sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Crente Salvo

É o Espírito Santo que testifica que alguém é salvo e não algum pregador porque acha que alguém fez uma oração com sinceridade. Pare de tratar as pessoas como números, como gado, fazendo elas repetirem a sua oraçãozinha e enviando elas embora em 5 minutos para que você possa comer ou se orgulha do número de pessoas que levantaram a mão.
Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus. (1 Jo 5:13)
O livro de 1 João foi escrito para que as pessoas saibam que têm a vida eterna. João escreve várias características de um verdadeiro cristão. Infelizmente, muitos pastores parecem ignorar totalmente isso.
E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida. (1 Jo 5:11-12)
Não devemos reduzir a certeza da salvação a algumas coisas que fizemos certo. Certeza da salvação vem somente através de se confiar em Jesus. Um dos sinais da verdadeira conversão é que Jesus Cristo se torna a única esperança de salvação e nenhuma confiança é colocada na carne. Sua esperança está em Cristo? Você sente cada vez mais a sua necessidade de Cristo?
Além disso, é triste que no meio evangélico muitos confirmem a fé de pessoas que deliberadamente vivem em pecado, sem confrontá-los enquanto eles caminham rumo ao inferno.
Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. (1 Jo 1:5-7)
Andar na luz é andar em conformidade com o caráter e a revelação de Deus. Este “andar” se refere a um estilo de vida. Sendo assim, se alguém diz que é cristão, mas seu estilo de vida anda em total inconformidade com os mandamentos de Deus, então essa pessoa está mentindo e se enganando. Para compreender isso pense no seguinte: não é uma foto de certo episódio de sua vida, mas uma filmagem de todos os momentos de sua vida. O que alguém verá em sua vida se o filmar todos os momentos? Uma vida que, no geral, busca a Deus e anda em seus caminhos ou uma vida que não o busca, nem o ama.
Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. (1 Jo 1:8-10)
O primeiro sinal é uma vida de conformidade (crescente) com os mandamentos de Deus. O segundo sinal é um coração quebrantado. O primeiro sinal não significa perfeição. Contudo, a marca do cristão é a confissão de pecados, o desejo de ser santo e uma vida de arrependimento quando peca. Você é sensível ao pecado e tem ficado mais sensível enquanto você cresce na fé?
Essa sensibilidade é causada pelo Espírito Santo que regenera o pecador e lhe dá um coração de carne (sensível), tirando seu coração de pedra. Seja uma pessoa que lamenta pelo próprio pecado, mas, ao mesmo tempo, se regozija em seu Salvador.
Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; (1 Jo 2:1)
Se você não tem um novo relacionamento com o pecado (ódio) e com a Palavra de Deus (amor), então você não tem um novo relacionamento com Jesus.
O fim último de toda a Lei é expressar amor a Deus, mas da forma que Ele deseja que você expresse.
aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou. (1Jo 2:6)
Não estamos falando de salvação por imitação de Cristo. A salvação é pela fé somente. Mas aqueles que são salvos, desejam andar como Jesus andou e irão progredir nisso, pois aquele que começou a boa obra há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus (Fp 1:6). Certamente, não é um imitar perfeito, mas se alguém olhasse para você, ela veria alguém que almeja ser como Jesus?
Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço. (1 Jo 2:9-10)
Uma das maiores evidência de que alguém nasceu de novo e pertence à família de Deus é o amor pelos irmãos. Você ama estar com o povo de Deus? É difícil falar de amar a igreja, quando as pessoas não sabem nem o que é a igreja? As pessoas acham que ir a igreja falar das coisas do mundo é comunhão cristã. Quando foi a última vez que você saiu com seus amigos só para falar de Jesus? Só para falar de Santidade? Para orarem juntos?
Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. (1 Jo 2:15-16)
Mundo, aqui, é todo o sistema anti-Deus, anticristo. Na vida do cristão tudo é sagrado, tudo é de Deus. Inclusive suas roupas. Você é uma pessoa sensual? Suas roupas apontam para suas faces onde a glória de Deus deve brilhar ou para seu corpo? Se sua roupa aponta para seu corpo ela é odiável a Deus. Como é triste que hoje em dia a sensualidade tenha estuprado a verdadeira beleza.


Leia mais: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2012/10/paul-washer-seguranca-biblica-fiel2012/#ixzz28lwNFmF0

Sábios Conselhos

O meu desejo para vocês não é que vocês se tornem mais inteligentes, mas que se tornem mais devotos, não a coisas pequenas como missões ou algumas verdades, mas a pessoa de Jesus Cristo e o que Ele fez por você. É tudo sobre Cristo, do começo ao fim. Não busque sua satisfação no ministério pastoral ou em missões. Eles não o satisfarão. Cristo o satisfará. Busque a Cristo!
Estude as Escrituras no contexto da história cristã. A sabedoria não nasceu com você e não morrerá com você. Não menospreze aqueles que vieram antes de você. Alguns acreditam que são como uma ilha, como se seu cristianismo não dependesse de dois mil anos de história cristã.
Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. (1Co 15:1-4)
Perceba que neste texto, Paulo lembra os cristãos de Coríntios do Evangelho. Hoje em dia, muitos veem a Jesus e o Evangelho como um momento único, como uma vacina, uma oração. O Evangelho não é algo pequeno que você vê no começo da sua vida cristã, mas algo que você deve lembrar-se todos os dias. E é disso que o Brasil, os EUA e toda nação da terra precisam. O Brasil precisa de um povo que entenda o Evangelho de tal maneira que não necessite nem queira nada além do que Cristo.
Você precisa ter uma consciência profunda do imenso amor de Cristo e dos horrores do pecado para viver a vida cristã. Santificação é quando o amor de Deus através de Cristo e do Evangelho tomam você de tal forma que você vive de forma a pertencer a Deus – e você ama pertencer a Ele.
Nós precisamos de pregadores que vivem diante de Deus, em seus joelhos, que conhecem a Deus não somente como verdades proposicionais. Nós precisamos, sim, de mestres, mas precisamos de mestres pegando fogo. Se você deixar a oração de lado, o que você tem na pregação não é nada além de pó. Jovem, saiba: homens de Deus nascem de joelhos. Eu vejo tantos homens em tantas atividades, mas onde estão os homens de oração?
Pare de dizer que seu problema é sua fraqueza. O problema não é a sua fraqueza, o problema é que você não reconhece a sua fraqueza a ponto de se lançar diante de Deus em oração e leitura da Bíblia. A fraqueza faz par a providência de Deus na vida do crente para que nos apeguemos a Cristo.
A evidência de que você recebeu a Cristo é que você continua vivendo uma vida de fé e arrependimento. O Senhorio de Cristo tem se tornado mais real na sua vida?
O que você precisa para viver sua vida cristã é uma visão de Deus mais alta, poderosa e limpa, uma compreensão sobre a terrível vida à parte de Cristo e uma apreensão das glórias de Deus na obra de Cristo. Você precisa de uma visão alta de Deus, uma visão baixa do homem e uma visão gloriosa do Evangelho.


