terça-feira, 1 de novembro de 2011

PROTESTANDO!

"Minha consciência é cativa da Palavra de Deus"
"A menos que eu seja convencido pelas Escrituras e pela razão pura e já que não aceito a autoridade do papa e dos concílios, pois eles se contradizem mutuamente, minha consciência é cativa da Palavra de Deus. Eu não posso e não vou me retratar de nada, pois não é seguro nem certo ir contra a consciência. Deus me ajude. Amém" (Martin Lutero). Dieta de Worms, em 1521

quinta-feira, 15 de setembro de 2011



Se, por um lado, há heresias e modismos pseudopentecostais na igreja brasileira, observo que, por outro, existe o antipentecostalismo, cujos proponentes verberaram impiedosamente contra os cristãos pentecostais, a ponto de os tacharem — com “ch” mesmo! — de ignorantes, analfabetos e hereges.

Todos sabem que sou pentecostal. Pertenço à Assembleia de Deus desde os meus 15 anos. Creio na atualidade da manifestação multiforme do Espírito Santo, conforme 1 Coríntios 12.4-6, passagem que menciona a diversidade de dons, ministérios e operações do Consolador. E, por isso, neste quarto artigo, quero mostrar o outro lado da moeda: o antipentecostalismo.

Nos artigos anteriores, mostrei que o pseudopentecostalismo é uma aberração. Mas abraçar o antipentecostalismo é outro grande erro. Respeito os irmãos cessacionistas. Tenho amigos que pertencem a igrejas que não aceitam o culto pentecostal, convivemos pacificamente e até participamos de eventos evangelísticos, literários, etc. O que é inaceitável é ver uma parte dos cessacionistas — pequena, na verdade — verberarem contra a centenária Assembleia de Deus e outras igrejas pentecostais, associando-as ao pseudocristianismo.

Os antipentecostais, sem fazer nenhuma distinção, dizem que os pentecostais não obedecem às Escrituras. Asseveram que a promessa do revestimento de poder do Espírito foi apenas para os dias dos apóstolos. Mas, não estão eles ignorando passagens claras da Palavra de Deus, como Joel 2.28,29, Lucas 24.49, Atos 2.39, 1 Coríntios 12-14, 1 Tessalonicenses 5, etc.?

Não devemos abrir mão da sobrenaturalidade do verdadeiro Evangelho, expressa mediante dons, ministérios e operações que se manifestam na Igreja (e não apenas no culto), os quais são descritos com muita clareza no Novo Testamento. Por que os antipentecostais insistem em afirmar que as línguas e a profecia cessaram? É pecado falar em línguas? Pecado é zombar, escarnecer do que a Palavra do Senhor apresenta como manifestação proveniente do Espírito, desprezá-la ou fazer mau uso dela (1 Co 14; 1 Ts 5.19-21).

Citando Paulo, os antipentecostais asseveram que “havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas cessarão” (1 Co 13.8). Ora, esse apóstolo disse isso depois de enfatizar que nada teria valor sem o amor de Deus, derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Rm 5.5). Línguas, profecias, ciência e fé perdem o sentido sem o amor (vv.1,2). Se não tivermos o amor de Deus, “havendo ciência, desaparecerá” (v.8), isto é, ela não terá valor algum. Mas nenhum dos opositores do Movimento Pentecostal afirma que a ciência desapareceu...

E, quanto à fé? Caso não haja o amor, com certeza ela “desaparecerá”, posto que o fruto do Espírito gerado em nós molda o nosso caráter, fazendo com que virtudes eficazes se manifestem com o amor, primeiro elemento desse fruto (Gl 5.22; 1 Co 12.31; 13.1). Todos os outros “gomos” são diferentes expressões dessa preciosa virtude: gozo é o amor regozijando-se; bondade, o amor em ação; fé, o amor crendo; e assim por diante (Ef 5.9; 2 Pe 1.5-9; Cl 3.12-16).

Quanto ao batismo com o Espírito — que é diferente de ser batizado no Corpo de Cristo pelo Espírito (cf. 1 Co 12.13) —, trata-se de um revestimento de poder para o cristão (Lc 24.49; At 1.8). E a promessa desse poder diz respeito “a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.39). Um revestimento se aplica a quem já está vestido, não é mesmo?

Eu sei que, para os antipentecostais, é difícil abrir mão da interpretação — equivocada — de que as línguas mencionadas em 1 Coríntios 14.18 eram idiomas aprendidos neste mundo, como hebraico ou grego. Mas, em 1 Coríntios 14.2, está escrito: “Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios”. Se as línguas estranhas são idiomas aprendidos, por que ninguém as entende?

Se as línguas mencionadas por Paulo são deste mundo, por que ele disse que é preciso orar para interpretá-las? Observe: “ore para que a possa interpretar” (1 Co 14.13). Além disso, o termo “mais” (gr. mallon) indica que Paulo falava em línguas mais frequentemente (e não em mais idiomas) que os crentes de Corinto.

Sabemos que há falsificadores da Palavra (2 Co 2.17), mas abrir mão do poder do alto por causa dos falsos profetas é privar-se das armas da nossa milícia, que não são deste mundo (Lc 10.19; 2 Co 10.4). Lembremo-nos de que, no Novo Testamento, há três nãos que não podemos ignorar: “não proibais falar línguas” (1 Co 14.39); “Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias” (1 Ts 5.19,20).

Definitivamente, não é um bom caminho fazer pouco caso dos sinais, prodígios e maravilhas que o próprio Senhor Jesus apresentou como o efeito da pregação do Evangelho (Mc 16.15-20; At 4.30,31; 8.13).

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Uma Parábola do Calvinismo







Brenda B. Colijn



Uma das questões levantadas pelo atual debate sobre a abertura de Deus é que tipo de Deus é exigido pelas diferentes teologias envolvidas no debate. Por exemplo, o teólogo reformado Bruce Ware descreveu o Deus do teísmo aberto como um “Deus limitado, passivo, excessivamente preocupado.”[1] O teísta aberto Clark Pinnock cita a descrição de Walter Kasper do Deus do teísmo clássico como “um ser narcisista solitário, que sofre de sua própria plenitude.”[2] No mínimo, o teísmo aberto forçou os evangélicos a reexaminarem seu entendimento da natureza e caráter de Deus.



Eu abordo a doutrina de Deus de uma perspectiva anabatista, que tecnicamente não é arminiana (visto que o Anabatismo antecede a controvérsia arminiana dentro da tradição reformada), mas decididamente é não-calvinista. De uma perspectiva anabatista, o Deus da teologia reformada sofre de limitações significativas, embora essas limitações se aplicam ao seu caráter antes que ao seu conhecimento. Ainda que alguém concorde com os calvinistas (como muitos anabatistas e arminianos concordariam) que Deus tenha pré-conhecimento preciso exaustivo, o entendimento calvinista da salvação tem implicações significativas para o caráter de Deus que não são frequentemente expostas. Deixe-me ilustrar isto com uma parábola.



O reino de Deus é como um cruzeiro que parte para uma longa viagem. O capitão do navio ouve por acaso que seus passageiros planejam nadar ao lado do navio. Ele anuncia a todos os passageiros, alertando-os contra tal atitude. Se eles pularem do navio, serão incapazes de subir de volta, visto que o casco é íngreme demais e não há escadas que dão acesso. O navio está centenas de milhas da terra firme, então eles não serão capazes de nadar até a costa. As águas circunjacentes estão infestadas de tubarões. Todavia, apesar das advertências do capitão, todos os passageiros se jogam ao mar para nadar. Não demora muito para estarem com sérios problemas.



Vendo sua angústia, o capitão transmite uma mensagem a todos eles. Ele diz que pode resgatá-los todos; para serem resgatados, tudo que eles precisam fazer é agarrar um salva-vidas que ele irá lançar-lhes. Então ele tira alguns salva-vidas e instrui sua tripulação a lançá-los a certos passageiros que ele escolheu. Para os outros passageiros, ele não faz nada. Ele continua a difundir sua mensagem que ele precisam apenas agarrar o salva-vidas a fim de serem resgatados. Algumas das pessoas com salva-vidas lhes imploram para ajudar os passageiros que estão se afogando. O capitão os ignora. Com sua mensagem de resgate ainda soando na água, ele assiste ao restante dos passageiros morrerem. Quando questionado por que ele não resgatou os outros, ele diz que todos eles mereciam morrer, e eles deviam ser gratos por ter escolhido salvar alguns deles.



O que pensaríamos de um capitão que fizesse estas coisas? Esta é uma parábola do Calvinismo, e o capitão do cruzeiro é o Deus calvinista. Todos os cristãos ortodoxos creem que os seres humanos estão em perigo de morte eterna por causa do pecado, e sua única esperança é ser resgatado por Deus. Deus provê este resgate através da obra de Cristo (a expiação). Ninguém pode ser resgatado a menos que Deus tome a iniciativa, lhes estenda a mão com a oferta de resgate, e o capacite a recebê-la.



