sexta-feira, 17 de junho de 2011

Seu Diabo é Grande Demais - E. Lutzer

Essa é uma realidade na "igreja" dos nossos dias. O diabo é muito grande, se ficamos fascinados por ele; o diabo é muito grande, se achamos que temos de cumprir um compromisso com ele; o diabo é muito grande se somos vítimas de uma maldição, colocada sobre nós. O diabo é grande demais se vivemos com medo de que nosso futuro esteja em suas mãos...

O pecado aciona a lei das conseqüências não planejadas. Isso é verdade para nós, como para todas as criaturas de Deus.

Por que Satanás estava fadado ao fracasso? Ele era limitado para alcançar o que desejava.
O que Lúcifer esperava alcançar quando se rebelou contra Deus? Ele queria ser semelhante ao Altíssimo. Mas isso seria possível realmente?

Quando teólogos falam sobre Deus, usam três palavras que começam com o prefixo “oni” – que significa simplesmente “todo”. Deus é Onipresente, pois está presente em todos os lugares; Ele é Onipotente, pois é o Todo-poderoso; Ele é Onisciente, pois tem todo o conhecimento. Esses atributos são a própria essência da natureza de Deus.

Quantos desses atributos Lúcifer receberia, se conseguisse ser “semelhante a Deus”? A resposta é fácil e clara: Nenhum.
Ele jamais seria onisciente, ou seja, nunca poderia saber tudo. Ele sabia que um homem planejava assassinar o presidente dos Estados Unidos, quando chegasse a Dallas, Texas, no dia 22 de novembro de 1963. Ele não sabia, contudo, se isso realmente aconteceria. O assassino podia mudar de idéia, a arma podia falhar, ou talvez o motorista do carro, no último instante, resolvesse fazer um itinerário diferente. Deus sabe exatamente o que acontecerá, mas Satanás é capaz apenas de fazer uma previsão acurada. Embora conheça os planos, ele não sabe qual será o resultado final. Ele pode influenciar nas decisões humanas, mas nunca dirigi-las. ( O homem é escravo do pecado em seu próprio coração ) – Suas previsões mais insignificantes sempre envolvem o grande risco de jamais se concretizarem.
Isso explica por que, no Antigo Testamento, o reconhecimento de um falso profeta era feito às vezes pelo erro de suas previsões. Apesar de acertar algumas vezes, somente Deus pode prever o futuro de forma infalível. Portanto, um verdadeiro profeta de Deus sempre acerta 100% das vezes.

E quanto à onipresença? Lúcifer seria capaz de encher todo o universo com sua presença? Poderia estar em todos os lugares simultaneamente? Não, ele jamais conseguiria. Pode viajar rápido, mas quando se encontra na Índia, não consegue estar em Brasília. Quando trava uma batalha no Rio de Janeiro, não pode estar numa reunião de oração na Coréia. Portanto, nunca será onipresente.

É verdade que multidões de demônios estão espalhadas pelo mundo, realizando as obras do diabo, mas cada um desses anjos caídos também não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo.

E quanto a onipotência? Lúcifer nunca seria todo-poderoso. Ele não tem poder para criar nem uma molécula, muitos menos estrelas... Nem pode sustentar o Universo pela “palavra do seu poder”. Quando procura imitar a habilidade criadora de Deus, ele sempre apela para as fraudes e falsificações. Não, ele jamais será onipotente.

Em que sentido então ele poderia ser “semelhante ao Altíssimo”? Apenas nisso: ele achou que se tornaria INDEPENDENTE. Ele sabia que suas realizações sempre seriam apenas uma sombra daquilo que Deus pode fazer. A alegria, contudo, de saber que agiria sem a aprovação de Deus, fazia o risco valer a pena. Então poderia dar ordens e não mais recebê-las. Pelo menos esse era o seu plano.

A IRONIA é que na independência alardeada por Satanás, na realidade, tornar-se-ia outra forma de dependência à vontade e aos propósitos de Deus. Realmente, ele não dependeria da orientação do Todo-Poderoso nas decisões que tomasse, mas cada um dos seus atos de rebelião estaria debaixo do controle cuidadoso e da direção de Deus.

