verdade imutável de Deus.

Uma cruz desprovida de sentido cristão não incomoda a ninguém. Entretanto, a cruz usada por um seguidor de Cristo envia uma mensagem que muitos se recusam a tolerar. Ameaçado por convicções contrárias, o mundo exige uma conformidade que afirme seus valores, não os valores de Deus. O mundo quer aprovação, não verdades.

“E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más." [João 3.19].

Mas aqueles que amam a Deus e que estão "crucificados com Cristo", repletos de sua vida e caminhando em sua luz - não podem aprovar tais trevas. Eles estão no mundo, mas não são do mundo. Eles podem disseminar o amor de Deus, mas não podem amar o que Deus proíbe. Eles são "cidadãos do céu", e seus olhos estão fixos na eternidade. Assim, o mundo os chama de extremistas, pois não os compreende.

Lembre-se do que Jesus Cristo disse: "Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós... porque não conhecem aquele que me enviou." [João 15.20,21].

Em tempos difíceis, a vitória da cruz pode parecer qualquer coisa, menos triunfante. Os discípulos de Jesus experimentaram isso muito bem. Com o coração partido, assistiram à torturante crucificação. Por três dias, conviveram com a dúvida e o desespero. Eles ainda não sabiam que a prometida ressurreição venceria a morte e o sepulcro.

Sabemos que ela venceu! E fazemos bem ao lembrarmos que o caminho da cruz traz dor e também alegria. O caminho ascendente de Deus pode levar primeiro para baixo; seu chamado à vitória pode, no início, parecer uma derrota; e seu chamado para a união com Cristo significa a separação dos caminhos e dos valores do mundo - uma separação que enfurece os engenheiros sociais ao longo dos séculos.

Entretanto, a hostilidade do mundo pouco importa para os verdadeiros amigos de Deus. Eles conhecem as riquezas dos dons eternos dados por meio da cruz - a redenção, o perdão, a libertação do jugo do pecado, o Espírito Santo no coração, uma nova identidade e a força diária necessária para triunfar em Cristo.

Por haver tomado seu lugar com Cristo, Paulo enfrentou ódio, perseguição, espancamentos, apedrejamento, aprisionamento, fome e, por fim, o martírio. Entretanto, o sofrimento por Cristo não sufocou sua alegria. Ele calculou o preço e recebeu algo infinitamente maior do que todos os invejados tesouros e emoções do mundo - a comunhão com Jesus Cristo, o Senhor de tudo, agora e para sempre.

"Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas." [2 Coríntios 4.16-18]

Via Espada do Espírito

quarta-feira, 28 de julho de 2010

quinta-feira, 22 de julho de 2010

EBOA - APUCARANA

Teve início no dia 19 de Julho na Assembleia de Deus de Apucarana, a 5ª Escola Bíblica de Obreiros, e as matérias ministradas são: Apologética e Teologia Prática, sendo que hoje finalizamos a primeira disciplina tendo como professor o Pastor e Escritor Ciro Sanches Zibordi, foram dias muito abençoados, aprendendo sobre Desvios doutrinários do movimento Neopentecostal e Adoração,Louvor e erros que são cometidos por desconhecimento ou negligência aos ensinos bíblicos.



sexta-feira, 9 de julho de 2010

Líder muçulmano se converte e muitos seguem seu exemplo


ÁFRICA - Fay cresceu como um muçulmano devotado, na cidade de Rafal, fronteira com o Sudão. Ele não era apenas um seguidor do islamismo, mas também um chefe muçulmano respeitado.

A constituição da República Central Africana (CAR) permite a escolha de religião. No entanto, devido à sua localização, o país está exposto à opressão islâmica da fronteira com Chade no norte, até a com o Sudão, no leste. A pobreza no país também provocou um crescimento para o islamismo, pois muitas ONGs e escolas divulgam o islamismo entre os mais pobres, através da ajuda e educação.

A Assembleia Nacional é formada 50% por representantes muçulmanos, o que fortalece o islamismo. Além disso, muitos muçulmanos tomaram, à força, terras de cristãos, e o governo ignorou o fato.