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sexta-feira, 27 de julho de 2012

ARMINIANISMO


Roger E. Olson
Um dos mais prevalecentes mitos difundidos por alguns calvinistas sobre o Arminianismo é que ele é o tipo de teologia mais popular nos púlpitos e bancos evangélicos. Minha experiência contradiz essa crença. Depende muito de como consideramos a teologia arminiana. Os críticos calvinistas estariam corretos se o Arminianismo fosse o Semipelagianismo. Mas ele não é, como espero mostrar. O evangelho pregado e a doutrina da salvação ensinada na maioria dos púlpitos e tribunas evangélicos, e crido na maioria dos assentos de igrejas evangélicas, não é o Arminianismo clássico, mas o Semipelagianismo, se não um completo Pelagianismo. Qual é a diferença? O teólogo H. Orton Wiley, da Igreja do Nazareno, corretamente define o Semipelagianismo dizendo, “Ele sustentava que restou poder suficiente na vontade depravada para dar o primeiro passo em direção à salvação, mas não o suficiente para completá-la. Isso deve ser feito pela graça divina.”[1] Esta antiga heresia tem origem nos ensinos dos assim chamados massilianos, liderados principalmente por João Cassiano (m. 433 d.C), que tentou construir uma ponte entre o Pelagianismo, que negava o pecado original, e Agostinho, que defendia a eleição incondicional sobre o fundamento de que todos os descendentes de Adão nascem espiritualmente mortos e culpados do pecado de Adão. Cassiano acreditava que as pessoas são capazes de se voltarem para Deus mesmo à parte de qualquer infusão da graça sobrenatural. Isto foi condenado pelo Segundo Concílio de Orange em 529 (sem endossar a extrema doutrina agostiniana da predestinação).
O Semipelagianismo tornou-se a teologia popular da Igreja Católica Romana nos séculos que antecederam a Reforma Protestante. Ele foi completamente rejeitado por todos os reformadores, exceto os assim chamados racionalistas ou antitrinitarianos, tais como Fausto Socinus. Alguns calvinistas adotaram a prática de se referir a toda teologia que ficou aquém do Calvinismo rígido (TULIP) como semipelagiana. Isto, no entanto, está incorreto. Hoje em dia, o Semipelagianismo é a teologia padrão da maioria dos cristãos evangélicos americanos.[2] Podemos comprovar isto na popularidade de clichês como “Se você der um passo em direção a Deus, ele fará o resto do caminho em direção a você,” e “Deus vota em você, Satanás vota contra você, e você tem o voto decisivo,” juntamente com a negligência quase total da depravação humana e da incapacidade nas questões espirituais.
O Arminianismo é quase totalmente desconhecido, e menos ainda crido, no cristianismo evangélico popular. Um dos propósitos deste livro é superar este déficit. Um mito predominante sobre o Arminianismo é que a teologia arminiana é equivalente ao Semipelagianismo. Isto será contestado no processo de refutação de vários outros mitos que tratam da condição humana e da salvação. Isto é apenas uma antecipação do ponto de vista arminiano que será mais para frente exposto.
Em primeiro lugar, é importante compreender que o Arminianismo não tem uma doutrina ou ponto de vista específico sobre tudo no Cristianismo. Não há nenhuma doutrina arminiana especial das Escrituras. Os arminianos do coração – os arminianos evangélicos – acreditam nas Escrituras e têm a mesma gama de opiniões sobre os seus detalhes como os calvinistas. Alguns arminianos acreditam na inerrância bíblica e outros não. Todos os arminianos evangélicos estão comprometidos com a inspiração sobrenatural da Bíblia e sua autoridade sobre todos os assuntos de fé e prática. Da mesma forma, não há uma eclesiologia ou escatologia arminiana distintiva; os arminianos refletem o mesmo espectro de interpretações que os outros cristãos. Um mito popular promovido por alguns calvinistas é que todos os teólogos arminianos aceitam a teoria governamental da expiação e rejeitam a teoria da substituição penal. Isso é simplesmente falso. Os arminianos acreditam na Trindade, na divindade e humanidade de Jesus Cristo, na depravação da humanidade devido à Queda primitiva, na salvação pela graça somente através da fé somente, e em todas as outras crenças protestantes essenciais. A justificação como justiça imputada é afirmada pelos arminianos clássicos seguindo o próprio Arminius. As doutrinas distintivas do Arminianismo têm a ver com a soberania de Deus sobre a história e a salvação; a providência e a predestinação são as duas doutrinas chave onde os arminianos se separam dos calvinistas clássicos.
Não há melhor ponto de partida para examinar as questões da providência e predestinação que a própria Remonstrância. Ela é o documento fundamental do Arminianismo clássico (além dos escritos de Arminius). A Remonstrância foi preparada por mais ou menos 43 (o número exato é debatido) pastores e teólogos reformados holandeses após a morte de Arminius em 1609. O documento foi apresentado em 1610 para uma conferência de líderes da igreja e do estado em Gouda, Holanda, para explicar a doutrina arminiana. Ele foca principalmente nas questões da salvação e especialmente a predestinação. Várias versões da Remonstrância (da qual os remonstrantes receberam o seu nome) existem. Iremos usar uma tradução para o inglês do original em latim apresentada de forma um tanto condensada pelo estudioso inglês do Arminianismo A. W. Harrison:
1. Que Deus, por um decreto eterno e imutável em Cristo antes da fundação do mundo, determinou eleger, da raça caída e pecadora, para a vida eterna, aqueles que, através de Sua graça, creem em Jesus Cristo e perseveram na fé e obediência; e, ao contrário, resolveu rejeitar os não convertidos e os descrentes para a condenação eterna (Jo 3.36).
2. Que, em consequência disto, Cristo, o Salvador do mundo, morreu por todo e cada homem, de modo que Ele obteve, pela morte na cruz, reconciliação e perdão pelo pecado por todos os homens; de tal maneira, porém, que ninguém senão os fiéis verdadeiramente desfrutam dos mesmos (Jo 3.16; 1Jo 2.2).
3. Que o homem não podia obter a fé salvadora de si mesmo ou pela força de seu próprio livre-arbítrio, mas se encontrava carente da graça de Deus, através de Cristo, para ser renovado no pensamento e na vontade (Jo 15.5).
4. Que esta graça foi a causa do início, desenvolvimento e conclusão da salvação do homem; de forma que ninguém poderia crer nem perseverar na fé sem esta graça cooperante, e consequentemente que todas as boas obras devem ser atribuídas à graça de Deus em Cristo. Quanto ao modo de operação desta graça, no entanto, não é irresistível (At 7.51).
5. Que os verdadeiros crentes tinham força suficiente através da graça divina para lutar contra Satanás, o pecado, o mundo, sua própria carne, e obter vitória sobre eles; mas se por negligência eles não poderiam apostatar da verdadeira fé, perder a alegria de uma boa consciência e ser privado da graça necessária, deve ser mais plenamente investigado de acordo com a Sagrada Escritura.[3]
Observe que os remonstrantes, como Arminius anteriormente, não tomaram qualquer posição sobre a questão da segurança eterna dos crentes. Ou seja, eles deixaram em aberto a questão se uma pessoa verdadeiramente salva poderia cair da graça ou não. Eles também não seguiram o padrão da TULIP. Embora o modelo de cinco pontos que descreve a crença calvinista fora desenvolvido mais tarde, a negação dos três pontos centrais é bastante clara na Remonstrância. No entanto, ao contrário da ideia popular sobre o Arminianismo (especialmente entre os calvinistas), nem Armínio nem os remonstrantes negaram a depravação total; eles a afirmaram. É claro que a Remonstrância não é uma declaração completa da doutrina arminiana, mas ela aborda bem a sua essência. Além do que ela diz, há um campo de interpretação onde os arminianos às vezes discordam entre si. Todavia, existe um consenso arminiano geral, e é isso o que este breve resumo irá explicar, recorrendo amplamente ao teólogo nazareno Wiley, que recorreu amplamente a Armínio, Wesley e os principais teólogos metodistas do século XIX mencionados anteriormente.