Ele, com certeza, podia desafiar o Criador, mas todas as suas atividades sempre seriam restritas àquilo que Deus permitisse. Sua independência só a muito custo poderia ser digna desse nome. Ele se rebelou para não ser mais um servo de Deus e, apesar disso, jamais conseguiu ou conseguirá sua independência.

Se Milton pensou estar certo ao dizer que Lúcifer preferiu ser rei no inferno do que servo no céu, ele (Lúcifer) estava completamente enganado. Lúcifer descobriu, para seu desgosto, que no final continuaria eternamente SERVO DE DEUS. E, como a Bíblia ensina claramente, NÃO EXISTEM REIS NO INFERNO!!!!

Aquele que odiava a idéia de servir, tornar-se-ia um outro tipo de servo. Ao invés do serviço voluntário, abraçaria uma servidão relutante, um serviço com uma motivação diferente em direção a um final diferente; mas, de qualquer maneira, SEMPRE UM SERVO. Finalmente como fazia quando ambos estavam em harmonia.

Satanás estava condenado a uma existência vazia, interminável, sem descanso, e miserável. Ele sempre seria impelido a desprezar a Deus e tentar agir contra Ele. Ainda assim, no final, seria compelido a promover os propósitos divinos. Ao invés da alegria na presença de Deus, teria eterna humilhação; no lugar do amor de Deus, receberia a ira e o juízo eternos.

O orgulho fez com que Lúcifer perdesse todos os seus privilégios. Ele assumiu um grande risco, ao achar que, se não pudesse destronar a Deus, pelo menos conseguiria estabelecer seu próprio trono, em algum lugar do Universo.

Ele subestimou a Deus e superestimou a si mesmo

ELE ERA LIMITADO NAQUILO QUE PODIA PREVERLúcifer sabia que surgiriam algumas conseqüências devido à sua decisão, mas não tinha idéia de como seriam. Lembre-se, até esse momento não havia nenhum tipo de rebelião no Universo. Ele não podia aprender com os erros dos outros; e uma vez que cruzou a linha, era muito tarde pra recuar de seu grande propósito. Mais importante, ele não podia prever o advento de Cristo para redimir o homem, nem podia contemplar sua própria condenação eterna no lago de fogo.

Ele não sabia que apenas um terço dos anjos escolheria se unir a sua causa rebelde (Ap 12.4 diz que a cauda do dragão “levou após si a terça parte das estrelas do céu” ). Se ele pensou que todos os que estavam sob sua autoridade ficariam ao seu lado em sua oferta de independência, teve de engolir essa decepção.

Pense nisso. Para cada anjo que o respeitava, dois continuaram fiéis a Deus! Talvez Satanás tenha ficado surpreso por ver como o Céu funcionava bem sem sua supervisão e autoridade. Não importa quão confiantemente ele exercia seu pode adquirido, pois seu sucesso era apenas parcial.

Durante um determinado tempo, ele só pôde remoer o seu erro. Só lhe restava aguardar que Deus desse o próximo passo.

ELE ERA LIMITADO NO CONTROLE DOS DANOSApesar de não termos dito explicitamente, existe pouca dúvida em minha mente de que Lúcifer lamentou profundamente sua decisão, no momento em que a mesma foi tomada. Ele havia atravessado um portal desconhecido, na esperança de que o abriria para um brilhante futuro, contudo, não sabia que havia um abismo do outro lado.

Então, tendo experimentado o pecado em primeira mão, ele sabia que perdera a maior aposta de sua carreira. Ele fez a “roda da fortuna” girar e não percebeu que Deus tinha o controle de cada uma das suas rotações. Em qualquer lugar que ela parasse, ele sempre seria o PERDEDOR – um perdedor por TODA ETERNIDADE.

Rapidamente, ele aprendeu que não é gratificante estabelecer um reino rival, só para descobrir que fatalmente falhar. Por mais agradável que seja a independência, não ajuda muito se você é independentemente DERROTADO, independentemente ATORMENTADO e independentemente ENVERGONHADO.

Se ele soubesse disso!! Ele pegou o trem errado, mas, depois de corrompido, seguiria adiante até o final. O arrependimento era impossível por várias razões:

PRIMEIRO, Satanás era e continua incapaz de se arrepender; O ARREPENDIMENTO É UM DOM DE DEUS, dado às pessoas em cujos corações o Todo-Poderoso já opera.