Para Fay, a vida em Rafal era pacífica. Valorizado entre os muçulmanos por ser líder, ele vivia uma vida tranquila. Mas o Senhor tinha planos melhores para ele, que foram apresentados em forma de aparente dificuldade. Fay ficou doente.

Após muito tempo de cama, e sem encontrar uma cura para a doença, Fay , desesperado, ligou para o pastor local. Com cuidado, o pastor foi até a casa dele para orar. Confiando em Deus para operar um milagre, o pastor Ibrahim intercedeu pela recuperação completa de Fay.

Deus curou Fay. Essa experiência foi transformadora para o líder muçulmano. A compaixão incondicional demonstrada pelo pastor mudou Fay e toda a sua família, que testemunhou o milagre. Fay recebeu o Senhor como seu Salvador pessoal. Toda a sua família o seguiu.

O acontecimento teve um impacto significativo em toda a comunidade. Ao ver o testemunho de Fay e os frutos produzidos pelo homem liberto, muitos muçulmanos abandonaram o islamismo para aceitar a Jesus Cristo. A comunidade, antes enfurecida a agressiva, estava sendo transformada.

Isso abriu uma porta para que começasse a existir perseguição em Rafal. Agora, como acontece com muitos cristãos, foram negados seus direitos básicos. Eles não podiam negociar com os outros moradores, e isso fazia com que eles passassem fome. Todos os dias, Fay e sua família são confrontados por ameaças e intimidações. A comunidade muçulmana parece desprezar a presença de cristãos.

No entanto, esses cristãos continuam a demonstrar fé em Cristo e estão determinados a ser testemunhas fieis do evangelho. É o desejo do coração deles exercer uma influência em sua comunidade, para que o pequeno número de cristãos em Rafal se torne uma multidão.

Os cristãos de Rafal pedem que seus irmãos em todo o mundo se unam a eles em oração e fé. Ore para que eles tenham perseverança em meio à perseguição, e principalmente para a salvação dos que estão perdidos.

Tradução: Missão Portas Abertas

AS ORIGENS DO CALVINISMO

Jack Cottrell[2]



O Calvinismo não se originou de João Calvino (1509-1564), nem a sua alternativa, o Arminianismo, se originou de Tiago Armínio (1560-1609). Estes dois termos têm sido utilizados para pontos de vista opostos (quando defendidos) da realidade ou não de um pecador ter o livre arbítrio para acreditar em Jesus quando ele ouve o evangelho. Outras coisas estão envolvidas, mas este é o divisor de águas entre as duas posições. Basicamente, o Calvinismo diz que o pecador não tem tal livre arbítrio; o arminiano diz que ele tem.



Nos três primeiros séculos da Igreja, a visão do livre-arbítrio era tudo que existia. O que hoje é chamado Calvinismo realmente veio de Santo Agostinho (354-430), que introduziu a primeira doutrina abrangente do pecado original. De acordo com Agostinho, o pecado de Adão levou todos os seus descendentes naturais a nascerem em um estado de depravação total. Isto é equivalente à escravidão da vontade, ou a perda da capacidade de escolher o bem – especialmente a capacidade de escolher aceitar o evangelho, quando confrontado por ele.



Uma vez que Agostinho inventou o conceito da depravação total universal, era natural que ele desenvolvesse o restante do sistema calvinista chamado TULIP, especialmente aquelas doutrinas que logicamente decorrem da escravidão da vontade: Eleição Incondicional, Graça Irresistível e Perseverança dos Santos. Assim, o “Calvinismo” nasceu, há mais de um milênio antes do próprio Calvino.



Durante a Idade Média, ambas as visões co-existiam dentro do amplo contexto da Igreja Católica. Quando ocorreu a Reforma, o Catolicismo em geral abraçou o livre arbítrio, porém os principais reformadores – Martinho Lutero (1483-1546), Ulrich Zwinglio (1484-1531) e João Calvino – abraçaram o sistema agostiniano construído sobre a doutrina da escravidão da vontade. Para eles, a ausência do livre-arbítrio era devida, não apenas à conseqüência do pecado de Adão, mas também à própria natureza da soberania divina.