O Arminianismo ensina que todos os seres humanos nascem moralmente e espiritualmente depravados e impotentes para fazerem qualquer coisa boa ou digna aos olhos de Deus sem que haja uma infusão especial da graça de Deus para superar os efeitos do pecado original. “Os homens não apenas nascem debaixo da penalidade da morte como consequência do pecado, mas eles também nascem com uma natureza depravada, que em contraste com o aspecto legal da pena, é geralmente chamada de pecado inato ou depravação herdada.”[4] O Arminianismo clássico em geral concorda com a ortodoxia protestante que a unidade da raça humana no pecado resulta em que todos nascem “filhos de ira”. No entanto, os arminianos acreditam que a morte de Cristo na cruz fornece um remédio universal para a culpa do pecado herdado, de modo que ele não é imputado às crianças por causa de Cristo. É assim que os arminianos, de acordo com os anabatistas, tais como os menonitas, interpretam as passagens universais do Novo Testamento como Romanos 5, onde tudo é declarado estar incluído debaixo do pecado assim como tudo é incluído na redenção através de Cristo. Esta é também a interpretação arminiana de 1Tm 4.10, que indica duas salvações através de Cristo: uma universal para todas as pessoas e uma especialmente para todos os que creem. A crença arminiana na redenção geral não é a salvação universal; é a redenção universal do pecado de Adão. Assim, na teologia arminiana todas as crianças que morrem antes de atingirem a idade do despertar da consciência e cometerem pecados atuais (em oposição ao pecado inato) são consideradas inocentes por Deus e levadas ao paraíso. Entre aquelas que cometem pecados atuais, apenas aquelas que se arrependem e creem têm Cristo como Salvador.
O Arminianismo considera o pecado original primariamente como uma depravação moral que é resultado da privação da imagem de Deus; esta é a perda do poder de evitar o pecado atual. “A depravação é total, visto que ela afeta todo o ser do homem.”[5] Isso significa que todas as pessoas nascem com inclinações alienadas, intelecto obscurecido e vontade corrompida.[6] Há tanto uma cura universal quanto um remédio mais específico para essa condição; a morte expiatória de Cristo na cruz removeu a penalidade do pecado original e liberou para a humanidade um novo impulso que começa a reverter a depravação com que todos vêm ao mundo. Cristo é o novo Adão (Romanos 5) que é o novo cabeça da raça; ele não veio apenas para salvar alguns, mas para fornecer um novo começo para todos. Uma medida da graça preveniente se estende através de Cristo a toda pessoa que nasce (João 1).
Dessa forma, a verdadeira posição arminiana admite a completa penalidade do pecado, e consequentemente não diminui a extrema pecaminosidade do pecado, nem deprecia a obra expiatória de nosso Senhor Jesus Cristo. Faz assim, no entanto, não negando toda a força da penalidade, como fazem os semipelagianos, mas magnificando a suficiência da expiação, e a consequente transmissão da graça preveniente a todos os homens através da autoridade do último Adão.[7]
A autoridade de Cristo é coextensiva com a de Adão, mas as pessoas devem aceitar (através da não resistência) esta graça de Cristo a fim de se beneficiar plenamente dela.
O homem é condenado unicamente por suas próprias transgressões. A oferta gratuita removeu a condenação original e é abundante para muitas ofensas. O homem torna-se responsável pela depravação de seu próprio coração somente quando rejeita o remédio para ela, e conscientemente ratifica-a como sua própria, com todas as suas consequências penais.[8]
A depravação herdada inclui o cativeiro da vontade ao pecado, que só é superado pela graça sobrenatural, preveniente. Esta graça começa a operar em todos mediante o sacrifício de Cristo (e o Espírito Santo enviado ao mundo por Cristo), mas surge com poder especial mediante a proclamação do evangelho. Wiley, seguindo Pope e outros teólogos arminianos, chama a condição humana – por causa do pecado herdado – de “impotência para o bem”, e rejeita qualquer possibilidade de bondade espiritual à parte da graça especial de Cristo tendo a precedência.
Porque Deus é amor (Jo 3.16; 1Jo 4.8), e não quer que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento (1Tm 2.4; 2Pe 3.9), a morte expiatória de Cristo é universal; alguns de seus benefícios são automaticamente estendidos a todos (por exemplo, a libertação da condenação do pecado de Adão) e todos os seus benefícios são para todos que os aceitarem (por exemplo, o perdão dos pecados atuais e a imputação da justiça).
A expiação é universal. Isto não quer dizer que toda a humanidade se salvará incondicionalmente, mas apenas que a oferta sacrificial de Cristo satisfez as pretensões da lei divina, de maneira que tornou a salvação possível para todos. A redenção, portanto, é universal ou geral no sentido de provisão, mas especial ou condicional na sua aplicação ao indivíduo.[9]
No entanto, somente serão salvos aqueles que são predestinados por Deus para a salvação eterna. Eles são os eleitos. Quem está incluído nos eleitos? Todos aqueles que Deus anteviu que aceitarão sua oferta de salvação através de Cristo pela não resistência à graça que se estende a eles por meio da cruz e do evangelho. Assim, a predestinação é condicional ao invés de incondicional; a presciência eletiva de Deus é causada pela fé dos eleitos.
Em contraste com o Calvinismo acima estudado, o Arminianismo sustenta que a predestinação é o propósito gracioso de Deus de salvar da ruína completa toda a humanidade. Não é um ato arbitrário e indiscriminado de Deus para garantir a salvação a um número especial de pessoas e a ninguém mais. Inclui provisionalmente todos os homens e está condicionada somente pela fé em Cristo.[10]
O Espírito Santo opera nos corações e mentes de todas as pessoas até certo ponto, dá-lhes alguma consciência das expectativas e provisão de Deus, e as chama ao arrependimento e à fé. Assim, “a Palavra de Deus é, em certo sentido, universalmente pronunciada, mesmo quando não registrada em uma linguagem escrita.” “Aqueles que ouvem a proclamação e aceitam o chamado são conhecidos nas Escrituras como os eleitos.”[11] Os reprovados são aqueles que resistem ao chamado de Deus.
Uma doutrina arminiana crucial é a graça preveniente, na qual os calvinistas também acreditam, mas os arminianos a interpretam diferentemente. A graça preveniente é simplesmente aquela graça de Deus que convence, chama, ilumina e capacita, e que precede a conversão e torna o arrependimento e a fé possíveis. Os calvinistas a interpretam como irresistível e eficaz; a pessoa em quem ela opera irá crer e arrepender-se para salvação. Os arminianos a interpretam como resistível; as pessoas são sempre capazes de resistir à graça de Deus, como a Escritura chama a atenção (At 7.51). Mas sem a graça preveniente, elas inevitavelmente e inexoravelmente resistirão à vontade de Deus por causa de sua escravidão ao pecado.
Quando falamos de “graça preveniente” estamos pensando na que “precede”, que prepara a alma para a sua entrada no estado inicial da salvação. É a graça preparatória do Espírito Santo exercida para o homem enfraquecido pelo pecado. Pelo que se refere aos impotentes, é tida como força capacitadora. É aquela manifestação da influência divina que precede a vida de regeneração completa.[12]
Em um sentido, então, os arminianos, como os calvinistas, creem que a regeneração precede a conversão; o arrependimento e a fé são somente possíveis porque a velha natureza está sendo dominada pelo Espírito de Deus. A pessoa que recebe a total intensidade da graça preveniente (isto é, através da proclamação da Palavra e a chamada interna correspondente de Deus) não mais está morta em delitos e pecados. Entretanto, tal pessoa não está ainda completamente regenerada. A ponte entre a regeneração parcial pela graça preveniente e a completa regeneração pelo Espírito Santo é a conversão, que inclui arrependimento e fé. Estes se tornam possíveis por dádiva de Deus, mas são livres respostas da parte do indivíduo. “O Espírito opera com o concurso humano e por meio dele. Nesta cooperação, contudo, dá-se sempre à graça divina preeminência especial.”[13]
A ênfase sobre a antecedência e preeminência da graça forma o denominador comum entre o Arminianismo e o Calvinismo. É o que torna o sinergismo arminiano “evangélico.” Os arminianos levam extremamente a sério a ênfase neotestamentária na salvação como um dom da graça que não pode ser merecido (Ef 2.8). Entretanto, as teologias arminianas e calvinistas – como todos os sinergismos e monergismos – divergem sobre o papel que os humanos desempenham na salvação. Como Wiley observa, a graça preveniente não interfere na liberdade da vontade. Ela não dobra a vontade ou torna certa a resposta da vontade. Ela somente capacita a vontade a fazer a escolha livre para cooperar ou resistir à graça. Essa cooperação não contribui para a salvação, como se Deus fizesse uma parte e os humanos fizessem outra parte. Antes, a cooperação com a graça na teologia arminiana é simplesmente não-resistência à graça. É meramente decidir permitir a graça fazer sua obra renunciando a todas as tentativas de auto-justificação e auto-purificação e admitindo que somente Cristo pode salvar. Todavia, Deus não toma esta decisão pelo indivíduo; é uma decisão que os indivíduos, sob a pressão da graça preveniente, devem tormar por si mesmos.