Para Satanás, arrepender-se significaria que existe algo de bom nele; mas nenhuma virtude pode ser encontrada no mesmo. Então, ele se tornou totalmente mau, irremediavelmente perverso. E Deus resolveu abandoná-lo, para o seu fim bem merecido.

Como já aprendemos, um Lúcifer perfeito deixou o mal brotar dentro de si, mas desde que a corrupção estava completa, o bem nunca mais existiria dentro dele. Quando era uma criatura perfeita, era capaz de cometer o mal, mas, uma vez que foi contaminado, ele jamais seria capaz de fazer o bem. A corrupção seria completa, irreversível e total. O pecado então se tornaria uma necessidade moral.

SEGUNDO e mais importante: mesmo que Lúcifer se arrependesse, ele não seria redimido, pois nenhum sacrifício foi feito pelos seus pecados. Cristo carregou apenas os pecados dos homens (eleitos ) e não os dos anjos. “Pois na verdade ele não socorre a anjos, mas sim à descendência de Abraão. Pelo que convinha que em tudo fosse semelhantemente aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo” (Hb 2.16,17).

Sem uma propiciação disponível, o comportamento rebelde de Lúcifer tornou-se então irrevogável e permanente. Daquele momento em diante, sua passagem pelo Universo seria em uma linha reta, direto para uma eternidade de vergonha e humilhação. Para ele, não haveria uma segunda chance.

Lúcifer aprendeu uma importante lição: uma criatura pode estabelecer uma confusão, mais jamais pode endireitar as coisas” A lei das conseqüências não planejadas seria sempre aplicada por toda a eternidade. Somente Deus pode, se assim desejar, conter ou reverter as conseqüências da desobediência.

ELE ERA LIMITADA NO CONHECIMENTO DE DEUS

Os atributos primários de Deus é sua santidade. Lúcifer, que desejou ser semelhante a Deus, na verdade permaneceria tão longe desse atributo, quanto seria possível estar.

Não sabemos o quanto Deus se revelava às criaturas angelicais, mas Lúcifer, acredito, devia conhecer suficientemente a Deus pra saber que Ele jamais dividiria sua glória com alguém. Quanto mais algo Lúcifer aspirasse subir, maior seria seu fracasso.

Será que ele julgou mal a Deus, ao achar que o amor do Todo-Poderoso suplantaria qualquer possibilidade de julgamento severo? Não sabemos, é claro, mas tenha em mente que Lúcifer conhecia apenas o perfeito amor de Deus. O conceito de justiça simplesmente não existia. Desde que não existia desobediência no Universo, não havia necessidade da demonstração da ira divina. Lúcifer não previu até onde Deus poderia ir pra preservar sua honra.

Lúcifer achava que conhecia a Deus, mas ainda tinha muito o que aprender. Se ele simplesmente tivesse confiado no que não conseguia entender e crido no que não podia saber por si mesmo, seu futuro teria sido diferente.Agora que ele sabia mais sobre Deus, ERA TARDE DEMAIS.

ELE ERA LIMITADO PARA ENTENDER A DIFERENÇA ENTRE O TEMPO E A ETERNIDADE.Lúcifer deveria saber que nenhuma exaltação momentânea pode compensar uma eternidade de HUMILHAÇÃO; ser adorado por um momento não pode compensar uma eternidade de desprezo; nenhum momento de excitação pode compensar uma eternidade de tormento. Uma hora no inferno fará com que a excitação de se opor a Deus se desvaneça no eterno esquecimento.

Eis aqui uma lição para nós. Nenhuma decisão pode ser considerada boa, se a eternidade prova que ela é ruim. Explicando melhor, nenhuma decisão nessa vida pode ser boa a não ser que se torne excelente na eternidade. Somente um ser que conhece o futuro e o passado pode prescrever o que é melhor para nós. Nós julgamos baseados no tempo, mas somente Deus pode revelar os julgamentos baseados na eternidade.

Daquele momento em diante, Lúcifer venceria apenas pequenas batalhas, mas seria forçado a perder a guerra. Se ele apenas tivesse levado Deus mais a sério, não teria subestimado a capacidade infalível do Todo-Poderoso de puni-lo. Se a grandiosidade do pecado é determinada de acordo com a grandiosidade do ser contra quem é cometido, Lúcifer então cometeu um ERRO GIGANTESCO.