Para Lutero, a onipotência e pré-conhecimento de Deus absolutamente descartam qualquer possibilidade de livre-arbítrio. Esta combinação “nocauteia o ‘livre-arbítrio’, e o destroi totalmente”, disse ele.[3] Zwinglio declarou que Deus é a “única causa real” de tudo que tem a ver com os seres humanos,[4] incluindo os seus pecados: “Nem mesmo a obra do pecado parte de qualquer outra pessoa a não ser Deus”.[5]



A visão de Calvino não era diferente. Ele disse: “O mundo é tão governado por Deus, que nada é feito nele, senão por seu secreto conselho e decreto.”[6] Isto se aplica até mesmo ao pecado: “O que nós sustentamos é que, quando os homens agem perversamente, eles assim fazem... pelo propósito ordenado de Deus”.[7] Isto se aplica ao primeiro pecado: “Eu, assim, afirmo que Deus ordenou a queda de Adão”.[8]



Na Reforma continental os únicos defensores do livre-arbítrio foram os da Reforma Radical, especialmente os anabatistas. No século XVII o próprio Armínio defendeu a visão há muito sustentada do livre-arbítrio, e seu nome ficou ligado a ela. No século XVIII, John Wesley formulou uma importante versão dela conhecida como Arminianismo Wesleyano. Muitos indivíduos e grupos hoje (incluindo o Movimento da Restauração) sustentam um sine qua non do Arminianismo, ou seja, o livre arbítrio. Eles discordam em muitas outras áreas, não obstante.



A visão agostiniana/calvinista criou raízes sólidas nos séculos XVI e XVII. Foi enunciada em vários credos importantes, incluindo o Catecismo de Heidelberg (1563) e, especialmente, a Confissão e os Catecismos de Westminster (1647-1648). Um advogado importante no século XVIII foi Jonathan Edwards (1703-1758). Nos séculos XIX e início do século XX, o ponto de vista foi defendido pelo grupo da Velha Princeton (Old Princeton),[9] incluindo A. A. Hodge, Charles Hodge, B. B. Warfield e J. Gresham Machen, bem como por teólogos reformados holandeses como Abraham Kuyper e Herman Bavinck. Os nomes de Louis Berkhof, John Murray e H. Gordon Clark também devem ser mencionados aqui.



Os principais escritores calvinistas da atualidade incluem R. C. Sproul, Bruce Ware, John Frame, D. A. Carson, James R. White, Robert Reymond, John Piper, Wayne Grudem, e John Feinberg.



A maioria das denominações e igrejas conservadoras (que crêem na Bíblia), usando o nome presbiteriano são calvinistas, assim como são todas as denominações e igrejas conservadoras com a palavra reformada em seu nome. (“Teologia reformada” é rigorosamente equivalente a Calvinismo.) O Calvinismo também tem uma forte presença em muitos grupos batistas e entre igrejas independentes.



Tradução: Cloves Rocha dos Santos

sábado, 5 de junho de 2010

quarta-feira, 2 de junho de 2010

MISSÕES NO PARAGUAY

OBRA MISSIONÁRIA EM CAMPO NOVE - PARAGUAY

OS ATRIBUTOS DE UM DIÁCONO

O diaconato foi instituído na igreja cristã com o propósito de assistir as pessoas pobres da igreja. Foram escolhidos sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria (At 6.3). Dessa forma, os apóstolos que estavam assoberbados com esse serviço foram liberados para se dedicarem exclusivamente à oração e ao ministério da Palavra (At 6.4). Agora, o apóstolo Paulo nomina os atributos de um diácono (1Tm 3.8-10).