O Arminianismo sustenta que a salvação é toda pela graça – todo movimento da alma em direção a Deus é iniciado pela graça divina – mas os arminianos reconhecem também que a cooperação da vontade humana é necessária, porque, em última análise, o agente livre decide se a graça oferecida é aceita ou rejeitada.[14]
O Arminianismo clássico ensina que a predestinação é simplesmente a determinação (decreto) de Deus para salvar através de Cristo aqueles que livremente respondem à oferta de Deus da graça livre pelo arrependimento do pecado e fé (confiança) em Cristo. Ela inclui a presciência de Deus de quem responderá. Não inclui uma seleção de certas pessoas para a salvação, muito menos para a condenação. Muitos arminianos fazem uma distinção entre a eleição e a predestinação. A eleição é corporativa – Deus determinou Cristo para ser o Salvador daquele grupo de pessoas que se arrependem e creem (Ef 1); a predestinação é individual – a presciência de Deus daqueles que se arrependerão e crerão (Rm 8.29). O Arminianismo clássico também ensina que essas pessoas que respondem positivamente à graça de Deus pela não resistência a ela (que envolve arrependimento e confiança em Cristo) são nascidas de novo pelo Espírito de Deus (que é a regeneração completa), perdoadas de todos os seus pecados e consideradas por Deus como justas por causa da morte expiatória de Cristo por elas. Nada disto é baseado em qualquer mérito humano; é um dom gratuito, não imposto, mas livremente recebido. “A única base da justificação... é a obra propiciatória de Cristo recebida pela fé,” e “o único ato de justificação, quando visto negativamente, é o perdão dos pecados; quando visto positivamente, é a aceitação do crente como justo [por Deus].”[15] A única diferença significativa entre o Arminianismo clássico e o Calvinismo nesta doutrina, então, é o papel do indivíduo em receber a graça da regeneração e justificação. Como Wiley coloca, a salvação “é um trabalho feito nas almas dos homens pela operação eficaz do Espírito Santo. O Espírito Santo exerce seu poder regenerador apenas em certas condições, isto é, nas condições de arrependimento e fé.”[16] Assim, a salvação é condicional, não incondicional; os humanos exercem um papel e não são passivos ou controlados por alguma força, interna ou externa.
É aqui onde muitos críticos monergistas do Arminianismo apontam o dedo e declaram que a teologia arminiana é um sistema de salvação pelas obras, ou pelo menos algo inferior à vigorosa doutrina de Paulo da salvação como um dom gratuito. Se ele deve ser livremente aceito, eles afirmam, é merecido. Pelo fato do ato de aceitação ser crucial, o que é recebido não é um dom gratuito. Os arminianos simplesmente não conseguem entender essa afirmação e sua acusação implícita. Como veremos em vários pontos ao longo deste livro, os arminianos sempre têm afirmado enfaticamente que a salvação é um dom gratuito; até mesmo o arrependimento e a fé são apenas causas instrumentais da salvação e impossíveis à parte de uma operação interna da graça! A única causa eficiente da salvação é a graça de Deus através de Jesus Cristo e do Espírito Santo. A lógica do argumento de que um dom livremente recebido (no sentido de que poderia ser rejeitado) não é um dom gratuito surpreende a mente arminiana. Mas a principal razão para os arminianos rejeitarem a noção calvinista da salvação monergística, em que Deus incondicionalmente elege alguns para salvação e inclina suas vontades irresistivelmente, é que ela ofende o caráter de Deus e a natureza de um relacionamento pessoal. Se Deus salva incondicionalmente e irresistivelmente, por que ele não salva a todos? Apelar para mistério neste ponto não satisfaz a mente arminiana porque o caráter de Deus como amor se mostrando em misericórdia está em jogo. Se os homens escolhidos por Deus não podem resistir a ter um relacionamento correto com Deus, que tipo de relacionamento é esse? Pode uma relação pessoal ser irresistível? Tais predestinados são realmente pessoas em um relacionamento assim? Estas são questões fundamentais que motivam os arminianos – como outros sinergistas – a questionarem toda forma de monergismo, incluindo o Calvinismo rígido. A questão não é, mais enfaticamente, uma visão humanista do livre-arbítrio autônomo, como se os arminianos fossem apaixonados pelo livre arbítrio pela sua própria causa. Qualquer leitura imparcial de Arminius, Wesley, ou qualquer outro arminiano clássico, irá revelar que este não é o caso. Pelo contrário, a questão é o caráter de Deus e a natureza do relacionamento pessoal.
Anteriormente eu observei que não apenas a predestinação mas também a providência fornece um ponto de diferença entre o Arminianismo e o Calvinismo. Em resumo, os arminianos creem na soberania divina e na providência, mas as interpretam diferentemente dos calvinistas rígidos. Os arminianos consideram que Deus se auto-limita em relação à história humana. Portanto, muito do que acontece na história é contrário à perfeita vontade antecedente de Deus. Os arminianos afirmam que Deus está no comando da natureza e da história, mas negam que Deus controla todo evento. Os arminianos negam que Deus “esconde um rosto alegre” por trás dos horrores da história. O diabo não é o “diabo de Deus”, ou mesmo um instrumento da auto-glorificação providencial de Deus. A Queda não foi preordenada por Deus para algum propósito secreto. Os arminianos clássicos acreditam que Deus pré-conhece todas as coisas, incluindo todo evento mal, mas rejeitam qualquer noção de que Deus provê “impulsos secretos” que controlam até as ações de criaturas malignas (angélicas ou humanas).[17] O governo de Deus é abrangente, mas porque Deus se limita para permitir a livre agência humana (por uma questão de relacionamentos genuínos que não são manipulados ou controlados), esse governo é exercido de modos diferentes. Tudo o que acontece é, pelo menos, permitido por Deus, mas nem tudo que acontece é positivamente desejado ou mesmo tornado certo por Deus. Assim, o sinergismo entra na doutrina arminiana da providência bem como da predestinação. Deus pré-conhece mas não age sozinho na história. A história é o produto de ambas as agências divina e humana. (Não devemos esquecer as agências angélicas e demoníacas também!) O pecado especialmente não é nem desejado nem governado por Deus, exceto no sentido que Deus o permite e o limita. Mais importante, Deus não o predestina ou o torna certo. Não é possível uma expressão breve melhor do entendimento arminiano da providência do que a fornecida pelo teólogo reformado revisionista Adrio König:
Há lamentavelmente muitas coisas que acontecem sobre a Terra que não são a vontade de Deus (Lc 7.30 e todo outro pecado mencionado na Bíblia), que são contra a sua vontade, e que derivam do incompreensível e sem sentido pecado no qual nascemos, no qual a maior parte dos homens vivem, e no qual Israel persistiu, e contra o qual até os “mais santos homens” (Heid. Cat. p. 114) lutavam todos os seus dias (Davi, Pedro). Deus tem apenas um curso de ação para o pecado, e que é prover sua expiação, por tê-lo totalmente crucificado e sepultado com Cristo. Tentar interpretar todas estas coisas através do conceito de um plano de Deus cria dificuldades intoleráveis e dá origem a mais exceções do que regularidades. Mas a mais importante objeção é que a ideia de um plano é contra a mensagem da Bíblia, visto que Deus mesmo se torna inacreditável se aquilo contra o qual ele lutou com poder, e pelo qual ele sacrificou seu único Filho, foi, todavia, de alguma forma parte integrante do seu conselho eterno. Então, é melhor partir da ideia que Deus tinha um certo objetivo em mente (a aliança, ou o reino de Deus, ou a nova Terra – que são a mesma coisa vista de diferentes ângulos) que ele irá alcançar conosco, sem nós, ou mesmo contra nós.[18]
Fonte: Arminian Theology: Myths and Realities, pp. 30-39
Tradução: Samuel Paulo Coutinho