E. Lutzer

PLC 122

Jornalistas bem-intencionados deveriam procurar entender por que os evangélicos são contra o PLC 122


Algumas personalidades não-evangélicas bem-intencionadas já perceberam que o PLC 122 é contrário à liberdade de expressão. Além do jornalista Reinaldo Azevedo, da revista Veja, o humorista Jô Soares manifestou-se recentemente contra o tal projeto de lei.

Em 2008, o articulista André Petry demonstrou falta de conhecimento acerca do PLC 122 e das nossas reais motivações: “Os evangélicos e aliados dizem que proibir a discriminação contra gays fere a liberdade de expressão e religião. Dizem que padres e pastores, na prática de sua crença, não poderão mais criticar a homossexualidade como pecado infecto e, se o fizerem, vão parar no xadrez. É uma interpretação tão grosseira da lei que é difícil crer que seja de boa-fé” (Veja, 2 de julho de 2008).

Se o tal projeto de lei dissesse respeito à homofobia (homofobia, mesmo), seria anormal essa conduta dos evangélicos. Mas o problema é que a significação do termo “homofobia” vem sendo torcida por pessoas mal-intencionadas, que desejam, sim, amordaçar os que têm opiniões diferentes.

Os ativistas e simpatizantes do homossexualismo não querem reconhecer que, a despeito de sermos contrários à prática homossexual — posto que a Palavra de Deus a define como pecaminosa —, não somos favoráveis à discriminação e à perseguição aos homossexuais. E atrelam os crimes contra homossexuais à pregação do Evangelho, o que é uma desfaçatez.

Discriminação homofóbica ocorre quando um indivíduo, uma família ou uma instituição se voltam contra os homossexuais, a ponto de quererem matá-los, feri-los ou, no mínimo, humilhá-los e ridicularizá-los, tudo por conta de os tais serem diferentes. Mas nenhum evangélico que se preze agiria dessa forma, haja vista a Bíblia condenar expressamente a discriminação, a acepção de pessoas (Tg 2.9).

Ser evangélico e homofóbico, ao mesmo tempo, é um contrassenso. Por quê? Porque a homofobia, como definida pela psiquiatria, é uma aversão mórbida aos homossexuais. Se há algum evangélico que diz odiar pessoas que pensam ou agem de modo diferente, a ponto de querer humilhá-las, matá-las ou fazer-lhes mal, ele sequer pode ser chamado de cristão.

Caso o PLC 122 só proibisse a discriminação aos homossexuais, não haveria problemas. Mas ele dá margem a uma série de interpretações. Uma simples manifestação do pensamento a respeito da prática homossexual já é considerada crime de homofobia!

Políticos e jornalistas mal-informados (ou mal-intencionados) têm dito que os pastores evangélicos humilham os gays, chamando-os de filhos do demônio, doentes ou tarados. Isso não é verdade. Segundo a Palavra de Deus, todas as pessoas que não servem a Deus (e não apenas os homossexuais) são “filhos do Diabo” (1 Jo 3.10).

Para o Senhor não há meio-termo. Só existem os que estão do lado de dentro e os que estão do lado de fora (Mt 13.11; Jo 1.11,12). E afirmar isso, em tese, em uma pregação, sem apontar o dedo para uma pessoa, não é, de modo nenhum, discriminatório. É apenas a exposição do que está escrito nas Escrituras.

Os evangélicos não têm dúvidas quanto à anormalidade da prática homossexual, haja vista estar escrito no Novo Testamento que no princípio Deus criou apenas homem e mulher (Mt 19.4-6). Pela Bíblia (e também pela ciência), ninguém é homossexual de nascimento. Se houvesse a possibilidade de pessoas nascerem nessa condição, Deus jamais condenaria a prática homossexual em sua Palavra (Lv 18.22; 20.13; 1 Co 6.10; Rm 1.27). E, como Ele a condena, alguns elegebetistas radicais querem que a Bíblia seja considerada um livro homofóbico.

Não creio que toda a imprensa seja evangelicofóbica ou inimiga dos evangélicos. Ao que me parece, a opinião de alguns evidencia desconhecimento a respeito do PLC 122 e das motivações dos evangélicos. Pensam eles que queremos proibir os homossexuais de fazerem o que bem entendem. Ora, até o próprio Deus respeita a livre-vontade humana!