Mas os calvinistas e os não-calvinistas diferem em seu entendimento das intenções e ações de Deus a respeito do resgate. Os anabatistas e os arminianos creem que Deus deseja resgatar todos, convida todos a serem resgatados, e capacita todos que ouvirem o convite para responder. As pessoas podem aceitar ou rejeitar o convite. Os calvinistas, entretanto, creem que Deus estende dois convites diferentes – um “chamado geral” que convida todos a serem resgatados (ao qual as pessoas são impotentes a responder) e um chamado “especial” ou “eficaz” dirigido a certos indivíduos (que os capacita a responder e assegura esta resposta). Ele então condena todos aqueles a quem ele não deu o chamado eficaz. As orações do povo de Deus não tem nenhum efeito sobre este plano que Deus estabeleceu desde a eternidade.[3] O “chamado geral” para responder ao evangelho não é tecnicamente uma mentira, visto que aquele que responde é salvo.[4] Entretanto, ele é certamente enganoso, porque ele retém informações críticas e ilude as pessoas sobre as reais intenções de Deus.[5] Ele implica que todos podem responder, quando de fato eles não podem. Ele também implica que Deus quer que todos sejam resgatados, quando de fato ele quer que muitos deles morram.[6] A distinção entre o chamado geral e o especial, eficaz, significa que os calvinistas devem pressupor uma vontade secreta de Deus que está em desacordo com a vontade revelada de Deus no evangelho.[7]



É claro, há diferentes versões do Calvinismo que exigiriam versões levemente diferentes da parábola. Na versão supralapsária da parábola, o capitão planeja o cruzeiro a fim de precisamente trazer o cenário do afogamento. De fato, ele seleciona a maioria das pessoas para a lista de passageiros porque ele quer matá-las. Na versão infralapsária, o capitão fica sabendo dos planos dos passageiros após ele ter agendado o cruzeiro. Conhecendo seus planos, ele leva somente salva-vidas suficientes para aqueles indivíduos que ele decidiu salvar. Na versão sublapsária, o capitão leva salva-vidas suficientes para todos os passageiros, mas planeja não usar a maioria deles.[8]



Até aqui, a parábola assumiu que os passageiros acabaram na água por causa de suas próprias escolhas livres. Entretanto, se a visão calvinista da soberania controladora exaustiva de Deus está correta – isto é, se Calvino está certo que Deus causa todas as coisas[9] – então o próprio capitão do cruzeiro na verdade lança seus passageiros na água e abastece as águas com tubarões.[10]



Além disso, de acordo com a própria perspectiva de Calvino, o capitão intencionalmente dá a alguns dos passageiros que se afogam salva-vidas defeituosos. Eles se agarram a eles agradecidamente, achando que estão seguros, somente para descobrir que após um tempo os salva-vidas se desinflam e eles se afogam. Conforme uma passagem nas Institutas de Calvino, alguns dos reprovados experimentam uma “operação inferior do Espírito” pela qual Deus lhes concede uma percepção de sua bondade e favor e até mesmo lhes dá o dom da reconciliação, para que possam pensar estar entre os eleitos. Mas Deus nunca os regenera. Após um tempo ele se afasta deles, permite que a luz de sua graça seja extinta, e os condena. Deus faz isto “para torná-los mais culpados e inexcusáveis.”[11] Wesley apelidou esta noção de “graça condenatória,” uma vez que a intenção de Deus ao conferir bênçãos sobre os reprovados é aumentar a sua condenação.[12]



Pode ser objetado que a parábola do cruzeiro faz os passageiros parecerem inocentes demais. Afinal, os seres humanos estão em rebelião contra Deus e são inimigos de Deus. Assim, vamos mudar a parábola....



Dois países estão em guerra um com o outro. O capitão de um destróier fica patrulhando uma área do oceano onde ele sabe que um submarino inimigo foi avistado. Ele sabe que este submarino destruiria seu navio caso fosse dado chance. Entretanto, ele surpreende a tripulação do submarino inimigo na água no meio dos destroços de sua embarcação, que foi destruída por sua própria incompetência. O capitão tem seus inimigos em seu poder. Embora tenha tempo e recursos para salvá-los todos, ele diz à sua tripulação para separar alguns deles da água, e ele asssiste ao afogamento do restante. O que pensaríamos de um capitão que fizesse isto? Sob os termos da Convenção de Genebra, ele poderia ser julgado como um criminoso de guerra.



Teólogos reformados geralmente dirão que não podemos julgar o comportamento de Deus por nossas próprias ideias de certo e errado.[13] A vontade de Deus determina o que é bom, assim o que quer que ele faz ou comanda é bom por definição.[14] Visto que Deus é o soberano do universo, ninguém pode chamá-lo a prestar contas.[15] Seus caminhos, afinal de contas, não são nossos caminhos (Is 55.8, 9). O barro não tem direito de questionar o oleiro (Rm 9.20).



Entretanto, a Escritura não deixou esta avenida aberta para nós. Somos repetidas vezes chamados a moldar nossa ética pelo caráter e comportamento de Deus, especialmente conforme exemplificado em Jesus Cristo. “Sejais santos, porque eu sou santo” (Lv 11.45). “Vede o que fazeis; porque não julgais da parte do homem, senão da parte do SENHOR, e ele está convosco quando julgardes. Agora, pois, seja o temor do SENHOR convosco; guardai-o, e fazei-o; porque não há no SENHOR nosso Deus iniquidade nem acepção de pessoas, nem aceitação de suborno” (2Cr 19.6, 7). “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.48). “Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso” (Lc 6.35, 36). “Como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” (Jo 13.34). “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo” (1Co 11.1). “Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós, antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo. Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave” (Ef 4.31-5.2). “Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou” (1Jo 2.6). Isaías observa que os caminhos de Deus não são nossos caminhos precisamente porque Deus mostrará misericórdia e abundantemente perdoará (Is 55.6, 7). Deus ensina Jeremias na casa do oleiro que ele adapta seu comportamento em relação ao seu povo de acordo com sua resposta a ele (Jr 18.5-11). Deus não tem prazer na morte do ímpio (Ez 33.11). Se Deus nos chama a modelar nossa ética pela dele e então não segue suas próprias regras, como podemos confiar nele em qualquer coisa?



O Deus do Calvinismo tem uma vontade secreta que contradiz sua vontade revelada. Ele comanda uma coisa e então faz o oposto. Ele pratica engano em seu anúncio da mensagem do evangelho. Ele deriva igual glória da redenção dos eleitos e da condenação dos reprovados. O Deus de Calvino até mesmo gosta de divertir-se com os reprovados antes de condená-los.



Em contraste, os anabatistas acreditam que o caráter e o plano de Deus são revelados mais plenamente em seu filho Jesus Cristo. Como o anabatista do século dezesseis Pilgram Marpeck observa: “Deus é Deus de ordem e não de desordem, e ele firmemente uniu sua própria onipotência à sua vontade e ordem. Não é como os predestinacionistas e outros dizem, sem qualquer discriminação, que Deus tem o direito a toda salvação e condenação. Ele tem, certamente, mas não fora de sua ordem e vontade, a qual seu poder é subordinado.... [Ninguém deve] pregar o poder e a onipotência de Deus fora da ordem da Palavra de Deus.... Pois o próprio Deus é a ordem mais sábia em e pela sua Palavra, isto é, Jesus Cristo, seu unigênito desde a eternidade.”[16] A questão não é o que Deus pode fazer ou o que Deus tem o direito de fazer, mas o que ele escolheu fazer. Como Marpeck afirma, Deus escolheu revelar seu plano de salvação em Jesus Cristo. O Deus revelado em Cristo agiu em amor em relação ao mundo para oferecer nova vida a todo aquele que crer (Jo 3.16). Que capitão você preferiria que tivesse no governo do universo?

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Spurgeon

http://www.youtube.com/watch?v=srCiV_51qCE&feature=player_embedded#t=295s

domingo, 31 de julho de 2011


MARAVILHA!

http://www.youtube.com/watch?v=oIyeonP9lFY&feature=player_embedded

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Haverá somente duas espécies de pessoas no final: Aquelas que disseram para Deus - Seja feita a sua vontade. E aquelas a quem Deus dirá- Seja feita a sua vontade! você percebe a diferença? em qual dos dois casos você se enquadra.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Se Jesus fosse neopentecostal

Publicado em 19 de julho de 2011 por Leonardo Gonçalves


Por Felipe Almada

Se Jesus fosse neopentecostal, não venceria satanás pela palavra, mas teria o repreendido, o amarrado, mandado ajoelhar, dito que é derrotado, feito uma sessão de descarrego durante 7 terças-feiras, aí sim ele sairia. (Mt 4:1-11)

Se Jesus fosse neopentecostal, não teria feito simplesmente o “sermão da montanha”, mas teria realizado o Grande Congresso Galileu de Avivamento Fogo no Monte, cuja entrada seria apenas 250 Dracmas divididas em 4 vezes sem juros. (Mt 5:1-11)

Se Jesus fosse neopentecostal, jamais teria dito, no caso de alguém bater em uma de nossa face, para darmos a outra; Ele certamente teria mandado que pedíssemos fogo consumidor do céu sobre quem tivesse batido pois “ai daquele que tocar no ungido do senhor” (MT 5 :38-42)

Se Jesus fosse neopentecostal, não teria curado o servo do centurião de cafarnaum à distância, mas o mandaria levar o tal servo em uma de suas reuniões de milagres e lhe daria uma toalhinha ungida para colocar sobre o seu servo durante 7 semanas, aí sim, ele seria curado. (Mt 8: 5-13)

Se Jesus fosse neopentecostal, não teria multiplicado pães e peixes e distribuído de graça para o povo, de jeito nenhum!! Na verdade o pão ou o peixe seriam “adquiridos” através de uma pequena oferta de no mínimo 50 dracmas e quem comesse o tal pão ou peixe milagrosos seria curado de suas enfermidades. (Jo 6:1-15)

Se Jesus fosse neopentecostal, ele até teria expulsado os cambistas e os que vendiam pombas no templo, mas permaneceria com o comercio, desta vez sob sua gerência. (MT 21:12-13)