1. O diácono precisa ser um homem íntegro na conduta (1Tm 3.8) – “Quanto aos diáconos, é necessário que sejam respeitáveis”. A vida do diácono é a vida do seu diaconato. Seu testemunho dentro e fora do lar é o alicerce do seu ministério diaconal. O diácono deve ser marido de uma só mulher e governar
bem seus filhos e a própria casa (1Tm 3.12). O seu trabalho está plantado no solo de sua própria vida. O diácono precisa ser um homem irrepreensível na conduta e ter bom testemunho tanto dos membros da igreja como dos de fora da igreja.

2. O diácono precisa ser um homem íntegro na palavra (1Tm 3.8) - “... de uma só palavra...”. O diácono é um homem íntegro na palavra. Ele é um homem verdadeiro. O diácono é um homem que de coração fala a verdade; não difama com sua língua nem lança injúria contra seu vizinho. É um homem que jura com dano próprio e não se retrata (Sl 15.2-4). Sua palavra é sim, sim; não, não. Ele não transige com a verdade. Ele não mente, não dissimula nem negocia princípios absolutos.

3. O diácono precisa ser um homem íntegro na temperança (1Tm 3.8) - “... não inclinados a muito vinho...”. O diácono tem domínio próprio não apenas sobre a língua, más também sobre a bebida. Ele não é dominado pelo vinho, mas domina o vinho. Ele tem sobriedade. Ele não se embriaga com o vinho, no qual há dissolução, mas enche-se do Espírito (Ef 5.18).

4. O diácono precisa ser um homem íntegro nas finanças (1Tm 3.8) - “... não cobiçoso de sórdida ganância”. O diácono não pode ser amante do dinheiro. Seu coração não está posto em coisas materiais, mas em Deus. Ele não transige com sua consciência nem mesmo com os preceitos da Lei de Deus para levar vantagens financeiras. O diácono não faz do dinheiro o seu patrão. Ele pode possuir dinheiro, mas não é possuído por ele. Ele pode carregar o dinheiro no bolso, mas não no coração. A ganância é o desejo desenfreado de ter, a qualquer custo. Aqueles que assim procedem estão desqualificados para o diaconato.

5. O diácono precisa ser um homem íntegro na doutrina (1Tm 3.9) – “Conservando o mistério da fé com a consciência limpa”. O diácono deve ser um homem fiel às Escrituras, sólido na doutrina, comprometido com a ortodoxia. Antes de sua ordenação ao diaconato, deve subscrever sua fidelidade irrestrita à Palavra de Deus e aos nossos símbolos de fé. Não podemos viver nem amar aquilo que não conhecemos. Não podemos liderar o povo de Deus se estamos claudicando na verdade. Não podemos ser exemplo para o rebanho se não conservamos o mistério da fé com a consciência limpa.

6. O diácono precisa ser um homem íntegro na maturidade espiritual (1Tm 3.10) – “Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato”. O oficial da igreja não deve ser um neófito na fé. Ele não pode abraçar o diaconato irrefletidamente. Ele precisa ter consciência dos privilégios desse ministério e de suas imensas responsabilidades. O diácono, também, não pode ser um homem inconstante, imaturo e vulnerável. Antes, precisa demonstrar firmeza no propósito de servir a Deus e a seu povo. Se desempenhar bem o diaconato alcançará para si mesmo justa preminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus (1 Tm 3.13).
AVISOS CONTRA O ENDURECIMENTO DO CORAÇÃO – Sl. 95/6-11
 O Salmista alerta a cada crente a ter certeza se sua adoração e louvor procedem de um coração obediente ao Senhor.
 A preocupação do Salmista era com o estado do coração do crente – A adoração e o louvor só é recebido por Deus mediante um exame no coração do crente.
 A falta de obediência tem produzido uma adoração estéril
 Não basta cantar – cultuar – adorar com um coração fechado – trancado
 É preciso que nossas palavras e atitudes sejam de um coração sincero – agradecido.
 As situações a nossa volta sempre nos dão sinais do que esta acontecendo;
- As doenças são descobertas pelos sinais que revelam
 O salmista também mostra que um coração que esta endurecendo, também mostra seus sinais.
 Quais são os sinais de um coração endurecido.
PRIMEIRO SINAL – NÃO OUVIR A VOZ DE DEUS. (V.7)
 O Salmista faz duas afirmações que dependem da nossa atitude de ouvir ou não a voz de Deus.
 Se ouvirmos seremos: Povo de Deus – Ovelhas de seu pasto.
 Quando deixamos de ser povo de Deus e ovelhas de seu pasto?
01 – Quando negligenciamos a Bíblia – descuidamos em observar seus mandamentos – deixamos de ouvir a voz de Deus através da sua palavra – é um sinal de que nosso coração esta se endurecendo.
02 – Quando não atendemos a nossa consciência – enquanto não estivermos totalmente desligados de Deus nossa consciência irá nos alertar dos riscos e perigos que estamos correndo ao desobedecer – Quando não atendermos mais a voz da consciência é sinal que nosso coração esta se endurecendo.
03 – Quando nos tornamos indiferentes – Insensíveis a voz de deus, quando não fazemos conta de ouvimos ou não a voz de deus – ouvir ou não ouvir a voz de deus não faz mais diferença – é sinal que nosso coração esta se endurecendo.