Evangélicos que se prezam não dizem que homossexuais são doentes, monstros, vândalos, abomináveis, etc. Eles combatem ao pecado da homossexualidade e ajudam as pessoas que desejam deixar essa prática. E pregam contra a homossexualidade com a mesma intensidade que verberam contra a soberba, a embriaguez, a calúnia, o adultério, a mentira, etc. (Gl 5.21; Ef 5.18; Mt 7.1,2; Ap 21.8).

Outrossim, impedir que homossexuais casem em uma igreja evangélica que preza os ensinamentos de Jesus não é discriminação. Os homossexuais podem casar, se quiserem, mas que procurem instituições favoráveis a esse tipo de união. Afinal, querer obrigar igrejas contrárias à prática homossexual a fazerem esses “casamentos”, além de ferir a liberdade de expressão e de culto, é um desrespeito às instituições cristãs, algumas das quais instaladas aqui há séculos.

Ciro Sanches Zibordi

terça-feira, 14 de junho de 2011

Graça Barata

Um dia um amigo de ministério me contou uma história que seria cômica se não fosse trágica.

Em um dos cultos de oração em uma igreja, uma mulher foi à frente pedindo oração pelo seu relacionamento. O pastor perguntou para ser mais específica, ao que ela disparou:

- O meu namorado é casado e agora que eu aceitei Jesus quero dar um jeito em minha vida, então disse a ele que agora teria que decidir nossa vida.

Traduzindo; a mulher queria que o homem decidisse de uma vez se iria ficar com ela ou com a sua família.

Um outro pastor me disse que teve que chamar um casal de namorados em seu gabinete pois escancaradamente diziam que tinha relacionamento sexual, e se justificavam dizendo que se Deus é amor o sexo não seria errado se feito com amor.

Infelizmente casos como estes não são tão incomuns dentro das igrejas hoje em dia. Pessoas que entendem que precisam de uma “melhora de vida” e não uma “mudança de vida”.

Diante desta constatação entendo que o nosso conceito de Salvação tem sido esvaziado dia-a-dia pela ênfase mercantilista e homocêntrica de alguma igrejas evangélicas, cuja idéia é a de que salvação é uma melhora de vida, i.e, a salvação traz a mudança financeira da minha vida, uma carro novo, um emprego que irá me pagar mais e assim por diante.

Um fator sine qua non para a salvação é o arrependimento, e arrependimento tem a ver com reconhecer seu estado de miséria e total desprovimento de direito e rendição total a Deus.

O tema do primeiro sermão de Jesus foi arrependimento; “Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” Mateus 4:17

Eu não julgo a namorada do homem casado nem o casal de namorados, mas não posso deixar de criticar nossa omissão como igreja do verdadeiro evangelho e da verdade genuína.

Pregamos um evangelho de “auto-ajuda” mas nos esquecemos que “auto” ajuda não é compatível com salvação que é graça imerecida, não vem de nós é dom de Deus.

Creio que a pergunta que temos que responder como igreja hoje é; queremos em nossos bancos pessoas que sejam bem sucedidas na vida ou queremos gente salva?

Não há problema nenhum quando as duas coisas andam juntas; o ser bem sucedido e o ser salvo; o nó acontece quando o ser bem sucedido exclui a salvação.

Não é porque sou bem sucedido que sou salvo. Poderia citar uma centena de pessoas bem sucedidas que não sabe nem mesmo quem é Jesus Cristo.

Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade. Mateus 7:22-23

Me preocupa muito o conceito de salvação e arrependimento que temos pregado em nossos púlpitos.

Em seu livro “Discipulado”, Dietrich Bonhoeffer escreve:

Graça barata significa justificação do pecado, e não do pecador. Como a graça faz tudo sozinha, tudo também pode permanecer como antes. “Afinal, a minha força nada faz”. (…..) Viva, pois, o crente como vive o mundo, coloque-se, em tudo, em pé de igualdade com o mundo, e não se atreva – sob pena de ser acusado de heresia entusiasta! – a ter, sob a graça, uma vida diferente da que tinha sob o pecado”

Entendemos que o preço da nossa salvação foi muito caro e não podemos negociar este preço de maneira alguma.