Se Jesus fosse neopentecostal, quando os fariseus o pedissem um sinal certamente ele imediatamente levantaria as mãos e de suas mãos sairiam vários arco-íris, um esplendor de fogo e glória se formaria em volta dele que flutuaria enquanto anjos cantarolavam: “divisa de fogo varão de guerra, ele desceu a terra, ele chegou pra guerrear”. E repetiria tal performance sempre que solicitado. (Mt 16:1-12)

Se Jesus fosse neopentecostal, nunca teria tido para carregarmos nossa cruz, perdermos nossa vida para ganhá-la, mas teria dito que nascemos para vencer e que fazemos parte da geração de conquistadores, e que todos somos predestinados para o sucesso. E no final gritaria: receeeeeeebaaaaaa! (Lc 9:23)

Se Jesus fosse neopentecostal, não teria curado a mulher encurvada imediatamente, mas teria a convidado para a Escola de Cura para o aprender os 7… veja bem, os 7 passos para receber a cura divina. (LC 13:10-17)

Se Jesus fosse neopentecostal, de forma alguma teria entrado em Jerusalém montado num jumento, mas teria entrado numa carruagem real toda trabalhada em pedras preciosas, com Poncio Pilatos, Herodes e a cantora Maria Madalena cantando hinos de vitória “liberando” a benção sobre Jerusalém. E o povo não o receberia declarando Hosana! Mas marchariam atrás da carruagem enquanto os apóstolos contaariam quantos milhões de pessoas estavam na primeira marcha pra Jesus. (MT 21:1-15)

Se Jesus fosse neopentecostal, ao curar o leproso (Mc 1:40-45), este não ficaria curado imediatamente, mas durante a semana enquanto ele continuasse crendo. Pois se parasse de crer.. aiaiaiaia

Se Jesus fosse neopentecostal, não teria expulsado o demônio do geraseno com tanta facilidade, Ele teria realizado um seminário de batalha espiritual para, a partir daí se iniciar o processo de libertação daquele jovem. (Mc 5:1-20)

Se Jesus fosse neopentecostal, o texto seria assim: “ Mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um pobre entrar no reio dos céus” (Mt 19:22-24)

Se Jesus fosse neopentecostal, não teria transformado água em vinho, mas em Guaraná Dolly. (Jo 2:1-12)

Se Jesus fosse neopentecostal, ele teria sim onde recostar sua cabeça e moraria no bairro onde estavam localizados os palácios mais chiques e teria um castelo de verão no Egito. (Mt 8:20)

Se Jesus fosse neopentecostal, Zaqueu não teria devolvido o que roubou, mas teria doado seu ao ministério. (Lc 19:1-10)

Se Jesus fosse neopentecostal, não pregaria nas sinagogas, mas na recém fundada Igreja de Cristo, e Judas ao traí-lo não se mataria, mas abriria a Igreja de Cristo Renovada.

Se Jesus fosse neopentecostal, não diria que no mundo teríamos aflições, mas diria que teríamos sucesso, honra, vitória, sucesso, riquezas, sucesso, prosperidade, honra…. (Jo 16:33)

Se Jesus fosse neopentecostal, ele seria amigo de Pôncio Pilatos, apoiaria Herodes e só falaria o que os fariseus quisessem ouvir.

Certamente, Se Jesus fosse neopentecostal, não sofreria tanto nem morreria por mim nem por você… Ele estaria preocupado com outras coisas. Ainda bem que não era.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Seu Diabo é Grande Demais - E. Lutzer

Essa é uma realidade na "igreja" dos nossos dias. O diabo é muito grande, se ficamos fascinados por ele; o diabo é muito grande, se achamos que temos de cumprir um compromisso com ele; o diabo é muito grande se somos vítimas de uma maldição, colocada sobre nós. O diabo é grande demais se vivemos com medo de que nosso futuro esteja em suas mãos...

O pecado aciona a lei das conseqüências não planejadas. Isso é verdade para nós, como para todas as criaturas de Deus.

Por que Satanás estava fadado ao fracasso? Ele era limitado para alcançar o que desejava.
O que Lúcifer esperava alcançar quando se rebelou contra Deus? Ele queria ser semelhante ao Altíssimo. Mas isso seria possível realmente?

Quando teólogos falam sobre Deus, usam três palavras que começam com o prefixo “oni” – que significa simplesmente “todo”. Deus é Onipresente, pois está presente em todos os lugares; Ele é Onipotente, pois é o Todo-poderoso; Ele é Onisciente, pois tem todo o conhecimento. Esses atributos são a própria essência da natureza de Deus.

Quantos desses atributos Lúcifer receberia, se conseguisse ser “semelhante a Deus”? A resposta é fácil e clara: Nenhum.
Ele jamais seria onisciente, ou seja, nunca poderia saber tudo. Ele sabia que um homem planejava assassinar o presidente dos Estados Unidos, quando chegasse a Dallas, Texas, no dia 22 de novembro de 1963. Ele não sabia, contudo, se isso realmente aconteceria. O assassino podia mudar de idéia, a arma podia falhar, ou talvez o motorista do carro, no último instante, resolvesse fazer um itinerário diferente. Deus sabe exatamente o que acontecerá, mas Satanás é capaz apenas de fazer uma previsão acurada. Embora conheça os planos, ele não sabe qual será o resultado final. Ele pode influenciar nas decisões humanas, mas nunca dirigi-las. ( O homem é escravo do pecado em seu próprio coração ) – Suas previsões mais insignificantes sempre envolvem o grande risco de jamais se concretizarem.
Isso explica por que, no Antigo Testamento, o reconhecimento de um falso profeta era feito às vezes pelo erro de suas previsões. Apesar de acertar algumas vezes, somente Deus pode prever o futuro de forma infalível. Portanto, um verdadeiro profeta de Deus sempre acerta 100% das vezes.

E quanto à onipresença? Lúcifer seria capaz de encher todo o universo com sua presença? Poderia estar em todos os lugares simultaneamente? Não, ele jamais conseguiria. Pode viajar rápido, mas quando se encontra na Índia, não consegue estar em Brasília. Quando trava uma batalha no Rio de Janeiro, não pode estar numa reunião de oração na Coréia. Portanto, nunca será onipresente.

É verdade que multidões de demônios estão espalhadas pelo mundo, realizando as obras do diabo, mas cada um desses anjos caídos também não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo.

E quanto a onipotência? Lúcifer nunca seria todo-poderoso. Ele não tem poder para criar nem uma molécula, muitos menos estrelas... Nem pode sustentar o Universo pela “palavra do seu poder”. Quando procura imitar a habilidade criadora de Deus, ele sempre apela para as fraudes e falsificações. Não, ele jamais será onipotente.

Em que sentido então ele poderia ser “semelhante ao Altíssimo”? Apenas nisso: ele achou que se tornaria INDEPENDENTE. Ele sabia que suas realizações sempre seriam apenas uma sombra daquilo que Deus pode fazer. A alegria, contudo, de saber que agiria sem a aprovação de Deus, fazia o risco valer a pena. Então poderia dar ordens e não mais recebê-las. Pelo menos esse era o seu plano.

A IRONIA é que na independência alardeada por Satanás, na realidade, tornar-se-ia outra forma de dependência à vontade e aos propósitos de Deus. Realmente, ele não dependeria da orientação do Todo-Poderoso nas decisões que tomasse, mas cada um dos seus atos de rebelião estaria debaixo do controle cuidadoso e da direção de Deus.

Ele, com certeza, podia desafiar o Criador, mas todas as suas atividades sempre seriam restritas àquilo que Deus permitisse. Sua independência só a muito custo poderia ser digna desse nome. Ele se rebelou para não ser mais um servo de Deus e, apesar disso, jamais conseguiu ou conseguirá sua independência.

Se Milton pensou estar certo ao dizer que Lúcifer preferiu ser rei no inferno do que servo no céu, ele (Lúcifer) estava completamente enganado. Lúcifer descobriu, para seu desgosto, que no final continuaria eternamente SERVO DE DEUS. E, como a Bíblia ensina claramente, NÃO EXISTEM REIS NO INFERNO!!!!

Aquele que odiava a idéia de servir, tornar-se-ia um outro tipo de servo. Ao invés do serviço voluntário, abraçaria uma servidão relutante, um serviço com uma motivação diferente em direção a um final diferente; mas, de qualquer maneira, SEMPRE UM SERVO. Finalmente como fazia quando ambos estavam em harmonia.

Satanás estava condenado a uma existência vazia, interminável, sem descanso, e miserável. Ele sempre seria impelido a desprezar a Deus e tentar agir contra Ele. Ainda assim, no final, seria compelido a promover os propósitos divinos. Ao invés da alegria na presença de Deus, teria eterna humilhação; no lugar do amor de Deus, receberia a ira e o juízo eternos.

O orgulho fez com que Lúcifer perdesse todos os seus privilégios. Ele assumiu um grande risco, ao achar que, se não pudesse destronar a Deus, pelo menos conseguiria estabelecer seu próprio trono, em algum lugar do Universo.

Ele subestimou a Deus e superestimou a si mesmo

ELE ERA LIMITADO NAQUILO QUE PODIA PREVERLúcifer sabia que surgiriam algumas conseqüências devido à sua decisão, mas não tinha idéia de como seriam. Lembre-se, até esse momento não havia nenhum tipo de rebelião no Universo. Ele não podia aprender com os erros dos outros; e uma vez que cruzou a linha, era muito tarde pra recuar de seu grande propósito. Mais importante, ele não podia prever o advento de Cristo para redimir o homem, nem podia contemplar sua própria condenação eterna no lago de fogo.

Ele não sabia que apenas um terço dos anjos escolheria se unir a sua causa rebelde (Ap 12.4 diz que a cauda do dragão “levou após si a terça parte das estrelas do céu” ). Se ele pensou que todos os que estavam sob sua autoridade ficariam ao seu lado em sua oferta de independência, teve de engolir essa decepção.