quarta-feira, 27 de junho de 2012

segunda-feira, 18 de junho de 2012

JESUS é SENHOR do SÁBADO!

 

jerusalem-shabbat shalom
Marcos contou que quando Jesus passou com os discípulos por uma plantação, eles, com fome, pegaram algumas espigas e as comeram. Os fariseus os censuraram porque era sábado e eles estavam fazendo o que não deviam. A história está em Marcos 2.23-28.
A censura não foi porque eles comeram as espigas. Isso era permitido. A “lei da respiga” permitia aos pobres e aos que estivessem com fome pegarem espigas que caíssem quando da colheita. Os colhedores não podiam pegá-las, e assim os necessitados vinham atrás colhendo. A censura dos fariseus foi porque era sábado e eles estavam debulhando as espigas (Lc 6.1). Isto era trabalho e no sábado não se trabalhava. Que coisa, não é?
Em resposta, Jesus citou um episódio do Antigo Testamento, e concluiu: “… o Filho do homem é senhor também do sábado”. O episódio que ele citou não tem a ver com espigas, mas mostra que pessoas que tinham fome transgrediram um princípio religioso. Jesus ensinou que as pessoas valem mais que regras que não têm um significado tão relevante como pensamos. E sua última frase encerra a discussão. Ele é senhor do sábado.
Jesus deu uma lição aos fariseus. Eles respeitavam o sábado. Ele é maior que o sábado e senhor dele. Por que não o respeitavam? Por que faziam “pegadinhas” e queriam derrubá-lo? Respeitavam o sábado? Que o respeitassem, porque ele era senhor dele.
Os fariseus diziam que Deus fizera o mundo para que houvesse sábado. Como eles, há gente que quase cultua o sábado, tendo-lhe um respeito idolátrico. E dizem que temos a marca da Besta porque guardamos o domingo. Constantino, imperador romano, mudou o dia de culto e ele representava a Besta. Guardar o domingo é obedecer à mudança que um líder político fez. Estamos errados por que guardamos o domingo? Temos mesmo o sinal da Besta?
Esta afirmação é uma ignorância do Novo Testamento e da história.
O domingo se tornou o dia em que os cristãos passaram a se reunir. Jesus ressuscitou num domingo (Jo 20.1) e lhes apareceu na tarde daquele dia, quando eles estavam reunidos (Jo 20.19). Oito dias depois, um domingo, lhes apareceu de novo “quando estavam outra vez ali reunidos” (Jo 20.16). Os judeus contavam um pedaço do dia como um dia (Jesus foi sepultado na sexta e ressuscitou do domingo, três dias: sexta, sábado e domingo). Foi um dia tão marcante que, mais tarde, eles celebravam a ceia do Senhor num domingo (At 20.7). E em um culto, pois Paulo pregou. No princípio, os apóstolos iam às sinagogas para pregar. Mas depois de Atos 15, quando o cristianismo assumiu sua identidade diferente do judaísmo, os cristãos seguiram seu caminho.
O que diz a história? O primeiro testemunho a invocar vem da Didaquê, uma obra que foi escrita para ajudar a doutrinar os novos cristãos, numa época bem antiga da Igreja. Seu conteúdo mostra que ela está calcada no evangelho de Mateus, conhece o de Lucas e parece desconhecer o evangelho de João (que deve ter surgido no ano 90 ou 95). Por isso, alguns acham que ela é anterior ao quarto evangelho. Uma coisa é certa: foi escrita antes do ano 100, quando a Igreja ainda era produto de um contexto em que viveu a segunda geração de cristãos. Nela lemos em 14.1: “Reunindo-vos no dia do Senhor, parti o pão e dai graças, depois de haver confessado vossas transgressões, para que o vosso sacrifício seja puro”. O dia do Senhor, o domingo, era o dia da celebração da ceia do Senhor ( “parti o pão”). Não estou afirmando que esta epístola é inspirada, mas vendo-a como um documento histórico que deve ser considerado. É uma voz da história.
Na Epístola aos Magnesianos (escrita ao redor do ano 107), Inácio de Antioquia declarou, em 9.1: “Assim os que andavam na velha ordem das coisas chegaram à novidade da esperança, não mais observando o sábado, mas vivendo segundo o dia do Senhor”. A declaração é bem clara. Mais uma vez temos um testemunho histórico com a posição da Igreja primitiva. Inácio faz outra declaração bem firme: “Não vos deixeis iludir pelas doutrinas heterodoxas, nem pelos velhos mitos sem utilidade. Pois se agora vivemos conforme o judaísmo, confessamos não ter recebido a graça” (8.1). Estas palavras devem ser lidas em conexão com Colossenses 2.16-23, e bem pensadas.
Na Epístola a Diogneto, que é datada da segunda metade do século dois (ao redor do ano 150), lemos: “Não será proveitoso, a meu ver, ouvires de mim o referente à meticulosidade acerca de alimentos, à superstição a respeito dos sábados, à jactância por causa da circuncisão em torno de jejuns e neomênias, porque ridículas e indignas de menção” (4.1). A questão do sábado foi minimizada e tratada como superstição, pois fazia parte da velha ordem, que ficou para trás.
Outro documento, “A Tradição Apostólica de Hipólito de Roma” (ao redor do ano 230), diz em 1.15: “Seja ordenado bispo aquele que, irrepreensível tiver sido eleito por todo o povo. E, quando houver sido chamado pelo nome e aceito por todos, reúna-se o povo juntamente com o presbyterium e os bispos presentes, no domingo”. Não diz para trocar o sábado pelo domingo, mas mostra, de novo, a presença do primeiro dia da semana na vida da Igreja. E num evento tão significativo, como a ordenação ao ministério.
Esta mesma obra diz, em 60.1: “No domingo de manhã, o bispo, se puder, distribuirá a comunhão a todo o povo, com as próprias mãos, partindo os diáconos o pão…”. O testemunho da história é que a Igreja se reunia no domingo, para celebrar o memorial da ceia do Senhor.
Você pode ver que todos esses documentos são anteriores a Constantino, que viveu do ano 300 em diante. Ele não obrigou os cristãos a guardarem o domingo, mas viu que os cristãos guardavam o domingo e o tornou em dia de descanso em todo o Império Romano. Os cristãos não copiaram os pagãos, mas os pagãos passaram a imitar os cristãos.
Alguém disse que encontrou a palavra “sábado” várias vezes na Bíblia, mas que não encontrou a palavra “domingo”. Baalen deu uma boa resposta: “Procuras pelo domingo? Procura por Cristo! Encontrá-lo-ás junto aos cristãos no domingo e não junto aos judeus no sábado”.
Por isso, celebre o domingo como dia do Senhor. Use-o bem. Não o use para ir a estádio de futebol, shopping, cinema ou praia. Use para ir à igreja, para ler sua Bíblia, congraçar-se com os demais de sua fé, na sua igreja. O domingo é o dia do Senhor, o dia em que Jesus ressuscitou dos mortos. Consagre este dia para ele. E saiba de uma coisa: quanto mais você consagrar o dia do Senhor ao Senhor, melhor sua vida espiritual será.
Alegre-se no domingo, dia do Senhor!
Pr. Isaltino Gomes

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O falso deus de alguns dos evangélicos

Por Renato Vargens

Lamentavelmente alguns dos evangélicos tem feito da música o seu único e exclusivo deus. Para estes, o louvor é mais importante que tudo o que acontece no culto, incluindo é claro, a pregação da Palavra. Infelizmente, estes adoradores de GEZUIS fizeram do louvor um tipo de bezerro moderno, onde o deus adorado satisfaz os desejos, sonhos e vontades do adorador.