Não podemos aceitar uma graça barata pois o preço pago por Ele foi muito alto.



Mensagem do Pr Armando Junior

segunda-feira, 13 de junho de 2011

PARA ONDE OLHAR. Salmo 121:1

Quero aproveitar este momento para compartilhar com vocês um pouco sobre percepção e direção de nosso olhar. Claro que vocês precisam entender que o nosso olhar não possui apenas direção, mas sobretudo conteúdo.O gesto de erguer a cabeça e olhar para o alto, nos ensina a olhar para além das circunstâncias, para além das contingências, levantar a cabeça é uma atitude da alma, pois esta atitude nos permite a percepção do novo, das alternativas, de novos caminhos, de novos sonhos.
Começamos a descobrir novos horizontes, são as possibilidades que vão surgindo trazendo esperança e alegria para nossos corações.
O primeiro olhar a ser desenvolvido em nossas vidas é OLHAR PARA TRÁS
Não no sentido de uma letargia existencial, mas numa atitude gratidão a Deus por cada momento vivido em suas vidas, as experiências compartilhadas, os momentos difíceis e duros, as alegrias, as tristezas, as horas em tudo parecia perdido, as vitorias que Deus concedeu. Tenho certeza que tudo isso trouxe uma significativa contribuição de amadurecimento e crescimento espiritual e emocional.
Olhar para trás e afirmar com a alma cheia de alegria e gratidão: “ VALEU A PENA !
O segundo olhar que quero compartilhar é: OLHAR PARA O ALTO
E saber que existe um Deus acima de nossas vidas. Todo avanço tecnológico e cientifico de nosso mundo moderno, não foram capazes de bani-lo . A filosofia, a ciência, e todo conhecimento do mundo não conseguem tira-lo de sua posição de criador e sustentador do universo. A cada nascer do sol Ele está lá ! a cada anoitecer Ele esta lá! A cada vitória e a cada derrota Ele esta lá. Na sua onisciência, na sua Onipresença, com toda a sua Onipotência. O homem acreditando ou não Ele esta lá! Ele esta aqui!
Olha queridos, nada é tão efêmero e tão fugaz quanto a vida humana, mas nada é tão lindo quanto ela. Sempre Haverá momento de rajadas, de ventos fortes, de temporais no caminho.
Vocês hoje iniciam uma nova caminhada, é a jornada em direção ao sucesso profissional, é a busca pela conquista do território profissional, e sem duvida vão precisar aprender a olhar para o alto.
Olhar para o alto é descobrir novas possibilidades, criar novas pontes de realizações, sim pois o Senhor, é um Deus de milagres e realizações, para Ele não existe idade para a realização de algo sobrenatural. Haverá momentos que vocês vão olhar par o alto e afirmar: SÓ DEUS, SÓ DEUS !!
Terceiro e último olhar, é: OLHAR PARA FRENTE
Olhar para frente além de significar que eu estou disposto a continuar, a lutar, a crescer, também significa que eu estou aberto para que Deus realize algo em mim e através de mim.
Olhar para frente, significa que a sua vida está disposta a superar os obstáculos a ser útil para Deus e para sociedade, é crer que os que esperam no Senhor renovam as suas forças e sobem como águias e descobrem novos horizontes e sabem que além das montanhas, há um lugar lindo para viver e conquistar!

CRISTO E A MÚSICA

Deixe-me explicar: a primeira afirmação diz que a música deve ser baseada nas Escrituras, e uma música baseada nas Escrituras é uma música baseada em Cristo.

Jesus fala com os mestres da Lei e diz o seguinte: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (Jo 5:39). São as Escrituras que testificam de Jesus; e se nós compomos músicas que pregam verdades das Escrituras, compomos músicas que pregam verdades sobre Jesus.

Ele, falando com os discípulos no caminho de Emaús, em Lucas 24:27, diz: “E, começando por Moisés, e por todos os profetas, [Jesus] explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras”. Em toda a Escritura, em todo o Antigo Testamento… Jesus estava mostrando para aquelas pessoas que lá tudo testificava dEle. Se nós compomos músicas baseadas nas Escrituras, compomos músicas baseadas em Cristo, por que Jesus é tudo na Escritura.