Pense nisso. Para cada anjo que o respeitava, dois continuaram fiéis a Deus! Talvez Satanás tenha ficado surpreso por ver como o Céu funcionava bem sem sua supervisão e autoridade. Não importa quão confiantemente ele exercia seu pode adquirido, pois seu sucesso era apenas parcial.

Durante um determinado tempo, ele só pôde remoer o seu erro. Só lhe restava aguardar que Deus desse o próximo passo.

ELE ERA LIMITADO NO CONTROLE DOS DANOSApesar de não termos dito explicitamente, existe pouca dúvida em minha mente de que Lúcifer lamentou profundamente sua decisão, no momento em que a mesma foi tomada. Ele havia atravessado um portal desconhecido, na esperança de que o abriria para um brilhante futuro, contudo, não sabia que havia um abismo do outro lado.

Então, tendo experimentado o pecado em primeira mão, ele sabia que perdera a maior aposta de sua carreira. Ele fez a “roda da fortuna” girar e não percebeu que Deus tinha o controle de cada uma das suas rotações. Em qualquer lugar que ela parasse, ele sempre seria o PERDEDOR – um perdedor por TODA ETERNIDADE.

Rapidamente, ele aprendeu que não é gratificante estabelecer um reino rival, só para descobrir que fatalmente falhar. Por mais agradável que seja a independência, não ajuda muito se você é independentemente DERROTADO, independentemente ATORMENTADO e independentemente ENVERGONHADO.

Se ele soubesse disso!! Ele pegou o trem errado, mas, depois de corrompido, seguiria adiante até o final. O arrependimento era impossível por várias razões:

PRIMEIRO, Satanás era e continua incapaz de se arrepender; O ARREPENDIMENTO É UM DOM DE DEUS, dado às pessoas em cujos corações o Todo-Poderoso já opera.

Para Satanás, arrepender-se significaria que existe algo de bom nele; mas nenhuma virtude pode ser encontrada no mesmo. Então, ele se tornou totalmente mau, irremediavelmente perverso. E Deus resolveu abandoná-lo, para o seu fim bem merecido.

Como já aprendemos, um Lúcifer perfeito deixou o mal brotar dentro de si, mas desde que a corrupção estava completa, o bem nunca mais existiria dentro dele. Quando era uma criatura perfeita, era capaz de cometer o mal, mas, uma vez que foi contaminado, ele jamais seria capaz de fazer o bem. A corrupção seria completa, irreversível e total. O pecado então se tornaria uma necessidade moral.

SEGUNDO e mais importante: mesmo que Lúcifer se arrependesse, ele não seria redimido, pois nenhum sacrifício foi feito pelos seus pecados. Cristo carregou apenas os pecados dos homens (eleitos ) e não os dos anjos. “Pois na verdade ele não socorre a anjos, mas sim à descendência de Abraão. Pelo que convinha que em tudo fosse semelhantemente aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo” (Hb 2.16,17).

Sem uma propiciação disponível, o comportamento rebelde de Lúcifer tornou-se então irrevogável e permanente. Daquele momento em diante, sua passagem pelo Universo seria em uma linha reta, direto para uma eternidade de vergonha e humilhação. Para ele, não haveria uma segunda chance.

Lúcifer aprendeu uma importante lição: uma criatura pode estabelecer uma confusão, mais jamais pode endireitar as coisas” A lei das conseqüências não planejadas seria sempre aplicada por toda a eternidade. Somente Deus pode, se assim desejar, conter ou reverter as conseqüências da desobediência.

ELE ERA LIMITADA NO CONHECIMENTO DE DEUS

Os atributos primários de Deus é sua santidade. Lúcifer, que desejou ser semelhante a Deus, na verdade permaneceria tão longe desse atributo, quanto seria possível estar.

Não sabemos o quanto Deus se revelava às criaturas angelicais, mas Lúcifer, acredito, devia conhecer suficientemente a Deus pra saber que Ele jamais dividiria sua glória com alguém. Quanto mais algo Lúcifer aspirasse subir, maior seria seu fracasso.

Será que ele julgou mal a Deus, ao achar que o amor do Todo-Poderoso suplantaria qualquer possibilidade de julgamento severo? Não sabemos, é claro, mas tenha em mente que Lúcifer conhecia apenas o perfeito amor de Deus. O conceito de justiça simplesmente não existia. Desde que não existia desobediência no Universo, não havia necessidade da demonstração da ira divina. Lúcifer não previu até onde Deus poderia ir pra preservar sua honra.

Lúcifer achava que conhecia a Deus, mas ainda tinha muito o que aprender. Se ele simplesmente tivesse confiado no que não conseguia entender e crido no que não podia saber por si mesmo, seu futuro teria sido diferente.Agora que ele sabia mais sobre Deus, ERA TARDE DEMAIS.

ELE ERA LIMITADO PARA ENTENDER A DIFERENÇA ENTRE O TEMPO E A ETERNIDADE.Lúcifer deveria saber que nenhuma exaltação momentânea pode compensar uma eternidade de HUMILHAÇÃO; ser adorado por um momento não pode compensar uma eternidade de desprezo; nenhum momento de excitação pode compensar uma eternidade de tormento. Uma hora no inferno fará com que a excitação de se opor a Deus se desvaneça no eterno esquecimento.

Eis aqui uma lição para nós. Nenhuma decisão pode ser considerada boa, se a eternidade prova que ela é ruim. Explicando melhor, nenhuma decisão nessa vida pode ser boa a não ser que se torne excelente na eternidade. Somente um ser que conhece o futuro e o passado pode prescrever o que é melhor para nós. Nós julgamos baseados no tempo, mas somente Deus pode revelar os julgamentos baseados na eternidade.

Daquele momento em diante, Lúcifer venceria apenas pequenas batalhas, mas seria forçado a perder a guerra. Se ele apenas tivesse levado Deus mais a sério, não teria subestimado a capacidade infalível do Todo-Poderoso de puni-lo. Se a grandiosidade do pecado é determinada de acordo com a grandiosidade do ser contra quem é cometido, Lúcifer então cometeu um ERRO GIGANTESCO.

E. Lutzer

PLC 122

Jornalistas bem-intencionados deveriam procurar entender por que os evangélicos são contra o PLC 122


Algumas personalidades não-evangélicas bem-intencionadas já perceberam que o PLC 122 é contrário à liberdade de expressão. Além do jornalista Reinaldo Azevedo, da revista Veja, o humorista Jô Soares manifestou-se recentemente contra o tal projeto de lei.

Em 2008, o articulista André Petry demonstrou falta de conhecimento acerca do PLC 122 e das nossas reais motivações: “Os evangélicos e aliados dizem que proibir a discriminação contra gays fere a liberdade de expressão e religião. Dizem que padres e pastores, na prática de sua crença, não poderão mais criticar a homossexualidade como pecado infecto e, se o fizerem, vão parar no xadrez. É uma interpretação tão grosseira da lei que é difícil crer que seja de boa-fé” (Veja, 2 de julho de 2008).

Se o tal projeto de lei dissesse respeito à homofobia (homofobia, mesmo), seria anormal essa conduta dos evangélicos. Mas o problema é que a significação do termo “homofobia” vem sendo torcida por pessoas mal-intencionadas, que desejam, sim, amordaçar os que têm opiniões diferentes.

Os ativistas e simpatizantes do homossexualismo não querem reconhecer que, a despeito de sermos contrários à prática homossexual — posto que a Palavra de Deus a define como pecaminosa —, não somos favoráveis à discriminação e à perseguição aos homossexuais. E atrelam os crimes contra homossexuais à pregação do Evangelho, o que é uma desfaçatez.

Discriminação homofóbica ocorre quando um indivíduo, uma família ou uma instituição se voltam contra os homossexuais, a ponto de quererem matá-los, feri-los ou, no mínimo, humilhá-los e ridicularizá-los, tudo por conta de os tais serem diferentes. Mas nenhum evangélico que se preze agiria dessa forma, haja vista a Bíblia condenar expressamente a discriminação, a acepção de pessoas (Tg 2.9).

Ser evangélico e homofóbico, ao mesmo tempo, é um contrassenso. Por quê? Porque a homofobia, como definida pela psiquiatria, é uma aversão mórbida aos homossexuais. Se há algum evangélico que diz odiar pessoas que pensam ou agem de modo diferente, a ponto de querer humilhá-las, matá-las ou fazer-lhes mal, ele sequer pode ser chamado de cristão.

Caso o PLC 122 só proibisse a discriminação aos homossexuais, não haveria problemas. Mas ele dá margem a uma série de interpretações. Uma simples manifestação do pensamento a respeito da prática homossexual já é considerada crime de homofobia!

Políticos e jornalistas mal-informados (ou mal-intencionados) têm dito que os pastores evangélicos humilham os gays, chamando-os de filhos do demônio, doentes ou tarados. Isso não é verdade. Segundo a Palavra de Deus, todas as pessoas que não servem a Deus (e não apenas os homossexuais) são “filhos do Diabo” (1 Jo 3.10).

Para o Senhor não há meio-termo. Só existem os que estão do lado de dentro e os que estão do lado de fora (Mt 13.11; Jo 1.11,12). E afirmar isso, em tese, em uma pregação, sem apontar o dedo para uma pessoa, não é, de modo nenhum, discriminatório. É apenas a exposição do que está escrito nas Escrituras.