Recordo que há alguns anos fui convidado a pregar em um Congresso Missionário numa igreja de porte médio na cidade de São Gonçalo. Bom, quando lá cheguei, fui abordado pelo líder de missões que me disse o seguinte:

"- Pastor, o povo da nossa igreja não está acostumado com mais de 20 minutos de pregação. Na verdade, nós aqui não gostamos muito de gastar o tempo do culto ouvindo a Palavra. Nosso povo gosta mesmo é de adorar a Deus. O louvor liberta pastor, o louvor liberta!"

Pois é, assim como essa igreja existem outras mais que não estão interessadas em ouvir a exposição das Escrituras. Para estes, o que importa é o louvorzão, a música descontraída e a alegria de ser gospel.

Caro leitor, esse falso deus precisa ser desmascardo. Ao contrário do que alguns tem ensinuado, o momento de louvor com música nunca foi um sacramento cristão, todavia, em virtude dos interesses comerciais do famigerado movimento gospel, não são poucos aqueles que fizeram tanto da adoração como dos adoradores, deuses e sacerdotes.

Sim é isso mesmo! Cantores se transformaram em sacerdotes iluminados, cujo estilo de vida enaltece o deus da música. Ora, tudo aquilo que fazemos, segundo as Escrituras, deve ser feito para a glória de Deus. Nosso objetivo final deveria ser glorificar ao Senhor não só com os nossos lábios, mas com nossas vidas e contudas, entretanto, os adoradores da música, tem roubado para si a glória de Deus, construindo falsos altares, elevando diante dos homens seus parcos e pobres nomes.

Definitivamente a coisa está feia! Minha oração é que o Senhor destrua essa falso deus do evangelicalismo moderno, nos reconduzindo assim a sala do trono e que lá possamos adorá-lo integralmente entendendo que a glória, o louvor, a soberania pertence exclusivamente a Ele.

Pense nisso!

Renato Vargens

PARA ONDE OLHAR. Salmo 121:1

Quero aproveitar este momento para compartilhar com vocês um pouco sobre percepção e direção de nosso olhar. Claro que vocês precisam entender que o nosso olhar não possui apenas direção, mas sobretudo conteúdo.O gesto de erguer a cabeça e olhar para o alto, nos ensina a olhar para além das circunstâncias, para além das contingências, levantar a cabeça é uma atitude da alma, pois esta atitude nos permite a percepção do novo, das alternativas, de novos caminhos, de novos sonhos. Começamos a descobrir novos horizontes, são as possibilidades que vão surgindo trazendo esperança e alegria para nossos corações.
O primeiro olhar a ser desenvolvido em nossas vidas é OLHAR PARA TRÁS Não no sentido de uma letargia existencial, mas numa atitude gratidão a Deus por cada momento vivido em suas vidas, as experiências compartilhadas, os momentos difíceis e duros, as alegrias, as tristezas, as horas em tudo parecia perdido, as vitorias que Deus concedeu. Tenho certeza que tudo isso trouxe uma significativa contribuição de amadurecimento e crescimento espiritual e emocional. Olhar para trás e afirmar com a alma cheia de alegria e gratidão: “ VALEU A PENA !
O segundo olhar que quero compartilhar é: OLHAR PARA O ALTO E saber que existe um Deus acima de nossas vidas. Todo avanço tecnológico e cientifico de nosso mundo moderno, não foram capazes de bani-lo . A filosofia, a ciência, e todo conhecimento do mundo não conseguem tira-lo de sua posição de criador e sustentador do universo. A cada nascer do sol Ele está lá ! a cada anoitecer Ele esta lá! A cada vitória e a cada derrota Ele esta lá. Na sua onisciência, na sua Onipresença, com toda a sua Onipotência. O homem acreditando ou não Ele esta lá! Ele esta aqui! Olha queridos, nada é tão efêmero e tão fugaz quanto a vida humana, mas nada é tão lindo quanto ela. Sempre Haverá momento de rajadas, de ventos fortes, de temporais no caminho. Vocês hoje iniciam uma nova caminhada, é a jornada em direção ao sucesso profissional, é a busca pela conquista do território profissional, e sem duvida vão precisar aprender a olhar para o alto. Olhar para o alto é descobrir novas possibilidades, criar novas pontes de realizações, sim pois o Senhor, é um Deus de milagres e realizações, para Ele não existe idade para a realização de algo sobrenatural. Haverá momentos que vocês vão olhar par o alto e afirmar: SÓ DEUS, SÓ DEUS !!
Terceiro e último olhar, é: OLHAR PARA FRENTE Olhar para frente além de significar que eu estou disposto a continuar, a lutar, a crescer, também significa que eu estou aberto para que Deus realize algo em mim e através de mim. Olhar para frente, significa que a sua vida está disposta a superar os obstáculos a ser útil para Deus e para sociedade, é crer que os que esperam no Senhor renovam as suas forças e sobem como águias e descobrem novos horizontes e sabem que além das montanhas, há um lugar lindo para viver e conquistar!

Jesus odeia a religião?

Augustus Nicodemus afirma que não Por Augustus Nicodemus Muitos cristãos levantam a bandeira de que Jesus odeia religião, uma frase que tem sido pregada não só por líderes, mas também por membros de igrejas diversas que acreditam que a maior verdade da Bíblia é não pregar uma religião. Mas para o reverendo Augustus Nicodemus Lopes esse tipo de ensinamento é errado e ele apresenta quatro motivos para refutar esse tipo de frase que tem sido propagada no Brasil. Um motivos para provar que Jesus não odeia a religião é mostrar que enquanto esteve na Terra, Ele lutou contra o judaísmo legalista e farisaico de sua época. Na visão do reverendo da Igreja Presbiteriana do Brasil, Jesus lutou contra a distorção que fizeram da religião que Deus havia revelado para Israel. Outro motivo seria o fato de Jesus ter participado do que era certo da religião de seus dias. “Ele foi circuncidado, aceitou ser batizado por João, foi ao templo nas festas religiosas, orou, deu esmolas, mandou gente que ele curou mostrar-se ao sacerdote”, escreveu Nicodemus Lopes. Um dos movimentos que mais chamam a atenção é o “Mais Jesus, menos religião”, o vídeo traduzido para o português já foi visto mais de 75 mil vezes com o título de “Porque odeia a religião, mas amo Jesus”. O vídeo oficial ultrapassou 21 milhões de visualizações. Recentemente o bispo Edir Macedo escreveu em seu blog que a “Religião é a porta do inferno” fazendo com que muitas pessoas questionassem qual é a diferença entre seguir a Cristo e ter uma religião. Veja os motivos apresentados por Augustus Nicodemus para refutar esses pensamentos: Eu acho que frases de efeito como “Jesus é maior do que religião”, ou ainda “Jesus odeia religião”, ou mesmo “Eu sigo a Jesus; cristianismo é religião” não ajudam muito. Elas precisam de algumas definições para fazer sentido. (1) A religião que Jesus “odiou” foi o judaísmo legalista e farisaico de sua época, que era uma DISTORÇÃO da religião que Deus havia revelado a Israel e pela qual os profetas tanto lutaram. Logo, não se pode dizer que Jesus é contra a religião em si, mas contra aquelas que são legalistas, meritórias e contrárias à palavra de Deus; (2) Jesus participou daquilo que era certo na religião de seus dias: foi circuncidado, aceitou ser batizado por João, foi ao templo nas festas religiosas, orou, deu esmolas, mandou gente que ele curou mostrar-se ao sacerdote; (3) Seus seguidores, os apóstolos, logo se organizaram em comunidades, elegeram líderes, elaboraram declarações de fé, escreveram livros que virariam Escritura, recolhiam ofertas, tinham locais (casas) para se reunir – ou seja, tudo que uma religião tem. Logo, não devíamos dizer que o cristianismo não é uma religião; (4) É verdade que o Cristianismo através dos séculos se corrompeu em muitos lugares e épocas. Mas, todas as vezes em que isto ocorreu, deixou de ser a religião verdadeira para ser uma religião falsa. Portanto o correto é dizer que Jesus odeia o legalismo religioso, inclusive dentro do cristianismo. Mas é injusto e falso colocar Jesus contra toda e qualquer forma de cristianismo. ***