SEGUNDO SINAL – TENTAR A DEUS. (V.9)
 O Salmista lembra da passagem de Ex.17/1-7 – quando o povo murmurou contra Deus pela AGUA – Moisés chama esta situação de Meribá e Massá – Provocação e Tentação.
 Quando é que Provocamos e Tentamos a Deus?
01 – Quando murmuramos por coisas que sabemos que Deus esta no controle – lançamos duvidas quanto ao cuidado, ao zelo, ao amor de Deus.
02 – Quando murmuramos pensando ou dizendo que Deus quer o nosso pior – ou que ele não esta fazendo nada.
03 – duvidar de Deus é um insulto a sua soberania ele esta no controle
04 – Duvidar de Deus é um convite para que ele nos castigue
Hb.10/27 – “Horrivel coisa e cair nas mãos do Deus vivo”
 Quando murmuramos e provocamos a Deus com nossas duvidas estamos com nosso coração endurecendo – quando não aceitamos os propósitos de Deus é sinal que nosso coração esta se endurecendo.

TERCEIRO SINAL – ERRAR NO CORAÇÃO (V.10)
 Errar no coração é cometer erros voluntariamente e conscientemente.
 É desobedecer de vontade própria – sem se importar se Deus vai ou não castigar – é duvidar do castigo divino.
 É errar sempre procurando alguma coisa diferente da vontade de Deus
 Errar o caminho quando não se conhece o caminho é ignorância
 Errar o caminho quando se conhece bem o caminho é sinal de que o coração esta se endurecendo.

CONCLUSÃO
 QUAIS SÃO OS SINAIS QUE SUA VIDA ESTA DEMONSTRANDO?
 Será que você esta se tornando surdo a voz de Deus?
 Será que você não esta jogando com Deus? Tentando Deus para ver o que acontece?
 Será que vc. Não colocou no coração viver cometendo certo tipo de pecado até o dia em que Deus te castigar?
 Será que você não esta provando os limites de Deus para com os seus erros.
 SEU CORAÇÃO PODE ESTAR SE ENDURECENDO – MAS ISTO PODE SER REVERTIDO – DEUS PODE MUDAR ESTA SITUAÇÃO NA SUA VIDA
 PERMITA QUE O ESPIRITO SANTO FAÇA UM MILAGRE EM SEU CORAÇão
DEUS QUER E PODE RENOVAR O SEU CORAÇÃO – ENQUANTO O ESPIRITO SANTO ESTIVER NA SUA VIDA SEU CORAÇÃO NÃO IRA SE ENDURECER – Ez.36/26-27

segunda-feira, 12 de abril de 2010

CHICO XAVIER NÃO ERA CRISTÃO
Antônio Carlos Costa


O Chico Xavier não era cristão. Não estou usando o adjetivo como sinônimo de gente boa. Cristão é o nome que é dado aos discípulos de Cristo -aqueles que procuram imitá-lo e submeter sua vida intelectual a ele.