Os evangélicos não têm dúvidas quanto à anormalidade da prática homossexual, haja vista estar escrito no Novo Testamento que no princípio Deus criou apenas homem e mulher (Mt 19.4-6). Pela Bíblia (e também pela ciência), ninguém é homossexual de nascimento. Se houvesse a possibilidade de pessoas nascerem nessa condição, Deus jamais condenaria a prática homossexual em sua Palavra (Lv 18.22; 20.13; 1 Co 6.10; Rm 1.27). E, como Ele a condena, alguns elegebetistas radicais querem que a Bíblia seja considerada um livro homofóbico.

Não creio que toda a imprensa seja evangelicofóbica ou inimiga dos evangélicos. Ao que me parece, a opinião de alguns evidencia desconhecimento a respeito do PLC 122 e das motivações dos evangélicos. Pensam eles que queremos proibir os homossexuais de fazerem o que bem entendem. Ora, até o próprio Deus respeita a livre-vontade humana!

Evangélicos que se prezam não dizem que homossexuais são doentes, monstros, vândalos, abomináveis, etc. Eles combatem ao pecado da homossexualidade e ajudam as pessoas que desejam deixar essa prática. E pregam contra a homossexualidade com a mesma intensidade que verberam contra a soberba, a embriaguez, a calúnia, o adultério, a mentira, etc. (Gl 5.21; Ef 5.18; Mt 7.1,2; Ap 21.8).

Outrossim, impedir que homossexuais casem em uma igreja evangélica que preza os ensinamentos de Jesus não é discriminação. Os homossexuais podem casar, se quiserem, mas que procurem instituições favoráveis a esse tipo de união. Afinal, querer obrigar igrejas contrárias à prática homossexual a fazerem esses “casamentos”, além de ferir a liberdade de expressão e de culto, é um desrespeito às instituições cristãs, algumas das quais instaladas aqui há séculos.

Ciro Sanches Zibordi

terça-feira, 14 de junho de 2011

Graça Barata

Um dia um amigo de ministério me contou uma história que seria cômica se não fosse trágica.

Em um dos cultos de oração em uma igreja, uma mulher foi à frente pedindo oração pelo seu relacionamento. O pastor perguntou para ser mais específica, ao que ela disparou:

- O meu namorado é casado e agora que eu aceitei Jesus quero dar um jeito em minha vida, então disse a ele que agora teria que decidir nossa vida.

Traduzindo; a mulher queria que o homem decidisse de uma vez se iria ficar com ela ou com a sua família.

Um outro pastor me disse que teve que chamar um casal de namorados em seu gabinete pois escancaradamente diziam que tinha relacionamento sexual, e se justificavam dizendo que se Deus é amor o sexo não seria errado se feito com amor.

Infelizmente casos como estes não são tão incomuns dentro das igrejas hoje em dia. Pessoas que entendem que precisam de uma “melhora de vida” e não uma “mudança de vida”.

Diante desta constatação entendo que o nosso conceito de Salvação tem sido esvaziado dia-a-dia pela ênfase mercantilista e homocêntrica de alguma igrejas evangélicas, cuja idéia é a de que salvação é uma melhora de vida, i.e, a salvação traz a mudança financeira da minha vida, uma carro novo, um emprego que irá me pagar mais e assim por diante.

Um fator sine qua non para a salvação é o arrependimento, e arrependimento tem a ver com reconhecer seu estado de miséria e total desprovimento de direito e rendição total a Deus.

O tema do primeiro sermão de Jesus foi arrependimento; “Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” Mateus 4:17

Eu não julgo a namorada do homem casado nem o casal de namorados, mas não posso deixar de criticar nossa omissão como igreja do verdadeiro evangelho e da verdade genuína.

Pregamos um evangelho de “auto-ajuda” mas nos esquecemos que “auto” ajuda não é compatível com salvação que é graça imerecida, não vem de nós é dom de Deus.

Creio que a pergunta que temos que responder como igreja hoje é; queremos em nossos bancos pessoas que sejam bem sucedidas na vida ou queremos gente salva?

Não há problema nenhum quando as duas coisas andam juntas; o ser bem sucedido e o ser salvo; o nó acontece quando o ser bem sucedido exclui a salvação.

Não é porque sou bem sucedido que sou salvo. Poderia citar uma centena de pessoas bem sucedidas que não sabe nem mesmo quem é Jesus Cristo.

Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade. Mateus 7:22-23

Me preocupa muito o conceito de salvação e arrependimento que temos pregado em nossos púlpitos.

Em seu livro “Discipulado”, Dietrich Bonhoeffer escreve:

Graça barata significa justificação do pecado, e não do pecador. Como a graça faz tudo sozinha, tudo também pode permanecer como antes. “Afinal, a minha força nada faz”. (…..) Viva, pois, o crente como vive o mundo, coloque-se, em tudo, em pé de igualdade com o mundo, e não se atreva – sob pena de ser acusado de heresia entusiasta! – a ter, sob a graça, uma vida diferente da que tinha sob o pecado”

Entendemos que o preço da nossa salvação foi muito caro e não podemos negociar este preço de maneira alguma.

Não podemos aceitar uma graça barata pois o preço pago por Ele foi muito alto.



Mensagem do Pr Armando Junior

segunda-feira, 13 de junho de 2011

PARA ONDE OLHAR. Salmo 121:1

Quero aproveitar este momento para compartilhar com vocês um pouco sobre percepção e direção de nosso olhar. Claro que vocês precisam entender que o nosso olhar não possui apenas direção, mas sobretudo conteúdo.O gesto de erguer a cabeça e olhar para o alto, nos ensina a olhar para além das circunstâncias, para além das contingências, levantar a cabeça é uma atitude da alma, pois esta atitude nos permite a percepção do novo, das alternativas, de novos caminhos, de novos sonhos.
Começamos a descobrir novos horizontes, são as possibilidades que vão surgindo trazendo esperança e alegria para nossos corações.
O primeiro olhar a ser desenvolvido em nossas vidas é OLHAR PARA TRÁS
Não no sentido de uma letargia existencial, mas numa atitude gratidão a Deus por cada momento vivido em suas vidas, as experiências compartilhadas, os momentos difíceis e duros, as alegrias, as tristezas, as horas em tudo parecia perdido, as vitorias que Deus concedeu. Tenho certeza que tudo isso trouxe uma significativa contribuição de amadurecimento e crescimento espiritual e emocional.
Olhar para trás e afirmar com a alma cheia de alegria e gratidão: “ VALEU A PENA !
O segundo olhar que quero compartilhar é: OLHAR PARA O ALTO
E saber que existe um Deus acima de nossas vidas. Todo avanço tecnológico e cientifico de nosso mundo moderno, não foram capazes de bani-lo . A filosofia, a ciência, e todo conhecimento do mundo não conseguem tira-lo de sua posição de criador e sustentador do universo. A cada nascer do sol Ele está lá ! a cada anoitecer Ele esta lá! A cada vitória e a cada derrota Ele esta lá. Na sua onisciência, na sua Onipresença, com toda a sua Onipotência. O homem acreditando ou não Ele esta lá! Ele esta aqui!
Olha queridos, nada é tão efêmero e tão fugaz quanto a vida humana, mas nada é tão lindo quanto ela. Sempre Haverá momento de rajadas, de ventos fortes, de temporais no caminho.
Vocês hoje iniciam uma nova caminhada, é a jornada em direção ao sucesso profissional, é a busca pela conquista do território profissional, e sem duvida vão precisar aprender a olhar para o alto.
Olhar para o alto é descobrir novas possibilidades, criar novas pontes de realizações, sim pois o Senhor, é um Deus de milagres e realizações, para Ele não existe idade para a realização de algo sobrenatural. Haverá momentos que vocês vão olhar par o alto e afirmar: SÓ DEUS, SÓ DEUS !!
Terceiro e último olhar, é: OLHAR PARA FRENTE
Olhar para frente além de significar que eu estou disposto a continuar, a lutar, a crescer, também significa que eu estou aberto para que Deus realize algo em mim e através de mim.
Olhar para frente, significa que a sua vida está disposta a superar os obstáculos a ser útil para Deus e para sociedade, é crer que os que esperam no Senhor renovam as suas forças e sobem como águias e descobrem novos horizontes e sabem que além das montanhas, há um lugar lindo para viver e conquistar!

CRISTO E A MÚSICA

Deixe-me explicar: a primeira afirmação diz que a música deve ser baseada nas Escrituras, e uma música baseada nas Escrituras é uma música baseada em Cristo.

Jesus fala com os mestres da Lei e diz o seguinte: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (Jo 5:39). São as Escrituras que testificam de Jesus; e se nós compomos músicas que pregam verdades das Escrituras, compomos músicas que pregam verdades sobre Jesus.

Ele, falando com os discípulos no caminho de Emaús, em Lucas 24:27, diz: “E, começando por Moisés, e por todos os profetas, [Jesus] explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras”. Em toda a Escritura, em todo o Antigo Testamento… Jesus estava mostrando para aquelas pessoas que lá tudo testificava dEle. Se nós compomos músicas baseadas nas Escrituras, compomos músicas baseadas em Cristo, por que Jesus é tudo na Escritura.

Nós não temos essa noção por que nossas pregações não trazem essa verdade. Entenda: sobre quem a Bíblia fala? Ela fala sobre mim ou ela fala sobre Cristo? Nós ouvimos pregações que dizem: “O Antigo Testamento: Davi e Golias. Você é Davi, vença seus gigantes!”, ou então sobre todas as outras passagens: “Você é Ester, vá lá e enfrente o Rei”. Mas, será que nós somos Ester, nós somos Davi; ou Cristo é?