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Deus odeia pecadores, e não somente o pecado! Pr. Paul Wash

Deus em si mesmo é justo. Deus é perfeito e consistente em todos os Seus Atributos. Para poder perdoar o ímpio a Justiça de Deus deve primeiro ser satisfeita, e a Ira de Deus apaziguada.

Alguém deve se interpor, alguém deve intervir, alguém tem que fazer alguma coisa e deve estar entre esses dois lados, Um que seja Deus e também homem.

Nós colocamos nossa esperança no homem, Deus mesmo deve intervir para satisfazer a sua Justiça, apaziguar sua Ira e tornar possível expressar seu amor na Salvação do homem perverso.

Deixe-me falar por um momento sobre algo que vai ser bastante ofensivo para você, vou falar um pouco sobre o Ódio de Deus. O Ódio de Deus

Responda essa pergunta: Quantos já ouviram um sermão sobre “O Ódio de Deus”? Com certeza poucas pessoas. Muitas pessoas podem dizer: “Deus não pode odiar, Deus é Amor!

A verdade é: Deus é amor, portanto, ELE DEVE ODIAR! Deus deve odiar?

Vamos dar alguns exemplos:

Você ama bebês? Se você ama bebês então deve odiar o aborto!

Você ama Judeus? Se você ama Judeus então você deve odiar o Holocausto!

Você ama a Liberdade? Se você ama a Liberdade você deve odiar a escravidão!

Não tem como ser neutro nessas situações, se você realmente ama o que é certo, o que é perfeito, o que é bom então você também odiará e se oporá contra tudo que contradiz aquele padrão.

Deus ama tudo o que é certo, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é bom, todas as virtudes, mas Escritura após Escritura na Bíblia nos diz que: “Sua Ira é manifesta contra toda impiedade! Rm 1:18″ Sua Ira é manifesta contra toda impiedade!

Salmos 5:5 – Os loucos não pararão à tua vista; odeias a todos os que praticam a maldade.

Todos devem conhecer aquela frase maravilhosa que diz assim: “Deus ama o pecador e odeia o pecado”, mas prestando atenção neste texto vemos que não é isso que a escritura diz! Este versículo não diz que o Ódio de Deus é manifesto contra as obras dos homens maus, e sim que “O Ódio de Deus é manifesto contra aqueles que cometem tais obras!”

O Ódio de Deus não é como o nosso sentimento pecaminoso, mesquinho ou egoísta, o Ódio de Deus é a reação de um Deus Santo contra os homens que são perversos! E quem são esses homens? Todo homem que já nasceu, um filho de Adão.

Algumas pessoas dizem: “Irmão Paul, Deus me salvou”! E quando as pessoas dizem isso eu amo perguntar:
“Do que Ele te Salvou?” “Ele me salvou do meu pecado” Porém eu respondo: “Errado, Deus não te salvou dos seus pecados! Ele te salvou dEle mesmo”.

Existem várias passagens que nos preparam para encontrar Deus. “Deus é Santo, “Ele não suporta iniquidade”, “Seus olhos são tão puros”, mas a Ira de Deus é revelada contra toda a Injustiça.

Imagine, você e os seus pecados encontrando um Deus Santo, a única resposta é: Ira. Mas Deus é Amor, isso faz parte do Seu caráter, Ele é capaz de amar, revelar e demonstrar amor para os alvos da Sua Ira. É como se com uma mão, Deus estivesse retendo Sua Justiça contra esse mundo e a outra clamando aos homens para vir de encontro a salvação. Mas um dia as duas mãos serão abaixadas.

“Céu é Céu, porque Deus esta lá”, isso é real e é verdade, mas o contrário não é verdade “Inferno é Inferno porque Deus não está la” não é isso que as Escrituras ensinam, o Inferno é a Ira de Deus Todo Poderoso, é a Sua Perfeita Justiça revelada contra o Homem por toda a eternidade.

Talvez você nunca tenha ouvido isso, porém, se você ler livros antigos descobrirá que isso é o que velhos pregadores sempre disseram. Hoje em dia pouco é falado sobre esse assunto e o motivo é: querem igrejas grandes!

Precisamos ser alertados! Todos os Homens precisam saber!

Deus estende a Sua Mão todos os dias para pessoas desobedientes e teimosas, mas, ao mesmo tempo a Ira de Deus está vindo sobre o mundo! Porque Deus é um Deus Justo e Santo.

Ao lermos o livro do Apocalipse vemos que a Ira de Deus virá de maneira tal que os homens, as grandes autoridades e líderes deste mundo clamarão para que as montanhas caiam sobre elas, para escondê-las da Ira do Cordeiro! Ap 6:16

Se você ainda não acredita na Ira de Deus pense nisso: Deus pode ser amoroso e não fazer nada contra a perversidade? Não. Deus pode ser Bom e hipoteticamente tolerar o mal? Não! Deus julgará todos os homens, grandes e pequenos.

Diante dessa situação a pergunta é: Como alguém pode ser salvo? A resposta é essa: A Cruz de Jesus Cristo!

O Cristo foi pregado na Cruz, e Ele morreu, e com Sua morte Ele satisfez a Justiça de Deus!

A Bíblia diz: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” Rm 3:23

A Bíblia diz: “O salário do pecado é a morte” Rm 6:23

Cristo se tornou homem, viveu uma vida perfeita, sob a Lei, foi pregado naquela Cruz e morreu a morte do Seu povo!

Morrendo daquela forma Jesus satisfez a Justica de Deus! E apaziguou a Ira de Deus.

Aceite a Jesus e viva de acordo com sua vontade, agindo assim você se livrará da Ira de Deus.

terça-feira, 27 de março de 2012

terça-feira, 27 de março de 2012

O Islã no Ocidente e no Brasil
Magno Paganelli





O Islã vem aí; a bem da verdade já chegou. O avanço islâmico para o ocidente usa a mesma estratégia do Cristianismo quando faz missões. Os estrategistas islâmicos acreditam que o próprio Allah, prevendo a necessidade de fundos para financiar o avanço missionário muçulmano, confiou as reservas mundiais de petróleo às nações muçulmanas. 1
O espaço disponível aqui para esta questão da expansão islâmica é pequeno. No entanto, quero destacar alguns pontos-chave que indicam a mobilização islâmica neste sentido.

O Islã tem disposto não de um, mas de três meios pelos quais demarca o seu território nos países ocidentais: imigração, conversão e natalidade. Em todos os países da Europa e nos Estados Unidos a população árabe muçulmana imigrante cresceu, além dos descendentes nascidos nessas regiões.