Cristo nunca ensinou que estamos pagando nessa vida pelos pecados que praticamos numa vida da qual não nos lembramos. Jamais vimos, um discípulo seu, ser estimulado a buscar contato com seres humanos mortos. Quem anda com Cristo prefere a presença do Espírito Santo.

Não há um só relato sequer nos evangelhos de sessões mediúnicas. Nenhum discípulo jamais passou pela experiência súbita de despersonalização -em razão de haver sido possuído pelo espírito de um ser humano morto. Só vemos os discípulos recebendo o Espírito Santo, que quando veio sobre eles, os tornou mais eles do que eles jamais o foram, uma vez que o que neles havia de melhor se manifestou.

Quando os discípulos escreviam, tratavam de orar, pensar e contar com seus próprios pensamentos e obra de revelação do Espírito Santo. Não havia psicografia, mas iluminação que respeitava sua individualidade. Os 27 livros do Novo Testamento mostram as características individuais de cada um. Todos foram honrados pelo Deus que se agradava em usá-los, a partir da revelação única que fazia de si mesmo por meio da singularidade da vida dos seus servos.

Eles não aguardavam reencarnação. Se alguém lhes dissesse que suas esperanças consistiam num retorno para esse presente mundo de injustiça e miséria, eles chorariam amargamente, uma vez que todos aguardavam novos céus e nova terra.

Eles praticavam obras de amor, mas jamais com o intuito de retornarem para uma vida melhor após a morte. Eles dependiam do sangue de Cristo para o perdão de pecado, e o bem que faziam, faziam-no porque amavam a Deus, e encontravam-se em estado de encanto, gratidão e espanto com o amor que lhes fora revelado na cruz.

Em suma, Chico Xavier não era cristão, pois ensinava espiritismo, não cristianismo.

sexta-feira, 5 de março de 2010

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

ALCOOLÍSMO

» A crise econômica, desemprego, problemas emocionais entre outros, tem levado um número cada vez maior de pessoas a buscar refúgio no álcool.

» O alcoolismo é na atualidade um dos principais problemas de saúde pública no mundo. O álcool é uma das causas principais dos problemas da nossa sociedade, é uma droga como a heroína, cocaína, crack.

» Mas por quê? Porque vicia, altera o estado mental de quem utiliza, levando a atos impensados e muitas vezes violentos. Pior, causa problemas na família, e na sociedade.

» Segundo a revista “ciência hoje”, até os especialistas e pesquisadores têm dificuldade em separar um bebedor social do dependente (viciado) porque o consumo entre eles é muito alto e freqüente.

» Um dos primeiros sintomas do alcoolismo é a perda da liberdade, sobre a decisão do ato de beber..

» Segundo pesquisa da USP – universidade de são Paulo em 749 residências com histórico de agressões, violência, quebra-quebra, e violência sexual, a estatística mostra que:
- 52% dos agressores estavam embriagados
- os agressores são em grande maioria homens, e as vítimas são em quase 100% mulheres e crianças.

» Em agosto de 2003 deram entrada no pronto socorro de Paulínia SP. 126 pessoas envolvidas em brigas e acidentes de transito. Para surpresa dos médicos 100% estavam alcoolizados.

» 31.000 pessoas morrem por ano no transito e destes, cerca de 70% por causa ou conseqüência do álcool.



Problemas clínicos.

» Diversos são os problemas causados pela bebida alcoólica.

Sistema gastrointestinal – grande consumo de álcool pode levar a inflamação no esôfago e estomago, sangramento, enjôo,vômitos, pancreatite aguda e crônica.
A cirrose hepática é irreversível e leva ao alcoólatra a morte de maneira lenta.

Câncer- os consumidores de bebidas alcoólicas estão 10 vezes mais sujeitos a qualquer forma de câncer do que a população em geral.

Sistema cardiovascular – o álcool provoca lesões no coração, arritmias. É relativamente comum a ocorrência de um AVC (acidente cardio vascular) ou derrame após a ingestão de grande quantidade de bebidas alcoólicas.