Jesus é Adão. Não um Adão que pecou, mas um Adão que venceu e sua vitória foi imputada sobre nós. Ele é o Cordeiro que foi morto no Éden, para encobrir a nudez dos pecadores. Ele é a Árvore da Vida que traz vida eterna para aqueles que o recebem e comem dEle. Ele é Abel, que o seu sangue clama, não por condenação, mas por justiça. Ele é Abraão, que saiu da terra para andar por outro país desconhecido, para criar um povo incontável. Ele é Jacó, que recebeu nossa ferida ao lutar por nós. Ele é Moisés guiando seu povo. Ele é a rocha de Moisés vertendo água. Ele é o galho lançado na Água amarga. Ele é Jó, o justo que sofreu. Ele é Davi, vencendo os gigantes que iam nos derrotar. Ele é Ester, indo diante do Rei interceder pelo povo. Ele é Jonas, sendo lançado no mar para salvar a tripulação. Ele é o cordeiro da páscoa, ele é o templo, ele é o profeta, ele é o sacerdote, ele é o rei, ele é o sacrifício, ele é a luz, ele é o pão, ele é o dízimo, ele é o sábado, ele é tudo. Cristo é, não você. Cristo é o conteúdo da Escritura. Se compomos músicas sobre a Escritura, compomos músicas sobre Cristo. Nossas músicas falam sobre quem? Sobre Jesus, primordialmente, ou sobre você?

Gosto muito de uma história de Charles Spurgeon, sobre um gaulês que ouviu um jovem pregar um sermão “magnífico, grandioso, pretensioso e bombástico”. Spurgeon continua:

“depois de chegar ao fim [do sermão], perguntou ao gaulês o que achava a respeito. O homem respondeu que não dava nenhum valor a ele. “E por que não?” “Porque não havia nele nada de Jesus Cristo.” “Ora”, disse o pregador, “mas meu texto não apontava naquela direção”. “Não importa”, disse o gaulês, “seu sermão deve seguir naquela direção”. “Não vejo o assunto assim”, disse o jovem. “Então”, disse o outro, “você ainda não vê como deve pregar. O modo certo de pregar é o seguinte: De cada aldeia minúscula na Inglaterra — não importa em que região — sempre sai, com toda a certeza, uma estrada para Londres. Embora talvez não haja estrada para outros lugares, certamente haverá uma estrada para Londres. Da mesma forma, de cada texto na Bíblia há uma estrada que leva a Jesus Cristo, e o modo certo de pregar é, simplesmente, dizendo: ‘Como posso, tomando esse texto como ponto de partida, chegar até Jesus Cristo?’ e, então, ir pregando pela estrada afora”. “Mas”, disse o jovem, “suponhamos que descubro um texto que não tem uma estrada que leva a Jesus Cristo?” “Faz quarenta anos que estou pregando”, disse o velho, “e nunca achei um texto bíblico assim; mas se chegar a achar um, passarei por sebes e cercas, e chegarei até Ele, porque nunca termino sem introduzir meu Mestre no sermão”.

Essa é uma verdade sobre pregação, mas a música, como pregação, precisa viver essa verdade. Precisamos, de algum modo, levar o tema que pregamos a Cristo; de algum modo, levar o tema da canção a Jesus. De algum modo levar ao carpinteiro de Nazaré que morreu para me salvar. Claro, nem todas as músicas são completamente cristocêntricas, Nem todas as músicas serão completamente baseadas nos atributos de Deus, ou completamente como um meio profundo de ensino; claro que elas serão um pouco mais focadas em um destes pontos do que outro. Mas, no conjunto, no canto congregacional como um todo, esses três pontos não podem faltar e não podem estar negligenciados em nenhuma música.

Por Yago Martins

segunda-feira, 28 de março de 2011

MÊS DE ABRIL - EVANGELÍSMO E MISSÕES

Estará conosco em Apucarana, durante todo o mês de Abril, o ex-padre Lourival e sua esposa a ex-freira Maria de Fátima, testemunhando em todas as igrejas do campo.

Ex-Padre Lourival e irmã Maria de Fátima.

Ex-padre já prega na Assembléia de Deus como evangélico
A cidade de Sousa viveu um reboliço com a notícia, que tomou conta das principais rádios da cidade, dando conta de que um padre havia se tornado evangélico. Trata-se do ex-padre Lourival Luiz de Sousa, ele que reside no Núcleo II, recebeu a ordenação ao sacerdócio católico (padre) em 18/06/2000 e exercia o sacerdócio há quase 10 anos, ao longo desse período ele foi o pároco das cidades de Aguiar/PB, Igaraci/PB, Diamante/PB, Boa Ventura/PB, Curral Velho/PB e Belém do Brejo do Cruz/PB, tendo visitas marcantes em igrejas de outras cidades, e, ainda era auxiliar nas igrejas de Sousa e Cajazeiras.

Ocorre que o mesmo, estudando a Palavra de Deus – a Bíblia Sagrada – percebeu, quando ainda exercia o sacerdócio na cidade de Diamente/PB em 2003 que estava ensinando uma doutrina que contraria a Bíblia Sagrada e, naquela cidade, começou a ensinar às pessoas que a Bíblia reprova a adoração às imagens de escultura (Sabedoria 15.15-18 – livro apócrifo; Êxodo 20.4,5; Isaías 45.20; Deuteronômio 4.15-19; ) e que o único Salvador é Jesus Cristo (João 4.23; Atos 4.12; I Timóteo 2.5) e nãos as tradições das igrejas. E prosseguiu ensinando que a Bíblia é o caminho para conduzir as pessoas a fazerem a vontade de Deus e se aproximarem de Deus (Tiago 4.8), devendo servi-lo de toda alma e de todo o coração (Marcos 12.30-33) e não apenas com obras de caridade, visto que a salvação é obtida pela graça de Deus, por meio da fé, sendo um dom de Deus e não vem das obras (caridades e coisas semelhantes) para que ninguém se glorie (Efésios 2.8,9).

Após, as reiteradas leituras da Bíblia integralmente o ex-padre Lourival passou a sentir forte desejo de ser evangélico e congregar numa igreja onde se adorasse a Deus verdadeiramente, onde os verdadeiros adoradores adoram ao Pai em espírito e em verdade (João 4.23). Baseado em João 8.32 (E conhecereis a verdade e a verdade – Jesus – vos libertará) e em João 8.36 (Se, pois, o Filho vos libertar verdadeiramente sereis livres).

Havia mais de um ano que o ex-padre era ouvinte cativo do Programa A Bíblia no Ar, programa radiofônico da AD-Sousa, levado ao ar pela Rádio Progresso de Sousa – AM 610, das 21 as 22 horas, de segunda a sexta-feira, e, no domingo, das 13 as 14 horas. O que chamava a atenção dele é que em tais programas nunca se falava contra a Igreja Católica, apenas se pregava a Palavra de Deus, e o genuíno e verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo e, aos poucos ele foi entendendo que Deus o queria na Assembleia de Deus, congregando com os irmãos da AD-Sousa.

E na última quarta-feira, dia 28/abril/2010, o ex-padre compareceu à Igreja Católica do Núcleo II, onde ele celebrava missas, para se despedir das pessoas e dizer em público que não mais seria celebraria missas, nem seria mais sacerdote, pois estaria assumindo Jesus como único salvador e governador de sua vida.

Na quarta-feira (2804/2010), às 19 horas, ao chegar na Igreja Católica, que estava lotada, ele pediu para abrirem a Bíblia em I Timóteo 2.5, onde diz que “há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” e disse: “Na Primeira Carta de Timóteo, capítulo 2 e versículo 5, está escrito que só há um Mediador entre Deus e os homens – Jesus Cristo, e a partir de hoje eu tomei a decisão de não mais ser católico e nem sacerdote e a partir de hoje eu sou evangélico da Igreja Assembleia de Deus”. As pessoas escandalizadas não acreditavam no que ouviam, uns choravam, outros diziam que o padre estava louco/doido, outros choravam… os parentes, pais e irmãos e irmãs tomaram um choque muito grande e estão chateados e escandalizados, inclusive uma sobrinha do mesmo disse que estava com raiva do mesmo e ele simplesmente disse que a perdoava, pois Deus é amor e nele havia agora o verdadeiro amor de Deus em seu coração.

Muito enfático, o ex-padre Lourival Luiz de Sousa disse que nem de longe passou pela cabeça de titubear, embora estivesse vendo muita gente chorando na igreja e muitos escandalizados, mas eles estava convicto da decisão de aceitar a Jesus como Salvador, pois a Bíblia diz que “quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e o quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim” (Mateus 10.37).

Já na sexta-feira, dia 30/abril/2010, o irmão Lourival participou de um grande culto na AD-Sousa, onde foi bem acolhido, com a presença do Pastor Alexandre Duarte da Costa, com a igreja superlotada, onde o mesmo adorou a Deus e testemunhou sobre a decisão de aceitar a Jesus, pedindo aos irmãos que orassem por ele, pois tem sido alvo de rejeição e de perseguição na sociedade sousense, sofrendo inclusive forte pressão da Igreja Católica para desistir da decisão de ser crente.

O Pastor Alexandre Duarte da Costa, juntamente com a Assembleia de Deus em Sousa/PB, acolheu muito bem o irmão Lourival e está prestando toda a assistência necessária ao novo irmão na fé, fornecendo apoio espiritual, social e material necessários ao fortalecimento da fé do novo irmão.

A Carta de Renúncia ao Sacerdócio Católico, preparada de próprio punho pelo ex-padre Lourival Luiz de Sousa, foi entregue, na manhã do sábado, dia 01/maio/2010, pessoalmente ao Bispo Diocesano D. José González na Diocese da Igreja Católica em Cajazeiras/PB, diocese a qual o ex-padre estava vinculado.