Na Inglaterra. Nos últimos 30 anos a população muçulmana cresceu de 28 mil para 2,5 milhões de pessoas. Na França em 2008 eram 5 milhões. Na Holanda, 50% dos recém-nascidos são crianças muçulmanas. Na Bélgica, 25% da população e 50% dos nascimentos é de muçulmanos. O Governo daquele país declarou que em 2025, um terço dos recém-nascidos na Europa será de famílias muçulmanas. Declaração semelhante foi feita pelo Governo Alemão, que disse prever a Alemanha como um país muçulmano até 2050.

Os muçulmanos já veem esses sinais. O recém-assassinado General Kadhafi disse:

Há sinais de que Alá garantirá vitória ao Islã na Europa sem espadas, sem armas, sem conquistas. Não precisamos de terroristas ou bombas homicidas.

É esperado que os mais de 52 milhões de muçulmanos que vivem na Europa dobre sua população em até vinte anos. Nas Américas os números não são diferentes. No Canadá o crescimento populacional total registrado entre os anos 2000 e 2006 foi de 1,6 milhão, sendo que 1,2 milhão foi de imigração. Nos Estados Unidos a taxa de fertilidade é de 1,6 filhos e chega a 2,11 somente se somada à imigração latina. Em 1970 havia 100.000 muçulmanos nos Estados Unidos, hoje há 9 milhões.

Fieis no centro de Paris. Mesquitas já não comportam a todos e centenas rezam do lado de fora.

Por conta disso, mesquitas têm sido construídas nos principais centros que antes eram referência para os cristãos. A Mesquita de Roma, uma afronta o Vaticano na terra do Catolocismo e uma Mesquita em Genebra, no marco do Protestantismo. Mas em Meca, um cristão não pode nem mesmo aproximar-se da mesquita principal. Mas a ousadia islâmica nunca foi tão longe como nos Estados Unidos, onde líderes islâmicos anunciaram a intensão de construir uma mesquita e um centro de cultura islâmica em rua próxima ao Marco Zero. O Conselho Municipal de Manhatan aprovou a sua construção e o Presidente Obama manifestou-se favorável. As famílias das vítimas dos atentados mostraram-se incorformadas.

Enquanto os protestos contra novas mesquitas em Nova Iorque, Tennessee e Califórnia ganharam as manchetes, o número total de mesquitas cresceu em silêncio, subindo de 1.209 em 2000 para 2.106 em 2010. 74% de crescimento em dez anos.

Essas estatísticas apontam, ainda, noutra direção além do seu valor ou desdobramento no que tange à questão da cultura. Há implicações econômicas, por exemplo. Enquanto a população economicamente ativa diminui, a população idosa aumenta. A Grécia, os Estados Unidos e outros países desenvolvidos revelaram nesta década os efeitos dramáticos desse modelo. A força de trabalho ativa não conseguiu sustentar o número de aposentados em função do desequilíbrio entre os trabalhadores ativos e inativos. É inevitável que num cenário assim a economia seja posta nas mãos de quem detém a força de trabalho, no caso, muçulmanos com sua numerosa população.
Na Conferência de Chicago, dezenas de nações islâmicas se reuniram para discutir a islamificação da América através de meios como o jornalismo, a política e a educação.

A América Latina também tem números expressivos de muçulmanos. No Brasil a população estimada é de 1,5 milhão. Somente no Estado de São Paulo os muçulmanos são 400 mil. Na tríplice fronteira, Brasil, Argentina e Paraguai, há um grupo radical islâmico. Um muçulmano xiita da região converteu-se e passou a frequentar a comunidade metodista. Logo houve ataques, agressões e ameaças contra esse irmão e seu pastor. (2)

No mais, a estratégia para basear-se na América do Sul é a mesma. Aumentar a população, influenciar na política e na educação. O primeiro ponto já está em andamento por aqui. O segundo também. Na Inglaterra já há um partido islâmico e eles já aprovaram leis voltadas para a sua comunidade. O Brasil não fica atrás. Em 1998 ocorreu um Congresso Islâmico em São Bernardo do Campo (SP) com 147 representantes de diversas sociedades islâmicas do país. O congresso deliberou pela criação de uma comissão provisória com vistas à criação de um partido. (3)

Em 2011, o Deputado mineiro pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Miguel Corrêa apresentou (em 06.07.2011) a PL 1780/11 que altera a Lei nº 9.394 (de 20 de dezembro de 1996), a chamada Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “cultura árabe e tradição islâmica” e dá outras providências. Esta PL 1780/11 foi retirada da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, mas não nos esqueçamos do que ocorreu com a PL 122, a PL da Homofobia, que mesmo depois de sua retirada da Mesa foi desarquivada com força ainda maior pela Senadora Marta Suplicy, do mesmo Partido dos Trabalhadores, e ganhou forte expressão nacional. Não pense o leitor que o fato de a PL 1780/11 não constar da pauta, que a questão está encerrada.

A presença nas instituições de ensino não é um mecanismo novo. Nos Estados Unidos as lideranças islâmicas já ocupam consideráveis espaços nas escolas secundárias, bem como em universidades. A proposta às reitorias e juntas diretivas é feita em face à necessidade de fornecer um departamento de estudos islâmicos no campus. A universidade cede o local e todo o recurso necessário é fornecido pelo Islã. Mulás são indicados para ensinarem, a fim de que haja garantia de que o Islã será bem representado. Isso também ocorre entre a comunidade local por meio das próprias instituições islâmicas já estabelecidas na sociedade, não apenas nos centros de educação.




No Brasil, há dezenas de instituições espalhadas por todo o território. Segundo o Centro Islâmico no Brasil, são dezessete mesquitas, doze centros culturais, vinte e três federações, assembleias e sociedades, cinco escolas e dois cemitérios. Se tudo isso parece novo para você, é bom começar a acostumar-se com a presença islâmica em nosso meio. O problema é quando começarem manifestar a imposição das suas leis em nosso país, até agora dito “de tradições cristãs”.

O esforço concentra-se também na publicação de obras em língua portuguesa. “O Islamismo tem se esmerado em atacar as doutrinas cristãs através de regulares publicações. Entre os vários livros cujo propósito é desacreditar as doutrinas cristãs, temos conosco alguns publicados em português no Brasil com este propósito. Entre eles destaco A Bíblia, o Alcorão e a Ciência por Dr. Maurice Bucaille. Há outros livros que se opõem as doutrinas cristãs como O Islam e o Mundo por Abul Hassam Annaduy e Islam e Cristianismo por Ulfat Aziz Assamad e Islamismo Mandamentos Fundamentais por Mohamad Ahmad Abou Fares. São apenas alguns exemplos (há muitos outros títulos publicados) do que já há em português publicado pelo Islamismo para atacar e desacreditar o Cristianismo”. (6)

A diversidade étnica e a liberdade de culto no Brasil são públicas e notórias; nem por isso vemos as comunidades de alemães e de italianos no sul do país, ou de orientais e italianos no Estado de São Paulo, fazendo lobbies para que sejam criadas leis específicas para eles. Imigrantes que chegam aqui convivem harmoniosamente há séculos com os nossos padrões e as nossas leis. Por que haveria de mudar agora?

A pluralidade religiosa brasileira bem que podia servir de exemplo para países e comunidades muçulmanos, o que definitivamente não ocorre. Vemos, isso sim, perseguição, mortes, condenações, incêndio a igrejas e muito mais. Seria bom, se de fato o Islã é uma religião da paz, que a cada instituição implantada aqui, uma igreja ou seminário também fossem abertos por lá, sem riscos à vida de quem quer que seja. Infelizmente sabemos que isso não acontecerá.


(*) Este artigo foi extraído e adaptado do livro Islamismo e Apocalipse, de Magno Paganelli (Arte Editorial, 2012). É usado com autorização e pode ser reproduzido desde que citada a fonte. http://arteeditorial.net.br/web/


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