Hormônios sexuais – o álcool leva a lesões nos testículos prejudicando a formação de esperma.
Leva a feminilização do homem, genicomastia (presença de mamas no homem)

O consumo de bebidas alcoólicas aumenta o risco de:

 Câncer de boca
 Hipertensão arterial
 Impotência sexual
 Diabetes
 Problemas de próstata
 Câncer de mama – intestino – testículos – língua
 Infarto

» uma em cada quinze pessoas pode gerar uma cirrose hepática pelo excesso de consumo de álcool

» mais de cinco milhões de adolescentes são vítimas do vício em bebidas alcoólicas
» morrem 50.000 alcoólatras por ano
» 50% dos internos em clínicas psiquiátricas são dependentes de álcool

Pesquisa publicada na revista veja – dezembro de 1998.

Exame de dosagem alcoólica em cadáveres mostra que a morte violenta é precedida de uns goles a mais.

 Afogamentos – 64%
 Atropelamentos – 53%
 Homicídios – 52%
 Acidentes de carro – 51%
 Quedas fatais – 36%
 Suicídios – 36%

• Dados do IML de são Paulo


Uma relação perigosa – álcool/indivíduo

 Quem aqui tem um caso de alcoolismo na família?
 Quem aqui já teve ou tem um parente alcoólatra?
 É uma boa experiência? Sim ou não? Claro que não é!

 Quem aqui gostaria de ter uma esposa ou esposo ou filho alcoólatra? Ninguém? E ainda dizem que o álcool é inofensivo!

 Quantos aqui já tiveram alguma experiência ruim por causa do álcool?

 Quantos aqui conhecem alguma família que foi destruída pelo álcool?

 Não é o álcool um anestésico emocional?
 Não é o álcool um dos piores inimigos da família?

AI DE MIM SE NÃO PREGAR O EVANGELHO!

A pregação é um ato sublime, onde o homem com a palavra de Deus, busca responder questões, confrontar opiniões, expor erros, condenar pecados, e o principal, o cerne da mensagem que é revelar Cristo aos corações dos ouvintes.

Pregar é a função da igreja, dada diretamente por Jesus Cristo, sem a pregação a obra de Deus por nosso intermédio é incompleta, sem ela a igreja deixa de cumprir sua função maior, kerigmática, e passa a se perder em discursos filosóficos mornos e desprovidos de poder para chegar ao coração do pecador e fazê-lo olhar para Cristo.

Somos chamados a recusar o caminho das facilidades, onde a palavra de Deus é usada para exaltação pessoal de homens vaidosos e cheios de si, na mão do pregador a palavra é espada aguda, cortante, que desnuda os corações, confronta erros, aponta enganos, mas principalmente, mais do que apenas dizer que o homem caminha em engano é apontar para ele o caminho verdadeiro, fazê-lo ver a Jesus Cristo como seu único e suficiente salvador, alcançar o que caminha na mais densa treva e apontar o luzeiro, que é Jesus Cristo. Cabe ao pregador com o poder da verdade, com o poder da palavra do próprio Deus, alçar um grito contra o comodismo, o conformismo, consumismo, supervalorização do ter em detrimento ao ser, o culto ao corpo, ao hedonismo, e a avareza.

Cabe a nós como João, o Batista, gritar, que não somos o Cristo, não pertence a nós o poder, não usamos dele como bem queremos, não nos servimos dele a nosso bel prazer, mas deixar bem claro que somos apenas uma voz, a voz do homem que entregou-se a Cristo, aceitou ser o porta voz deste evangelho, desta Boa Nova, ai de nós se não anunciarmos o evangelho.

Na pregação fica bem claro que somos apenas o instrumento por onde Deus revela sua palavra a humanidade, mostrando um caminho mais excelente o da salvação, o novo nascimento, a novidade de vida, onde o velho homem fica para trás com seus desejos mundanos e suas atitudes desprovidas de Deus, e renasce uma nova criatura, agora feita por obra da graça de Deus, não por força ou mérito próprio, mas tendo a sua dívida paga pelo sacrifício do calvário.