Fonte: Gazeta da Paraíba / Folha do Sertão

GRANDE CORAL DO CIRCULO DE ORAÇAO DO CAMPO DE APUCARANA.

http://www.youtube.com/watch?v=ERISCOZ7-rQ

terça-feira, 22 de março de 2011

Tomás de Aquino e a vaca que voava
by Marcello de Oliveira on 21. mar, 2011 in Estudos Bíblicos

Contam que Tomás de Aquino encontrava-se em sua sala, no convento de São Jaques, curvado sobre obscuros manuscritos medievais, quando de repente, um frade entra na sala e exclama:

- Venha ver, irmão Tomás, venha ver uma vaca voando!

Tranquilamente, o grande doutor da igreja ergue-se do banco, deixou a sala e, vindo para o átrio do mosteiro, pôs-se a olhar o céu, colocando as mãos sobre os olhos fatigados do estudo. Ao vê-lo assim, o frade jovial desatou a rir com intensidade.

- Ora, irmão Tomás, então sois tão crédulo a ponto de acreditardes que uma vaca pudesse voar?

- Por que não, meu amigo? Tornou o santo.

E com a mesma simplicidade e rara sabedoria disse:

- Eu prefiro admitir uma vaca voar a acreditar que um religioso pudesse mentir.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Arminianismo



Justo L. Gonzaléz



ARMINIANISMO. A posição de Jacob Armínio (1560-1609) e seus seguidores – frequentemente conhecidos como remonstrantes – quanto à graça, o livre-arbítrio, à predestinação e à perseverança dos crentes. Armínio era um teólogo calvinista holandês que, em todos aqueles pontos nos quais a tradição reformada diferia da católica ou da luterana, continuou sendo calvinista. É importante recordar isso, visto que frequentemente se diz que o arminianismo é o contrário do calvinisrno, quando na realidade tanto Arrnínio como seus seguidores eram calvinistas em todos os pontos, exceto nos que debatiam. Além disso, é necessário notar que o debate envolvia também o interesse de um dos grupos em sublinhar o calvinismo estrito a fim de salvaguardar a independência recentemente conquistada do país, enquanto que o outro buscava posições que tornassem mais fácil para o país comercializar com outros que não fossem estritamente calvinistas. Em parte, por essa razão, os calvinistas estritos fundamentavam seus argumentos sobre as Escrituras, e o princípio da justificação só pela graça, construindo sobre isso um sistema rigidamente lógico e racional, enquanto seus opositores desenvolveram argumentos igualmente coerentes fundamentados sobre os princípios geralmente aceitos da religião – razão pela qual em certo modo foram precursores do racionalismo.



Armínio envolveu-se em um debate quando resolveu refutar as opiniões daqueles que rejeitavam a doutrina calvinista estrita da predestinação. Mas então se convenceu de que eram eles que tinham razão, e se tornou o principal defensor dessa posição. Os calvinistas estritos que se opuseram a ele e que mais tarde condenaram seus ensinamentos eram supralapsarianos. Sustentavam que Deus havia decretado antes de tudo a eleição de alguns e a reprovação de outros, e depois havia decretado a queda e suas consequências, de tal modo que o decreto inicial da eleição e reprovação pudesse ser cumprido. Também sustentavam que as consequências da queda são tais que toda a natureza humana está totalmente depravada, e que o decreto da predestinação é tal que Cristo morreu unicamente pelos eleitos, e não por toda a humanidade. Em princípio, Armínio tratou de responder a essas opiniões adotando uma posição infralapsariana; mas logo se convenceu de que isso não bastava. Criticou então seus adversários argumentando, em primeiro lugar, que sua discussão dos decretos da predestinação não era suficientemente cristocêntrica, visto que o verdadeiro grande decreto da predestinação é aquele “pelo qual Cristo foi destacado por Deus para ser o salvador, a cabeça e o fundamento daqueles que herdarão a salvação”; e, em segundo lugar, que a predestinação dos fiéis por parte de Deus baseia-se em sua presciência de sua fé futura.



Visto que a doutrina da predestinação de seus opositores se fundamenta na primazia da graça, e de uma graça irresistivel, Armínio respondeu propondo uma graça “preveniente” ou “preventiva”, que Deus dá a todos, e que os capacita para aceitar a graça salvadora se assim decidirem. E, visto que a graça não é irresistivel, isso implica que é possível um crente, mesmo depois de haver recebido a graça salvadora, cair dela. Foi contra todas essas propostas dos arminianos que o Sínodo de Dordrecht, ou de Dort (1618-19) afirmou os cinco pontos principais do calvinismo estrito, a depravação total da humanidade, a eleição incondicional, a expiação limitada por parte de Cristo, a graça irresistivel, e perseverança dos fiéis.



As teorias de Armínio foram adotadas por vários teólogos de tradição reformada que não estavam dispostos a levar seu calvinismo às consequências que Dordrecht as havia levado. O mais destacado entre eles foi João Wesley (1703-91). Entre os batistas ingleses, aqueles que aceitaram o arminianismo receberam o nome de “batistas gerais”, porque insistiam que Cristo morreu por todos, enquanto que aqueles que ensinavam a expiação limitada foram chamados “batistas particulares”.

TODO PREGADOR DEVE SABER!

Pregação e pregadores pentecostais? Do que estamos falando? De algum tipo ou classe especial de pregação e pregadores? Não. Pregação e pregadores pentecostais se fundamentam no perfil bíblico da pregação e do pregador da palavra de Deus. Observemos algumas características da pregação e dos pregadores genuinamente pentecostais:

PREGAÇÃO PENTECOSTAL É AQUELA FUNDAMENTADA NA BÍBLIA SAGRADA

Na primeira pregação após o derramamento do Espírito Santo em Pentecostes (At 2.1-4), o apóstolo Pedro fundamentou a sua mensagem nas Escrituras do Antigo Testamento, citando o profeta Joel:

"Então, se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a voz, advertiu-os nestes termos: Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas minhas palavras. Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando, sendo esta a terceira hora do dia. Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão. Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo." (At 2.14-21)

Pedro citou também os Salmos:

"Porque a respeito dele diz Davi: Diante de mim via sempre o Senhor, porque está à minha direita, para que eu não seja abalado. Por isso, se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; além disto, também a minha própria carne repousará em esperança, porque não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção. Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, encher-me-ás de alegria na tua presença." (At 2.25-28)

"Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita,até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés." (At 2.34-35)

Estêvão, discorrendo diante dos seus acusadores (At 7.1-53), faz igualmente uso das sagradas Escrituras, citando textos de Gênesis, Êxodo, Levítico, Deuteronômio, Salmos, Josué, Isaías, Jeremias, Amós, Neemias, 1 e 2 Samuel, 1 Reis, 1 e 2 Crônicas e Ezequiel.

Toda pregação genuinamente pentecostal não se fundamenta em sonhos, visões ou revelações, se fundamenta na Palavra. Quando sonhos, visões ou revelações são citados, devem ser analisados à luz das Escrituras.

PREGAÇÃO PENTECOSTAL NÃO É RESULTADO DA DISTORÇÃO OU DA MÁ INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SAGRADO
A pregação pentecostal precisa ser fiel ao texto bíblico. Para isso, precisa-se aplicar à interpretação bíblica o método histórico-gramatical, que considera o significado do texto para o escritor e seus destinatários originais. Filipe, o diácono evangelista, foi um grande exemplo de fidelidade à interpretação bíblica:

"Um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Dispõe-te e vai para o lado do Sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi. Eis que um etíope, eunuco, alto oficial de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todo o seu tesouro, que viera adorar em Jerusalém, estava de volta e, assentado no seu carro, vinha lendo o profeta Isaías. Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o. Correndo Filipe, ouviu-o ler o profeta Isaías e perguntou: Compreendes o que vens lendo? Ele respondeu: Como poderei entender, se alguém não me explicar? E convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele. Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: Foi levado como ovelha ao matadouro; e, como um cordeiro mudo perante o seu tosquiador, assim ele não abriu a boca. Na sua humilhação, lhe negaram justiça; quem lhe poderá descrever a geração? Porque da terra a sua vida é tirada. Então, o eunuco disse a Filipe: Peço-te que me expliques a quem se refere o profeta. Fala de si mesmo ou de algum outro? Então, Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura, anunciou-lhe a Jesus." (At 8.26-35)

Distorcer ou interpretar de forma equivocada as Escrituras é um ato irresponsável e inaceitável para um pregador pentecostal. Com o propósito de agradar e de manipular as massas, muitos absurdos estão sendo ditos e pregados em nossos púlpitos, sob a alegação de estar sendo pregada a genuína mensagem de Deus.

Um caso típico é a exposição do Salmo 68.4.

Ao tentar falar da possibilidade da “ação imediata de Deus”, alguns pregadores utilizam geralmente a seguinte expressão: “A Bíblia diz que o seu nome é Já”.

A Bíblia diz isto? Em qual texto?

O fato é que o Salmo 68.4 (e outros textos), nas versões mais antigas da Bíblia foi traduzido da seguinte forma:

“…pois o seu nome é JÁ”.

Observe que nas traduções mais antigas o termo foi traduzido com as duas letras (J e A) na forma maiúscula.

JÁ é uma forma contraída de Yahweh (um dos nomes de Deus no hebraico). O termo ocorre muitas vezes no Velho Testamento. Esta forma contraída entra na composição de diversos nomes próprios bíblicos, e na formação da palavra Aleluia, que significa “louvado seja Yah” (Sl 150.1,6).