Nós não temos essa noção por que nossas pregações não trazem essa verdade. Entenda: sobre quem a Bíblia fala? Ela fala sobre mim ou ela fala sobre Cristo? Nós ouvimos pregações que dizem: “O Antigo Testamento: Davi e Golias. Você é Davi, vença seus gigantes!”, ou então sobre todas as outras passagens: “Você é Ester, vá lá e enfrente o Rei”. Mas, será que nós somos Ester, nós somos Davi; ou Cristo é?

Jesus é Adão. Não um Adão que pecou, mas um Adão que venceu e sua vitória foi imputada sobre nós. Ele é o Cordeiro que foi morto no Éden, para encobrir a nudez dos pecadores. Ele é a Árvore da Vida que traz vida eterna para aqueles que o recebem e comem dEle. Ele é Abel, que o seu sangue clama, não por condenação, mas por justiça. Ele é Abraão, que saiu da terra para andar por outro país desconhecido, para criar um povo incontável. Ele é Jacó, que recebeu nossa ferida ao lutar por nós. Ele é Moisés guiando seu povo. Ele é a rocha de Moisés vertendo água. Ele é o galho lançado na Água amarga. Ele é Jó, o justo que sofreu. Ele é Davi, vencendo os gigantes que iam nos derrotar. Ele é Ester, indo diante do Rei interceder pelo povo. Ele é Jonas, sendo lançado no mar para salvar a tripulação. Ele é o cordeiro da páscoa, ele é o templo, ele é o profeta, ele é o sacerdote, ele é o rei, ele é o sacrifício, ele é a luz, ele é o pão, ele é o dízimo, ele é o sábado, ele é tudo. Cristo é, não você. Cristo é o conteúdo da Escritura. Se compomos músicas sobre a Escritura, compomos músicas sobre Cristo. Nossas músicas falam sobre quem? Sobre Jesus, primordialmente, ou sobre você?

Gosto muito de uma história de Charles Spurgeon, sobre um gaulês que ouviu um jovem pregar um sermão “magnífico, grandioso, pretensioso e bombástico”. Spurgeon continua:

“depois de chegar ao fim [do sermão], perguntou ao gaulês o que achava a respeito. O homem respondeu que não dava nenhum valor a ele. “E por que não?” “Porque não havia nele nada de Jesus Cristo.” “Ora”, disse o pregador, “mas meu texto não apontava naquela direção”. “Não importa”, disse o gaulês, “seu sermão deve seguir naquela direção”. “Não vejo o assunto assim”, disse o jovem. “Então”, disse o outro, “você ainda não vê como deve pregar. O modo certo de pregar é o seguinte: De cada aldeia minúscula na Inglaterra — não importa em que região — sempre sai, com toda a certeza, uma estrada para Londres. Embora talvez não haja estrada para outros lugares, certamente haverá uma estrada para Londres. Da mesma forma, de cada texto na Bíblia há uma estrada que leva a Jesus Cristo, e o modo certo de pregar é, simplesmente, dizendo: ‘Como posso, tomando esse texto como ponto de partida, chegar até Jesus Cristo?’ e, então, ir pregando pela estrada afora”. “Mas”, disse o jovem, “suponhamos que descubro um texto que não tem uma estrada que leva a Jesus Cristo?” “Faz quarenta anos que estou pregando”, disse o velho, “e nunca achei um texto bíblico assim; mas se chegar a achar um, passarei por sebes e cercas, e chegarei até Ele, porque nunca termino sem introduzir meu Mestre no sermão”.

Essa é uma verdade sobre pregação, mas a música, como pregação, precisa viver essa verdade. Precisamos, de algum modo, levar o tema que pregamos a Cristo; de algum modo, levar o tema da canção a Jesus. De algum modo levar ao carpinteiro de Nazaré que morreu para me salvar. Claro, nem todas as músicas são completamente cristocêntricas, Nem todas as músicas serão completamente baseadas nos atributos de Deus, ou completamente como um meio profundo de ensino; claro que elas serão um pouco mais focadas em um destes pontos do que outro. Mas, no conjunto, no canto congregacional como um todo, esses três pontos não podem faltar e não podem estar negligenciados em nenhuma música.

Por Yago Martins