Nas versões mais recentes a tradução JÁ, JÁH ou YAH foi trocada por “SENHOR” (ARA) e “JEOVÁ” (ARC);

“Cantai a Deus, salmodiai o seu nome; exaltai o que cavalga sobre as nuvens. SENHOR é o seu nome, exultai diante dele.” (Sl 68.4, ARA)

“Cantai a Deus, cantai louvores ao seu nome; louvai aquele que vai sobre os céus, pois o seu nome é JEOVÁ; exultai diante dele.” (Sl 68.4, ARC)

Deus faz as coisas “Já” se quiser? É claro que sim, mas, não é isto que os textos onde aparece a contração “JÁ”, “JÁH” ou “YAH” significa.

Este é um, de tantos outros exemplos que poderíamos citar (Jó 42).

PREGAÇÃO PENTECOSTAL É SIMPLES E PODEROSA

O propósito da pregação é comunicar a verdade de Deus. Comunicação só acontece quando a mensagem emitida é recebida e compreendida pelo receptor. Todos os grandes pregadores pentecostais, por mais cultos e inteligentes que foram, falaram com simplicidade, clareza e poder para os seus ouvintes. Sobre isso escreveu Paulo:

"Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus. " (1 Co 2.1-5)

Apesar de seu vasto conhecimento teológico, o apóstolo Paulo não se preocupava em demonstrar erudição, intelectualismo ou qualquer outra qualidade acadêmica. Seu interesse estava em pregar com simplicidade, clareza e poder a palavra de Deus.

É lamentável ver nos dias atuais, em decorrência de algum nível de formação acadêmica por parte de pregadores, muitas pregações se transformando em meras exposições intelectuais. Pura verborréia acadêmica e teológica, destituídas de graça e poder do Espírito.

A pregação pentecostal deve ser simples e poderosa, clara e profunda. Trata-se aqui de um poder e de uma profundidade que alcançam o intelecto, tocam as emoções e direcionam a vontade humana.

PREGADORES PENTECOSTAIS NÃO BUSCAM A PRÓPRIA GLÓRIA
Em plena sociedade do espetáculo, influenciados por uma cultura narcísica, muitos pregadores buscam ansiosamente pela glória do púlpito.

Os referenciais bíblicos são mais uma vez necessários, para que toda uma geração de novos pregadores possa retornar à palavra, tendo-a como modelo e referência para o ministério da pregação.

Observemos o exemplo de Pedro:

"No dia imediato, entrou em Cesaréia. Cornélio estava esperando por eles, tendo reunido seus parentes e amigos íntimos. Aconteceu que, indo Pedro a entrar, lhe saiu Cornélio ao encontro e, prostrando-se-lhe aos pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Ergue-te, que eu também sou homem." (At 10.24-26)

Pedro, o primeiro a pregar após o derramar do Espírito em Pentecostes, com um ministério marcado por curas e libertações, ao ser recebido pelo centurião Cornélio, foi adorado pelo mesmo, mas não alimentou tal atitude, pelo contrário, ordenou que se levantasse, pois era homem tanto quanto ele, falho imperfeito e limitado. Pedro entendia que era a graça de Jesus que operava por sua vida. Hoje, ao contrário de Pedro, muitos pregadores buscam adoradores para si mesmos.

Paulo não fica atrás em termos de exemplo:

"Em Listra, costumava estar assentado certo homem aleijado, paralítico desde o seu nascimento, o qual jamais pudera andar. Esse homem ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos e vendo que possuía fé para ser curado, disse-lhe em alta voz: Apruma-te direito sobre os pés! Ele saltou e andava. Quando as multidões viram o que Paulo fizera, gritaram em língua licaônica, dizendo: Os deuses, em forma de homens, baixaram até nós. A Barnabé chamavam Júpiter, e a Paulo, Mercúrio, porque era este o principal portador da palavra. O sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade, trazendo para junto das portas touros e grinaldas, queria sacrificar juntamente com as multidões. Porém, ouvindo isto, os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgando as suas vestes, saltaram para o meio da multidão, clamando: Senhores, por que fazeis isto? Nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles; o qual, nas gerações passadas, permitiu que todos os povos andassem nos seus próprios caminhos; contudo, não se deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos do céu chuvas e estações frutíferas, enchendo o vosso coração de fartura e de alegria. Dizendo isto, foi ainda com dificuldade que impediram as multidões de lhes oferecerem sacrifícios." (At 14.8-18)

Assim como nos dias de Paulo, multidões diariamente desejam "sacrificar" aos pregadores da atualidade. A mentalidade idólatra é a mesma. O pior é que muitos aceitam e promovem o sacrifício a si mesmos. Em vez de impedir as multidões, incentivam as mesmas. Quanto mais idolatrados, mas gostam, mas querem, mais desejam.

Que os pregadores pentecostais da atualidade possam aprender com os grandes exemplos de Pedro e Paulo.

PREGADORES PENTECOSTAIS NÃO MANIPULAM A CONVERSÃO DE VIDAS

É provável que em algum momento de sua vida, ou você testemunhou, ou foi vítima de um pregador manipulador.

Pregadores manipuladores entendem, que a "confirmação" da autenticidade e da espiritualidade da mensagem que pregam depende exclusivamente dos resultados imediatos. Dessa forma, fazem de tudo, usam de todos os artifícios possíveis para que vidas venham à frente diante do seu apelo. Eu mesmo já vi muita coisa desse tipo. Como exemplo, posso citar casos onde o pregador mandou que os visitantes ficassem de pé, dirigindo a palavra para eles, para em seguida tentar de forma clara constrangê-los a vir à frente. Em alguns casos, já vi pregador orientar para que os irmãos arrastassem pelos braços os não crentes.

Pregadores pentecostais precisam entender, que os resultados de uma pregação genuinamente pentecostal nem sempre são imediatos. Há muitas vidas que não aceitam o apelo do pregador, mas levam consigo a mensagem no coração, para futuramente se converterem ao Evangelho de Jesus. O pregador só precisa ter a consciência que orou, estudou a Palavra e colocou a mensagem sob a direção do Espírito.

Quando lemos nas Escrituras o registro da primeira pregação pentecostal, encontramos lá o seguinte trecho:

"Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo. Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar. Com muitas outras palavras deu testemunho e exortava-os, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas." (At 2.36-41)

Extraímos do texto acima as seguintes lições:

- Pregadores pentecostais não pregam o que as pessoas gostariam de ouvir. Pregam o que elas precisam ouvir, possibilitando dessa forma, que tomem consciência da sua condição de pecadores;

- Pregadores pentecostais não pregam apenas às emoções de seus ouvintes. Pregam também à sua vontade e intelecto;

- Pregadores pentecostais simplesmente pregam. A palavra deve ser aceita pelos ouvintes, e não imposta aos ouvintes.

Preguemos dessa forma, e deixemos que o Espírito Santo trabalhe no coração dos nossos ouvintes.

PREGADORES PENTECOSTAIS NÃO TENTAM MANIPULAR O PODER E O MOVER DO ESPÍRITO


A manipulação do poder do Espírito é algo impossível de ser realizado. Os homens podem ser manipulados, mas o Espírito nunca. Com o objetivo de demonstrar poder e autoridade espiritual, alguns pregadores usam e abusam das mais estranhas práticas, fazem e falam as mais absurdas bobagens. Pulam, gritam, choram, riem, deitam, correm, afirmam estar vendo anjos e fogo, profetizam, agonizam, tudo isso para tentar impressionar o público, que quando ingênuo, acaba acreditando no que falam, e fica admirado com o que observa.

Não estou afirmando que o pregador deve ser uma máquina no púlpito, que não pode expressar suas emoções e sentimentos. Falo é dos exageros das pseudas demonstrações de poder. Um exemplo de pregação poderosa pode ser vista em Atos 10.44-46:

"E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus. "

Pregadores pentecostais não precisam tentar manipular o poder do Espírito. Só precisam pregar no poder do Espírito.

PREGADORES PENTECOSTAIS NÃO PREGAM APENAS ÀS MULTIDÕES

Na sociedade do espetáculo, quanto maior o público, melhor. Pregadores genuinamente pentecostais pregam para cem mil ouvintes, e com a mesma motivação pregam para apenas um ouvinte.

O diácono e evangelista Filipe foi um pregador pentecostal que atraiu multidões:

"Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo. As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava. Pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados. E houve grande alegria naquela cidade." (At 8.5-8)

Na hora que precisou deixar as multidões, para na direção do Senhor pregar a um só homem, Filipe não esitou e nem desanimou. Cumpriu com humildade e excelência a tarefa que lhe foi dada:

"Um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Dispõe-te e vai para o lado do Sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi. Eis que um etíope, eunuco, alto oficial de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todo o seu tesouro, que viera adorar em Jerusalém, estava de volta e, assentado no seu carro, vinha lendo o profeta Isaías. Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o. Correndo Filipe, ouviu-o ler o profeta Isaías e perguntou: Compreendes o que vens lendo? Ele respondeu: Como poderei entender, se alguém não me explicar? E convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele. Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: Foi levado como ovelha ao matadouro; e, como um cordeiro mudo perante o seu tosquiador, assim ele não abriu a boca. Na sua humilhação, lhe negaram justiça; quem lhe poderá descrever a geração? Porque da terra a sua vida é tirada. Então, o eunuco disse a Filipe: Peço-te que me expliques a quem se refere o profeta. Fala de si mesmo ou de algum outro? Então, Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura, anunciou-lhe a Jesus. Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar onde havia água, disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que seja eu batizado? {Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.} Então, mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco." (At 8.26-38)

Pregadores pentecostais podem até atrair multidões, mas não se apegam à elas.

Que o Senhor, neste início de século, levante muitos pregadores genuinamente pentecostais para uma grande semeadura, e para uma maravilhosa colheita em todo o mundo!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011